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Opinião de um Palmeirense!

Opinião de um Palmeirense! 109: São Paulo x Palmeiras (Choque-Rei) – Copa do Brasil

Por Sander Souza

Twitter: @srsjoejp Instagram: @sander_r_s

 

São Paulo x Palmeiras (Choque-Rei) – Copa do Brasil

Oitavas de Final – Jogo de Ida

 

Pré Jogo

Quando surge, galera alviverde!

Hoje o Palmeiras vira a chave e volta as suas atenções para a Copa do Brasil e retorna ao Morumbi para enfrentar novamente o São Paulo, desta vez na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Vindo da vitória de virada sobre o próprio São Paulo por 2×1 na segunda-feira (20) o Verdão entra em campo buscando garantir a classificação para a próxima fase da competição, além de ampliar números históricos em relação ao confronto com os Trikas.

O Palmeiras é o único time que derrotou o São Paulo no Morumbi nesta temporada (duas vezes, sendo 1 x 0 pelo Paulista e 2 x 1 pelo Brasileiro), igualando as marcas de 1997, 1992, 1990, 1982, 1976 e 1970. Nesta quinta-feira, o Verdão pode alcançar a inédita marca de três vitórias em Choques-Rei no Morumbi em um mesmo ano e pode voltar a derrotar o rival duas vezes seguidas em seu estádio depois de 20 anos (a última vez foi pelo Brasileiro de 2001 e pelo Rio-São Paulo de 2002).

Somando a vitória na final do Campeonato Paulista no Allianz Parque e os triunfos pelo Paulista e pelo Brasileiro no Morumbi, já são três resultados positivos contra o São Paulo em 2022, igualando as marcas de 1940, 1942, 1960, 1976, 1984, 1995, 1996 e 2018 e ficando atrás apenas dos anos de 1938 (cinco vitórias) e 1965 (quatro).

O Palmeiras já venceu sete de oito clássicos estaduais disputados em 2022, igualando as marcas de 1940, 1994, 1996 e 2021. Com mais um triunfo, alcança as oito vitórias registradas em 1938, 1951, 1979, 1993 e 2018 e fica a uma do recorde de nove, obtido em 1965 e 1969. O aproveitamento de 87,5% deste ano é o segundo melhor da era profissional do futebol, atrás apenas do 100% de 1933 (quatro vitórias em quatro jogos) e logo à frente dos 85,1% de 1996 (sete vitórias e dois empates).

Invicto há 19 partidas, somando 15 vitórias e quatro empates por três competições (Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil), o Palmeiras está a um passo de alcançar sua segunda maior série de invencibilidade neste século, igualando os 20 jogos sem perder em 2020 sob o comando de Vanderlei Luxemburgo e ficando atrás apenas dos 22 jogos registrados entre 2011 e 2012 com Felipão. Esta é a maior sequência sem derrotas da era Abel Ferreira e a maior vigente entre todos os times que disputam a Série A.

Preparação

O Palmeiras se reapresentou na manhã desta terça-feira (21), na Academia de Futebol, horas após a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo. A novidade do dia foi o lateral-direito Marcos Rocha, que treinou com o grupo alviverde em tempo integral pela primeira vez desde que sentiu uma mialgia na coxa direita. O camisa 2 foi substituído no primeiro tempo contra o Coritiba, no dia 12, e desfalcou o time contra Atlético-GO e São Paulo.

Sob comando dos auxiliares do Professor Abel Ferreira, Rocha fez atividades técnicas em dimensões reduzidas com os atletas que atuaram menos de 45 minutos ou não jogaram no Morumbi. Os titulares realizaram trabalhos regenerativos na parte interna do Centro de Excelência. O meio-campista Raphael Veiga deu sequência à transição física com o Núcleo de Saúde e Performance, inclusive no gramado. O atacante argentino José Manuel López fez aquecimento com os companheiros e na sequência colocou em prática um trabalho físico em separado.

