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Por que pedir “moderação” a Israel é depravado e ofensivo

Prezados leitores:

Publicamos mais uma tradução de artigo relevante da imprensa internacional feita pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora Telma Regina Matheus. Apreciem!

 

Por que pedir “moderação” a Israel é depravado e ofensivo

 

 

Líderes e legisladores nunca pedem “moderação” ao combater totalitários ou terroristas, a menos que as vítimas sejam os judeus.

 

Fonte: The Federalist

Título original: Why Calling For Israel’s ‘Restraint’ Is Depraved And Offensive

Link para o artigo original: aqui!

Publicação: 12 de outubro de 2023

 

Autor: Yaakov Menken

 

Assim como aconteceu há 50 anos, forças islâmicas radicais perpetraram um ataque assassino contra o único estado judeu do mundo, em um Dia Santo no calendário judaico. Eles sabiam que os judeus estariam ocupados com as orações e as observâncias do feriado – o que tornou a surpresa muito, muito pior. E dizer que agiram como animais é errado, pois os animais são incapazes do nível de depravação que eles registraram orgulhosamente em vídeo.

Salvo em caso de emergência com risco de vida, os judeus fiéis não usam aparelhos eletrônicos ou telefones durante o Sabá e feriados — portanto, embora relatos do ataque tenham chegado à comunidade judaica aqui nos Estados Unidos, não pudemos ler as notícias até a noite de domingo. Havia uma coisa, porém, que eu sabia que deveria esperar: chamados à “moderação”. Eles [sempre] vêm depois de cada atrocidade terrorista contra Israel e, neste caso, não foi diferente.

O Hamas, é claro, nunca age com moderação. Moderação implica, entre outras coisas, tentar evitar a morte de civis, e o alvo do Hamas são os civis. O que os porta-vozes do Egito, dos Emirados Árabes Unidos, da Rússia, da China, da Austrália, da África do Sul e do secretário-geral da ONU pediram, portanto, foi “moderação” na resposta de Israel ao pior massacre de judeus desde o Holocausto nazista. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez e sua colega, a deputada Cori Bush, usaram um termo ainda mais ofensivo: “atenuação”.*

[O termo em inglês, de-escalation, tem conotação e sentido mais contundentes, implicando quase um recuo. Em português, não temos uma palavra com força equivalente.]

Esses apelos não são meramente inadequados e unilaterais, mas genuinamente perversos. Esse pogrom ocorreu exatamente porque Israel foi pressionado a ouvir os pedidos anteriores de “moderação”.

Pense nisto: nem uma única vez os líderes mundiais pediram moderação por parte da Ucrânia. A história não registra nenhum pedido de redução da escalada quando os bombardeiros britânicos e americanos reduziram Dresden a escombros, enquanto lutavam contra os nazistas; [ou] quando as forças aliadas devastaram o Iraque; ou quando as tropas americanas caçaram Osama bin Laden. Tampouco deveria ter havido. Nenhum dos líderes mundiais ou membros do Congresso, mencionados anteriormente, pede moderação ao combater totalitários ou terroristas, a menos que as vítimas sejam os judeus.

De forma reveladora, a série documental The Unauthorized History of the Vietnam War (A história não autorizada da Guerra do Vietnã) ridiculariza a política de guerra do presidente Lyndon Johnson como de “moderação fatal”. Moderação é como se perdem guerras. Moderação implica permitir que um inimigo cruel, movido pelo ódio, recomponha suas capacidades e aprenda maneiras novas e mais cruéis de infligir violência e terror.

Aqui está outra palavra que certamente surgirá nos próximos dias: “proporcionalidade”. Uma “proporção” correta e moral é neutralizar todos os terroristas com o mínimo de baixas entre os alvos civis pretendidos. No entanto, fontes da mídia global rotineiramente denunciam Israel por não aceitar que o número de judeus mortos seja igual ou superior ao número de terroristas e seus apoiadores eliminados. Isso deveria enojar qualquer pessoa com uma bússola moral funcional.

Na verdade, isso enoja qualquer pessoa com uma bússola moral funcional. Só que você encontra pouquíssimas pessoas assim na MSNBC ou no The New York Times.

E há um terceiro clichê perverso: “ciclo de violência”. O único ciclo, aqui, é o dos terroristas árabes assassinando judeus e Israel reagindo para proteger seus cidadãos. É repugnante e ridículo retratar isso como uma batalha de dois lados. Houve um “ciclo de violência” no Gueto de Varsóvia?

Um famoso provérbio talmúdico de R’ Elazar diz que quem é compassivo com os cruéis será, no final, cruel com os compassivos. [O provérbio] tem aplicabilidade imediata já que o Hamas tem, desde 2006, o apoio da maioria no esgoto moral que é Gaza, e o Hamas agora sequestrou idosos, mulheres e criancinhas — além daqueles que foram estuprados, assassinados e arrastados pelas ruas.

Na situação atual, os reféns inocentes deveriam ser os próximos a cruzar a fronteira entre Israel e Gaza, seguros e incólumes. Fornecer aos habitantes de Gaza não apenas trânsito para Israel, mas eletricidade, combustível e até mesmo suprimentos básicos, não é meramente inaceitável, mas repreensível. É responsabilidade do Hamas, e não de Israel, fornecer essas provisões, e já passou da hora de a população aprender que o apoio a bárbaros genocidas não é isento de custos.

De fato, vai muito além disso. Israel cometeu um erro terrível em 2006, quando se “desvinculou” de Gaza, tirando milhares de judeus de suas casas. A ideia de um governo árabe pacífico naquele território era pura ilusão e, é claro, os defensores [da ideia] insistiam que ele [o governo árabe pacífico] nunca seria uma fonte de terror — e que Israel reocuparia aquele território, se fosse atacado. Israel falhou repetidamente em fazer exatamente isso, pois o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina lançaram reiteradamente ataques não provocados a partir de Gaza.

Israel não pode mais falhar. Referindo-se ao Hamas, Netanyahu afirmou que Israel “os derrotará até o fim”, mas amenizou dizendo que Israel destruiria as “capacidades” do Hamas. Não. A presença do Hamas ao lado de Israel coloca todos os civis israelenses em perigo; já passou da hora de remover esse perigo. Israel deve destruir totalmente o Hamas, e essa guerra não pode terminar até que a bandeira branca da rendição seja hasteada na pilha de concreto que já foi o centro de operações do Hamas.

Qualquer outra coisa seria uma falha moral de proporções desastrosas, que certamente trará futuros horrores em seu rastro.

 

Rabbi Yaakov Menken é diretor da Coalition for Jewish Values.

 

 

Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 19/10/2023.                          Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail  mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus

 

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Telma Regina Matheus Jornalista. Redatora, revisora, copydesk, ghost writer & tradutora. Sem falsa modéstia, conquistei grau de excelência no que faço. Meus valores e princípios são inegociáveis. Amplas, gerais e irrestritas têm que ser as nossas liberdades individuais, que incluem liberdade de expressão e fala. Todo relativismo é autoritarismo fantasiado de “boas intenções”. E de bem-intencionados, o inferno está cheio. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail: mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus