Eu nasci na década de 70, e vivi a minha infância entre a década de 70 e 80. Me lembro bem que naquela época eu ficava imaginando como seria viver no então longínquo ano 2000. Filmes como 2001 uma Odisseia no Espaço e 2010 O ano em que faremos contato, de Stanley Kubrick, me ajudavam a criar o cenário mental e imaginar o futuro. Sempre gostei de ficção científica, e eu gostava também de desenhar em cartolinas, imaginando como Campinas seria no futuro. Claro que nos meus desenhos não podiam faltam arranha-céus futuristas e carros voadores. Infelizmente nada do que eu imaginei se concretizou.
Na verdade, o futuro que se tornou o presente em nada se parece com o que eu imaginava e mesmo que eu fizesse um grande esforço criativo, dificilmente conseguiria ter imaginado o cenário atual.
Embora a tecnologia tenha avançado muito, criando dispositivos que nem os escritores de ficção científica conseguiram imaginar, o ser humano parece não ter conseguido acompanhar a evolução. Ou pelo menos boa parte da humanidade. Não me refiro às pessoas que têm dificuldades para lidar com os avanços tecnológicos, mas me refiro às pessoas que “emburreceram”, desaprenderam a pensar, a ter raciocínio crítico, a concatenar ideias e a pensar e argumentar usando a lógica.
Na verdade nós sabemos que estas pessoas são os frutos de um plano que manipulou o sistema educacional mundo afora, moldando as mentes dos estudantes para que só consigam pensar seguindo um padrão pré estabelecido, de acordo com o projeto de poder definido pelo establishment.
Vimos o quanto a análise de informações foi complicada durante a pandemia. A sociedade foi manipulada através das narrativas criadas e disseminadas pela mídia em relação à covid-19. Pesquisadores com extensos currículos foram ridicularizados e desacreditados por não falarem o mesmo que a mídia falava. Jornalistas se tornaram especialistas em medicina, farmácia, biologia, microbiologia, virologia, infectologia, só para citar algumas áreas nas quais os jornalistas viraram verdadeiras sumidades, a ponto de afirmarem de maneira categórica quais especialistas estão certos e quais estão errados, sem nem precisarem ler os resultados dos seus estudos e pesquisas.
E agora vamos ver novamente a manipulação midiática acontecendo em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Sabemos que a desinformação é uma arma de guerra muito utilizada em conflitos, e a tecnologia atual permite que a guerra de narrativas seja travada em vários meios. Teremos que ser muito seletivos quanto às informações que obtemos sobre o conflito, para que não sejamos enganados pelas notícias falsas emitidas pelas partes em conflito e pela mídia tradicional.
Além do problema envolvendo as fontes das informações, voltamos ao problema que citei no início deste artigo, a falta de capacidade analítica e de raciocínio crítico de muitas pessoas. Mesmo que consigam informações em fontes confiáveis, muitas pessoas são incapazes de fazer uma avaliação minimamente séria sobre esta guerra. O resultado pode ser visto nas redes sociais, com comentários que além de serem rasos, mostram conclusões equivocadas.
O pensamento está tão deturpado pela manipulação progressista, que há pessoas imaginando que podem parar uma guerra real apenas cantando Imagine na frente da embaixada russa em Budapeste, capital da Hungria. Ou iluminando edifícios históricos em capitais europeias com as cores da bandeira da Ucrânia.
Enquanto os soldados ucranianos lutam para conter um inimigo poderosíssimo, os governos ocidentais respondem com sanções e declarações de repúdio.
Boa parte da classe governante atual não passa de fantoche nas mãos de poderosos membros do establishment, que são quem realmente controlam o mundo. Acham mesmo que Putin não pensou nas consequências que sua invasão traria ao seu país? Muitos sequer conhecem o histórico do presidente russo, mas mesmo assim acham que são capazes de fazer uma análise geopolítica séria.
Para concluir, mesmo os fatos atuais sendo muito parecidos com fatos históricos conhecidos, fica a impressão que os mesmos erros estão sendo cometidos. Está tudo muito parecido com o que ocorreu na própria Europa no período pré Segunda Guerra Mundial. O discurso de Putin justificando suas ações militares contra a Ucrânia usou retórica muito parecida com a da Alemanha de Hitler. A ocupação da Crimeia e de áreas em Donbass lembra a anexação da Áustria e dos Sudetos, por Hitler.
O mundo livre não pode permitir que uma nação independente seja violentada desta maneira. Mas com os nossos atuais líderes, corroídos pela mentalidade progressista e cujas ações mais contundentes são notas de repúdio, só nos restará a alternativa de orar a Deus para que os ucranianos sejam bem sucedidos em sua autodefesa. Infelizmente, no momento só Deus pode ajudá-los.
Sander Souza (Conexão Japão), para Vida Destra, 25/02/2022.
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