Os jogadores Marcos Rocha e Jhonatan (D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)

O Palmeiras realizou na tarde desta quarta-feira (22), na Academia de Futebol, mais um treino em preparação ao duelo com o São Paulo. Desfalques no último jogo (contra o mesmo São Paulo, na segunda-feira, pelo Campeonato Brasileiro), Marcos Rocha, Jorge e Raphael Veiga treinaram com o grupo o tempo todo. O meio-campista, no entanto, usou colete verde e atuou como curinga nas atividades técnicas em dimensões reduzidas – recuperado de uma lesão na coxa direita, ele é baixa desde o empate por 0 a 0 com o Atlético-MG, no dia 5 de junho. Os atacantes Merentiel e José Manuel López também participaram do trabalho todo e, desta forma, o único atleta fora foi o meio-campista Jailson, em tratamento de uma lesão no joelho direito.

O Professor Abel Ferreira testou negativo para Covid-19 e acompanhou o treino respeitando os protocolos do Ministério da Saúde. O comandante alviverde não pôde dirigir a equipe na vitória de virada sobre o São Paulo na segunda (20), sendo substituído pelo auxiliar João Martins.

O goleiro Vinicius, os jogadores Naves, Fabinho, Garcia, Eduard Atuesta, Flaco López, Benjamín Kuscevic, Gustavo Gómez, Raphael Veiga e Marcos Rocha (E/D em pé) e Dudu, Mayke, Breno Lopes, Gustavo Scarpa, Danilo e Gabriel Silva (E/D agachados), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)

Escalação

Pendurados: não há
Suspenso: não há

Para esta partida o Professor Abel Ferreira poderá contar com jogadores que não puderam entrar em campo na segunda-feira (20). O Professor, porém, seguirá afastado da beira do gramado mesmo após testar negativo para a Covid-19 devido a regras da CBF. Assim o Verdão deverá entrar em campo com o seguinte time: Weverton fechando o nosso gol; Marcos Rocha na lateral-direita e Piquerez na lateral-esquerda; Murilo e Gustavo Gómez na zaga; Zé Rafael, Danilo e Gustavo Scarpa no meio campo; Gabriel Veron, Rony e Dudu na linha de ataque.

Dado o retrospecto, temos condições de garantir a nossa classificação para a próxima fase da Copa do Brasil, num jogo onde o adversário tentará criar dificuldades mas que não serão insuperáveis.

*Pré jogo concluído em 22/06 às 22:00.

*A escalação foi confirmada hoje (23/06) às 19:00.

O Jogo

Primeiramente gostaria de esclarecer que tive dificuldades para assistir ao jogo, por isso o atraso na publicação da resenha.

A partida começou com os times indo pra cima um do outro mas com o São Paulo claramente mais ofensivo que o Palmeiras, que parecia estar com o freio de mão puxado. As primeiras descidas foram do ataque tricolor e a baixa rotação do nosso time permitiu que os trikas crescessem muito no jogo.

Mesmo com o São Paulo jogando com o mesmo time que atuou na segunda-feira pelo Brasileirão, e mesmo com o Verdão sendo reforçado pelo retorno de Marcos Rocha e Zé Rafael, em campo não tivemos vantagem nenhuma e o domínio tricolor foi pleno. Fiquei com a impressão que nosso time entrou em campo já conformado com um empate no resultado e não soube reagir frente à atuação são-paulina.

Nossa primeira oportunidade veio apenas aos 27 minutos, num lançamento do Marcos Rocha para Veron, que tentou mas não conseguiu finalizar a gol. Nossa falta de reação permitiu que o São Paulo mandasse na partida e aos 30 minutos eles chegaram ao nosso gol e abriram o placar no Morumbi. Trikas 1×0 Porco.

