Eu estava errado sobre a mídia. Eles sempre foram uma gangue de perdedores arrogantes
Prezados leitores:
Seguimos com o nosso compromisso de trazer até vocês, todos os sábados, artigos sobre temas relevantes, publicados pela imprensa internacional, e traduzidos pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora profissional Telma Regina Matheus. Apreciem!
Eu estava errado sobre a mídia. Eles sempre foram uma gangue de perdedores arrogantes
Vamos falar sobre aqueles artigos ‘Eu estava errado sobre…’ do New York Times.
Fonte: The Federalist
Título original: I Was Wrong About The Media. They’ve Always Been A Pretentious Gang Of Losers
Link para a matéria original: aqui!
Publicado em 22 de julho de 2022
Autor: Eddie Scarry
O New York Times, na quinta-feira, publicou uma série de artigos em que seus colunistas de tempo integral se propuseram a oferecer uma espécie de confissão sobre algum engano que cada um deles cometera no passado.
Cada título começava com “Eu estava errado sobre…”, embora eles devessem ter começado com uma frase mais precisa: “Agora, é seguro declarar que fui desonesto sobre isso, porque o assunto não é mais um fator [relevante] em minhas posições políticas”.
A coluna de Michelle Goldberg, “Eu estava errada sobre Al Franken”, conta como ela se arrepende de ter exigido o afastamento e a renúncia do ex-senador que – de maneira confiável e precisa – fora acusado de assédio sexual; uma alegação repleta de evidência fotográfica, diversas testemunhas e um pedido de desculpas do próprio Franken. Goldberg escreve que, hoje, ela acredita que foi errado exigir que ele perdesse seu emprego sem, primeiro, haver uma investigação no Senado.
O que ela realmente quer dizer é que Franken foi sacrificado para que Democratas e progressistas pudessem intensificar o uso do sempre absurdo movimento #MeToo [EuTambém] como arma política contra seus opositores. Infelizmente, o tiro saiu pela culatra.
O artigo de Gail Collins, intitulado “Eu estava errada sobre Mitt Romney (e seu cachorro)”, é seu pedido de desculpas por ridicularizar e atacar, tão alegremente, o senador Republicano quando ele concorreu à presidência [dos Estados Unidos] em 2012. O que ela realmente quer dizer é que, agora que Romney ataca o líder de seu próprio partido, ele é bom.
Contudo, o mais inspirador de toda a série [de artigos] é Bret Stephens, o ex-redator do Wall Street Journal que se identifica como conservador, apesar de enfatizar a derrota dos Republicanos em cada eleição da última década. Sua coluna “Eu estava errado sobre os eleitores de Trump”, [que vem] devidamente embrulhada em um extraordinário grau de autoestima, é histérica em sua descarada desonestidade.
“Quando olhei para o Trump, vi um fanfarrão intolerante elaborando um argumento ignorante após o outro”, escreveu ele. “O que os apoiadores de Trump viam era um candidato que, em tudo, era o dedo do meio orgulhosamente erguido para a elite pernóstica, que havia produzido um status quo fracassado. Eu estava cego para isso.”
Stephens continuou, usando a oportunidade para se vangloriar do quão boa é sua vida. “Eu pertencia a uma classe social que minha amiga Peggy Noonan chamou de ‘protegida’”, afirmou. “Minha família vivia em uma vizinhança segura e agradável. Nossos filhos frequentavam uma excelente escola pública. Eu era bem pago, totalmente assegurado, isolado dos extremos inclementes da vida. O apelo de Trump, de acordo com Noonan, mirava grandemente as pessoas que ela chamou de ‘desprotegidas’”.
Parece mesmo um homem com o rabo entre as pernas.
Ninguém acredita sequer por um segundo que Stephens esteja, de alguma forma, ponderando genuinamente seu desprezo pelas pessoas que ousaram apoiar Trump. (Ele diz literalmente, no artigo, que acreditava que os eleitores de Trump eram “estúpidos moralistas”.) Posso garantir que isso não é algo que ele escreveria se Trump tivesse vencido a reeleição em 2020.
Stephens inclusive admite isso. “Estaria eu errado se atacasse os atuais apoiadores de Trump”, diz ele, “aqueles que o querem de volta à Casa Branca, apesar de sua recusa em aceitar sua derrota eleitoral e a despeito da histórica rebelião do 6 de janeiro? Moralmente falando, não”.
O que Stephens está realmente tentando dizer é que, para ele, uma coisa é dizer que é péssimo que você não esteja se saindo tão bem quanto ele, depois de ele ter feito de tudo para manter as coisas como estão. Outra coisa é ele fazer algo que realmente tivesse suscitado mudanças.
Porém, no mesmo espírito da série do Times, eu tenho minha própria confissão: houve um período em que acreditei que os jornalistas da mídia nacional eram pessoas honestas e decentes, que eram imperfeitas, mas estavam sempre tentando [melhorar]. Eu estava errado sobre tudo isso.
Eddie Scarry é colunista do Federalist em Washington, D.C., e autor do livro “Liberal Misery: How the Hateful Left Sucks Joy Out of Everything and Everyone“.
Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 30/07/2022. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus
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