Prezados leitores:
Seguimos com o nosso compromisso de trazer até vocês, todos os sábados, artigos sobre temas relevantes, publicados pela imprensa internacional, e traduzidos pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora profissional Telma Regina Matheus. Apreciem!
8 escândalos envolvendo Joe Biden que, registrados no MacBook de Hunter Biden, a mídia corporativa simplesmente admitiu que são reais
Fonte: The Federalist
Título Original: 8 Joe Biden Scandals Inside Hunter Biden’s MacBook That Corporate Media Just Admitted Is Legit
Link para a matéria original: Aqui
Publicado em 22 de março de 2022
Autora: Margot Cleveland
Esses escândalos já não envolvem mais apenas Hunter Biden. Eles envolvem o agora Presidente Joe Biden, e nós precisamos de respostas.
Na semana passada, o New York Times discretamente admitiu que os e-mails recuperados do MacBook que Hunter Biden havia abandonado em uma loja de computadores, em Delaware, eram autênticos. A admissão [do fato] veio com um ano e meio de atraso, depois que a mídia corrupta – convencional e social – enterrou o escândalo que o New York Post revelou poucas semanas antes da eleição de novembro.
A mera admissão de que o laptop é legítimo não é suficiente. Ao concordar com a autenticidade do laptop e dos e-mails, os supostos ícones do jornalismo também reconheceram, implicitamente, a validade dos escândalos desovados pelo MacBook repleto de pornografia. E não obstante a fonte lasciva da evidência documental dos escândalos, tais escândalos não envolvem apenas Hunter Biden: envolvem o agora Presidente Biden.
Aqui estão os 8 escândalos de Joe Biden que merecem reportagem mais ampla.
-
Pagou, levou na Ucrânia
O escândalo mais óbvio revelado pelos e-mails e mensagens de texto que estavam no laptop de Hunter diz respeito ao tráfico de influência do qual, aparentemente, Joe Biden participou durante seus oito anos como vice-presidente de Barack Obama, com a Ucrânia sendo figura de destaque no esquema pagou, levou.
O New York Times, em sua cobertura do tipo “vamos tomar a dianteira da história”, na semana passada, tocou no ângulo ucraniano ao comentar a conexão de Hunter com a Burisma e, então, citou os e-mails recuperados do laptop, os quais indicavam que o Biden mais jovem havia tirado vantagem da posição de seu pai – à época, vice-presidente. Mas a reportagem superficial do Times sobre o escândalo da Burisma está longe de ser suficiente.
Ficou na superfície: o Times não fez nenhuma menção à nomeação de Hunter para a diretoria da Burisma Holdings, com um salário declarado de US$ 50 mil por mês, durante o período em que seu pai foi vice-presidente. Hunter Biden não tinha nenhuma experiência na área de energia. Portanto, o primeiro passo é aprofundar [a investigação sobre] a conexão Biden-Burisma.
-
China entra no jogo
A Ucrânia é apenas um fragmento do comércio de influência realizado por Hunter em nome do “grandão”, que é como o Biden mais jovem se refere ao pai. A China também teve papel importante no empreendimento da família, como demonstrado pela reportagem (mais uma vez) superficial de novembro de 2021. Depois, o Times divulgou resumidamente que a empresa global de investimentos de Hunter Biden, a Bohai Harvest Equity Investment Fund, ajudou a coordenar a compra, por uma empresa de mineração chinesa, da maior mina de cobalto do mundo, no Congo.
Essa negociação deu à China o controle de uma parte gigantesca das fontes de cobalto conhecidas no mundo – um ingrediente necessário à fabricação de baterias para carros elétricos. E o papel da empresa de Hunter Biden, a Bohai, na transação mais uma vez conecta diretamente Joe Biden, pois Hunter supostamente iniciou esse novo empreendimento conjunto com parceiros empresariais chineses a menos de 2 semanas após ter viajado para a China, no Air Force Two, com seu pai, o então vice-presidente.
