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Apavorados: fiquem em casa e nos deixem viver
Fonte: The Federalist
Título Original: Scared People, Stay Home And Leave Life To The Rest Of Us
Link para a matéria original: aqui!
Publicado em 7 de dezembro de 2021
Autor: Tristan Justice
A Irlanda irá, mais uma vez, impor restrições à vida social, nesta semana [de 7 de dezembro], ordenando o fechamento de casas noturnas e reduzindo, nos restaurantes, o serviço de mesa a um distanciamento social. As reuniões domésticas estarão restritas a três familiares e os eventos esportivos de grande público foram limitados a 50% de sua capacidade.
O lockdown implementado na terça-feira abrangerá o período de festas de fim de ano e durará até pelo menos 9 de janeiro [2022], no país insular onde cerca de 90% da população elegível estão totalmente vacinados. A vida noturna irlandesa havia sido retomada em outubro.
“[Os] riscos de entrarmos no período de Natal sem algumas restrições para reduzir o volume de contatos pessoais é simplesmente muito grande”, disse o primeiro-ministro Micheál Martin. Apesar do índice de vacinação próximo do patamar universal, quase 5 milhões de habitantes estarão novamente sob lockdown durante um mês inteiro.
O retorno de restrições similares, a despeito da obediência ao uso de máscaras faciais e à vacinação, já está em andamento nos Estados Unidos. O Oregon, com taxa de vacinação de aproximadamente 65% e que se vangloria de ser uma das mais altas do país, está prestes a tornar permanente a obrigatoriedade estadual de uso de máscaras faciais, à medida que enclaves progressistas adotam a pandemia permanente.
Cinco outros estados e Washington D.C. ainda mantêm a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, independentemente do status de vacinação, de acordo com o rastreador MultiState; e 14 [estados] obrigam a vacinação em setores específicos de empresas privadas. À medida que aumentam os casos [de contágio] e novas variantes ameaçam enfraquecer a imunidade vacinal, restrições mais severas certamente se seguirão.
Os Estados Unidos não cederam muito à histeria que dominou o globo; vários estados conseguiram se livrar das mesmas medidas adotadas na Europa e na Austrália, graças à oposição que emana do Partido Republicano. Mesmo assim, muitos governadores republicanos se recusaram a combater os lockdowns.
Uma população aflita, infectada pela neurose induzida pela mídia, está exigindo que as restrições se tornem permanentes e obrigatórias na vida do americano, em detrimento de seus vizinhos. Em setembro, o Gallup divulgou os resultados de uma pesquisa realizada em agosto, mostrando que 92% dos 3.000 adultos americanos entrevistados supervalorizaram os riscos de hospitalização para os não vacinados.
“62% supervalorizaram o risco para as pessoas vacinadas”, relatou o grupo.
A pesquisa foi realizada como ação complementar a [outra] pesquisa realizada pelo Franklin Templeton-Gallup Economic Recovery Study, publicada em dezembro, que detectou que americanos de todos os espectros políticos supervalorizaram, de maneira significativa, a probabilidade de consequências graves da COVID-19.
Perguntou-se a cinco mil adultos americanos… “Até onde você sabe, qual é a porcentagem de pessoas infectadas pelo coronavírus que precisaram de hospitalização?” Somente 18% forneceram o índice que, à época, seria a resposta correta, ou seja, 1 a 5%.
“Uma porcentagem maior de republicanos (26%) respondeu corretamente, bem mais do que os democratas (apenas 10%)”, afirmou o Gallup.
Os resultados das pesquisas são uma acusação impressionante à mídia americana. Os repórteres provavelmente também se infectaram com o pânico excessivo que alimenta suas matérias histéricas.
Enquanto isso, aparentemente ninguém quer abordar a epidemia subjacente da obesidade, uma condição que afeta pelo menos 42% da população e que triplica o risco de hospitalização dos que se infectam com a COVID-19.
O verdadeiro preparo para combater a pandemia começa no compromisso com estilos de vida mais saudáveis, de modo que, se o surgimento de uma variante do coronavírus tornar ineficaz a imunização vacinal, uma população mais saudável correrá muito menos risco de superlotar hospitais. Afinal, esta sempre foi a justificativa para os lockdowns. Na Irlanda, mais de 60% dos habitantes estão acima do peso ou são obesos, o que coloca o país entre os mais altos índices da Europa.
Que Deus permita que os apavorados fiquem em casa e se exercitem, em vez de exigirem que o mundo seja levado a uma paralisia completa por causa de sua aflição equivocada.
Os lockdowns, porém, se tornaram muito mais confortáveis para muita gente. Uma pesquisa básica na Internet, por “ansiedade pela volta à normalidade”, resultará em incontáveis artigos da mídia tradicional descrevendo o perfil do aflito, aconselhando os outros sobre a volta à normalidade, ou simplesmente argumentando contra.
Pessoas condicionadas a ficar em casa, agora, não veem qualquer problema em obrigar os outros a fazerem o mesmo eternamente, numa aparente indiferença à sua própria capacidade demonstrada de fazer isso.
*Tristan Justice é o correspondente ocidental do The Federalist.
Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 18/12/2021. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus
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No terceiro parágrafo há uma contradição na transcrição do Federalista no que realmente disse o Primeiro-Ministro da Irlanda,. Não é problema de tradução. Vejam o que ele realmente disse no “The Irish Times” com o título “Taoiseach does not rule out more Covid restrictions but says we must ‘hold our nerve’: Taoiseach Micheál Martin has not ruled out further Covid-19 restrictions before Christmas, but said that “we all need to hold our collective nerve” in the latest wave of the pandemic. Se ele não descarta implantar algumas restrições no período do Natal a fim de evitar contatos pessoais, de modo atenuar o risco. Nunca “without”.