O inconsciente coletivo sempre associa: educação com dinheiro, polimento com status, boas maneiras com cultura…
Contudo, a vida nos tem revelado que virtude, lealdade, bondade… não esbarram na abundância de recursos, mas no fato de que, apesar de uma possível escassez financeira, qual a individual capacidade que se tem em “pensar o outro“?
Somos polidos sempre que nos colocamos a serviço de outro.
Somos educados quando refreamos a palavra que machuca, porque nos vemos no outro…
Somos elegantes quando, a despeito de pessoais insucessos, somos nobres o suficiente para permitir o crescimento do outro…
Para nos imaginarmos exemplo e para sermos simplesmente “amor”.
Não. Não existe nada mais elegante que “amar o próximo”, apesar do ranço nutrido.
Não me surpreendo saber que um professor universitário xingue em um momento de extravasamento. Lamentável, diante da questionável inexistência de controle emocional.
Surpreendo-me, sim, quando o educador atiça o pior em seus educandos e instiga a falta de polimento, revelando o fracasso do argumento e a decadência da razão.
Então, o que dizer da postura de uma professora integrante dos quadros de uma PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA que teria convocado seus alunos para que jogassem “ovos” no então Ministro Sérgio Moro?
Diante da ausência de tudo o que nos difere, como seres humanos, resta-nos infelizmente encarar o menos pior no cenário comportamental do educador: a falta de educação.
Carla Pereira, 28 de agosto de 2019, para Vida Destra.
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