Parecia um déjà vu! Mas pra quem esperava um “despertar” do Verdão após o gol, como ocorreu no confronto anterior, a decepção foi certa. Nosso time continuou jogando muito aquém do esperado e do necessário, lembrando que não era uma partida qualquer, mas um clássico cujo resultado garante classificação para a próxima fase da Copa do Brasil.

Aos 41 minutos nova oportunidade, com o Scarpa rolando para o Danilo, que cruzou na área para Gómez desviar de cabeça e mandar a bola pra fora! O Verdão não conseguiu produzir mais nada e após dois minutos de acréscimos o primeiro tempo terminou no Morumbi. São Paulo 1×0 Palmeiras.

Voltamos para a segunda etapa sem alterações no time. Eu esperava apenas que houvesse uma mudança de atitude! Mas seguimos com o freio de mão puxado! Nossa primeira boa oportunidade veio somente aos 8 minutos, com o Danilo carregando pelo meio e arriscando de longe mas mandando a bola pra fora. Na sequência, Dudu rolou para Zé Rafael, que tentou a finalização de longe mas mandou a bola por cima da meta.

Aos 21 minutos, o auxiliar técnico João Martins fez as nossas primeiras substituições, com Gabriel Menino e Rafael Navarro entrando em substituição a Danilo e Gabriel Veron. Pouco depois, aos 23 minutos, boa oportunidade com o Scarpa, que arriscou de fora da área mas mandou a bola por cima do gol.

Aos 30 minutos, novas substituições, com Wesley e Breno Lopes entrando em substituição a Dudu e Rony. Essa substituição, somada à entrada de Navarro, renovou todo o nosso ataque, mas não surtiu o efeito esperado e o trikas seguiu dominando a partida e não nos dando espaços para atacar e nem contra-atacar.

Aos 36 minutos, João Martins fez a nossa última substituição, com o Mayke entrando no lugar de Marcos Rocha. O Verdão esboçou uma leve reação após a entrada do Mayke, mas no geral o time continuava jogando muito aquém do necessário. Já nos acréscimos, aos 48 minutos, Scarpa cruzou na área, Mayke desviou de cabeça e a bola passou muito perto do gol, saindo pela linha de fundo. Aos 50 minutos, Scarpa tabelou com Breno Lopes e finalizou levando muito perigo ao gol tricolor. Após 5 minutos de acréscimos a partida terminou no Morumbi. Placar final: São Paulo 1×0 Palmeiras.

Eu sabia que não seria um jogo fácil mas esperava mais atitude do nosso time. Foi a pior atuação do Verdão que vi neste ano. Entendo que esta derrota não é o fim do mundo e nem representa crise interna no Palmeiras, afinal é a nossa quarta derrota na temporada. Pra mim o problema não é a derrota em si, mas a maneira como ela ocorreu. Se for pra perder, que seja jogando bola! E o Verdão não jogou bola nesse jogo.

Danilo jogou muito mal. Dudu esteve apagado. Veron e Rony estiveram muito abaixo do normal deles. Danilo jogou muito mal. Navarro, sem comentários. Nem vou nomear mais, pois o conjunto todo jogou muito abaixo da média. Não tivemos um único chute ao gol tricolor e Jandrei praticamente não trabalhou hoje. A vantagem que teoricamente teríamos com o retorno de Marcos Rocha e Zé Rafael na prática se mostrou inexistente. O São Paulo conseguiu quebrar a nossa sequência invicta de 19 jogos.

Embora ninguém goste de derrota, neste momento o importante é nos lembrarmos mais uma vez que foi apenas a nossa quarta derrota no ano e focarmos no jogo de volta, que será em casa, no dia 14 de julho. Antes disso ainda teremos partidas pelo Brasileirão e pela Libertadores.

Bora aprender com os erros e manter a cabeça erguida, pois pra nós pouco mudou!

Até a próxima pessoal!

 

#AvantiPalestra

 

*Sander Souza é editor do Vida Destra Esportes.

 

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