Ao explorar esse escândalo, a imprensa precisa ir além dos e-mails recuperados do laptop abandonado de Hunter e fazer o que Tucker Carlson fez, quando o escândalo do pagou, levou veio à tona: conversou com o ex-parceiro empresarial de Hunter, Tony Bobulinski. Bobulinski forneceu provas adicionais desse escândalo que atinge o topo da família Biden.
-
Moscou, Cazaquistão e muito mais
Embora a Ucrânia e a China provavelmente sejam as detentoras das revelações mais significativas, uma vez expostas tais informações, os investigadores deveriam se voltar para Moscou que, segundo um relatório do Senado, tem envolvimento em outro possível escândalo. Esse relatório documenta que Hunter também recebeu um total de US$ 3,5 milhões da esposa do ex-prefeito de Moscou, de um investidor do Cazaquistão e de vários outros indivíduos. Afinal, não há nenhuma razão para achar que uma pessoa disposta a permitir que seu filho venda o acesso ao vice-presidente dos Estados Unidos restringiria o trem do dinheiro a apenas alguns países.
-
Demissão do promotor ucraniano que investigava a Burisma
Com a mídia elitista agora dignando-se a divulgar adequadamente o caso do laptop de Hunter, o público sabe que o escândalo da Burisma era real e uma ameaça que devastaria, de modo espetacular, o velho Biden. Isso torna oportuna uma revisão das questões referentes à exigência do então vice-presidente Joe Biden para que a Ucrânia demitisse o promotor que supostamente investigava a Burisma.
Esse promotor, Viktor Shokin, foi demitido, conforme declarações de Joe Biden durante um evento em 2018, depois que Biden ameaçou suspender uma garantia de empréstimo bilionário caso o governo da Ucrânia se recusasse a demitir Shokin. Um vídeo do evento registrou Biden narrando o ocorrido:
Eu disse… estou lhes dizendo, vocês não terão os bilhões de dólares. Eu disse… vocês não terão o bilhão. Partirei daqui em… eu acho que eram cerca de seis horas. Olhei para eles e disse: ‘Partirei em seis horas’. Se o promotor não for demitido, vocês não terão o dinheiro. Bem, filho da p*ta. Ele foi demitido. E eles colocaram no lugar alguém que era confiável, naquela época.
Embora a administração Obama tenha tentado lavar a pressão de Biden na demissão de Shokin, alegando que a comunidade internacional havia exigido que a Ucrânia dispensasse o promotor, uma autoridade do Departamento de Estado contradisse essa alegação, durante depoimento no Congresso. George Kent, que trabalhou em assuntos relacionados à Ucrânia no Departamento de Estado, supostamente disse aos parlamentares que a administração Obama havia “liderado os esforços para a remoção de Shokin de sua posição como o principal promotor federal na Ucrânia”.
Biden precisa responder novamente às perguntas sobre suas ameaças de suspender [a ajuda em] dinheiro para a Ucrânia a menos que o país removesse o promotor responsável pela investigação na Burisma. Os Democratas fizeram o impeachment de um presidente por muito menos.
-
Administração Obama-Biden ignora conflitos de interesses
Biden também precisa responder às perguntas sobre sua decisão de ignorar o claro conflito de interesses envolvido na sua participação em negociações com os mesmos países que Hunter estava extorquindo. Obviamente, visto que “o grandão” estava no esquema, cair fora devido a um conflito de interesses é o menor dos males, porém, ainda vale uma investigação para avaliar como Biden lidou com os interesses identificados pelo Departamento de Estado da administração Obama.
Neste ponto, o testemunho da autoridade do Departamento de Estado, que estava encarregada dos assuntos relacionados à Ucrânia, novamente se mostra significativo. Kent contou aos parlamentares que, ao saber que Hunter fazia parte da diretoria da Burisma, ele informou o gabinete do vice-presidente sobre suas preocupações quanto ao relacionamento.
“Expressei minhas preocupações, pois ficara sabendo que Hunter Biden estava na diretoria de uma empresa cujo proprietário era alguém com quem o governo americano gastara dinheiro tentando reaver dezenas de milhões de dólares, e isso poderia criar a percepção de um conflito de interesses”, testemunhou Kent perante os membros da Câmara dos Deputados, em outubro de 2019. “A mensagem que me lembro de ter recebido foi a de que o filho do vice-presidente, Beau, estava morrendo de câncer e que não havia qualquer espaço para lidar, naquele momento, com problemas relacionados à família …. E este foi o fim da conversa”.
A pergunta ao agora Presidente Biden, portanto, é se alguém em seu gabinete informou a ele, pessoalmente, as preocupações com o claro conflito de interesses; e, se o fez, por que Biden ignorou o problema?
-
As instruções de Biden para a comunidade de Inteligência
Outro escândalo que atinge o Presidente Biden diz respeito às suas interações com a comunidade de Inteligência depois que o FBI e presumivelmente a CIA, além de outras agências similares, souberam, em dezembro de 2019, que Hunter Biden acreditava que os russos haviam roubado o laptop dele [Hunter], deixando os Biden suscetíveis a chantagens.
Aqui, é importante entender que estavam em causa 2 laptops de Hunter Biden. O laptop mais debatido foi efetivamente o segundo. Este foi o laptop que Hunter abandonou na loja de consertos, em Delaware. Então, depois que o proprietário da loja de consertos descobriu o material preocupante que havia no MacBook, ele [o proprietário] entregou o equipamento para o FBI, em dezembro de 2019. O dono da loja de consertos, porém, tinha feito uma cópia do disco rígido, o que resultou na reportagem do New York Post, em outubro de 2020.
Mas havia outro laptop – um que Hunter acreditava ter sido roubado pelos russos, enquanto ele consumia drogas na companhia de prostitutas, no verão de 2018, em Las Vegas. Embora, até agosto de 2021, o público não tenha sabido da existência desse outro laptop, o FBI sabia disso já no início de dezembro de 2019, quando tomou posse do segundo laptop que Hunter havia deixado na loja de consertos.
Entre outros materiais armazenados no segundo laptop estava um vídeo de [Hunter] Biden narrando as circunstâncias do desaparecimento de seu primeiro laptop com alguns russos. Significativamente, nesse vídeo, Hunter Biden disse que seu primeiro laptop continha uma tonelada de material que o deixaria suscetível a chantagem, pois seu pai estava “concorrendo à presidência” e Hunter conversava “sobre isso o tempo todo”.
É inconcebível que o FBI e as comunidades de Inteligência não tenham brifado Biden sobre essa descoberta e o risco de chantagem, visto que o ex-diretor do FBI, James Comey, havia informado Trump sobre o falso dossiê Steele. Pensando bem, esta é a primeira pergunta que os repórteres deveriam fazer ao presidente: “O FBI o informou, Senhor Presidente, sobre o fato de que Hunter acreditava que os russos haviam roubado um laptop contendo informações comprometedoras?”
A partir daí, uma imprensa investigativa deveria investigar, a fim de assegurar que Joe Biden não instruiu a comunidade de Inteligência para enterrar esse risco à segurança nacional e, assim, proteger a si mesmo e ao filho.
-
Possível conluio para interferir na eleição de 2020
Uma imprensa honesta também deveria investigar se o agora Presidente Biden ou qualquer pessoa vinculada à sua campanha presidencial pressionou repórteres, meios de comunicação ou empresas – como o Twitter e o Facebook – para censurar a história de Hunter Biden. E o que dizer dos “cinquenta ex-oficiais de Inteligência” que, publicamente, declararam que o laptop parecia ser uma campanha de desinformação russa – algo claramente mentiroso? Teria Biden ou sua equipe de campanha combinado com esses indivíduos, vários dos quais haviam endossado o candidato Democrata, para emitir a carta?
Considerando que as pesquisas mostravam que 17% dos eleitores de Joe Biden não votariam nele, em 2020, se soubessem dos escândalos da família Biden, o enterro coletivo do escândalo do laptop representa a mais substancial interferência em eleições, algo jamais visto em nosso país. Portanto, “Biden e sua equipe de campanha têm alguma coisa a ver com a decisão de eliminar a reportagem do New York Post sobre o MacBook de Hunter?” e “O que dizer sobre os ‘cinquenta ex-oficiais da Inteligência’?”
Desse ponto em diante, as investigações fluiriam rapidamente: “Quem estava envolvido na pressão para silenciar a história e quem eram os executivos ou ‘jornalistas’ que se curvaram às exigências?” “Quem combinou com os oficiais da Inteligência?” “Foram feitas ameaças ou promessas?” “Quais?” “O que Joe Biden sabia?” “E o que dizer sobre outros Democratas e o Comitê Nacional Democrata?”
-
Joe Biden é um “soldado mentiroso com cara de cachorro”
O escândalo final de Joe Biden, que a imprensa deveria pressionar o Presidente Biden a responder, diz respeito às mentiras [que ele fala] ao público americano. Embora sejam em número excessivo e impossível de contar, duas merecem um maior questionamento.
Primeira. A mídia deveria exigir que Biden respondesse pela mentira que contou ao país quando se exaltou raivosamente: “Nunca discuti – com meu filho, ou meu irmão, ou com qualquer outra pessoa – qualquer coisa que tivesse a ver com os negócios deles. Ponto.” A esmagadora evidência mostra que Biden não só sabia das negociações da família, mas fazia parte delas.
A segunda mentira atrevida de Biden foi dita durante o debate pré-eleição com Trump, quando Trump trouxe à baila “o laptop do inferno”. Quando Trump perguntou a Biden se estava dizendo que o “laptop [era] agora outra farsa envolvendo a Rússia, Rússia, Rússia?”, o então candidato Democrata respondeu: “Foi exatamente o que me disseram”.
Improvável. Biden também contestou essa bizarrice que, novamente, questionava se Biden desempenhara algum papel na declaração dos oficiais da Inteligência:
Há 50 ex-oficiais da Inteligência nacional que me disseram que isso de que ele está me acusando é uma evidência plantada pelos russos. Eles disseram que isso tem tudo… cinco ex-diretores da CIA, dos dois partidos, afirmam que o que ele está dizendo é um monte de bobagem. Ninguém acredita nisso, exceto ele e seu melhor amigo Rudy Giuliani.
Nós agora podemos acrescentar, ao Giuliani, o New York Times. Resta saber, porém, se a Velha Senhora [apelido do New York Times] e os demais meios de comunicação convencionais divulgarão os outros escândalos que o laptop revelou – aqueles que atingem o presidente dos Estados Unidos.
*Margot Cleveland é colaboradora sênior do Federalist. Ela também colabora no National Review Online, Washington Examiner, Aleteia e Townhall.com, e publica no Wall Street Journal e no USA Today. Cleveland é advogada graduada pela Notre Dame Law School, onde foi premiada com o Hoynes Prize – a mais alta honraria da escola de Direito. Posteriormente, atuou por quase 25 anos como assistente jurídica efetiva de um juiz da corte federal de apelação, na Seventh Circuit Court of Appeals. Cleveland fez parte do corpo docente universitário, em tempo integral e agora ensina, ocasionalmente, como professora adjunta. Como mãe praticante do homeschooling, cujo filho é portador de fibrose cística, Cleveland escreve frequentemente sobre assuntos culturais relacionados à criação dos filhos e sobre crianças com necessidades especiais.
Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 02/04/2022. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus
Receba de forma ágil todo o nosso conteúdo, através do nosso canal no Telegram!
As informações e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de seu(s) respectivo(s) autor(es), e não expressam necessariamente a opinião do Vida Destra. Para entrar em contato, envie um e-mail ao contato@vidadestra.org
- Douglas Murray: Diário de Guerra - 2 de dezembro de 2023
- Os espanhóis não têm medo de protestar, então, por que os conservadores americanos estão temerosos? - 25 de novembro de 2023
- Sim, são ‘marchas do ódio’ - 18 de novembro de 2023