Friedrich August von Hayek, filósofo e economista liberal austríaco nascido na primeira metade do século XX, época em que havia liberais de respeito, dizia que “o modo mais eficaz de fazer com que todos sirvam a um programa político é fazer com que todos acreditem nesse programa”. Obviamente, para que pessoas sirvam aos esquemas políticos totalitários, os quais defende o Partido dos Trabalhadores, que tem por objetivo implementar o “socialismo democrático” segundo o artigo primeiro de seu estatuto, será necessário fazer com que essas pessoas vejam os esquemas socialistas totalitários como algo bom, que não foi corretamente implementado nas experiências anteriores e que aquele grupo que defende uma das vertentes desse sistema pode fazer com que ele funcione de modo que sejam trazidas paz e prosperidade, mesmo esse sistema tendo fracassado em todo e qualquer país que fora implementado. E a única forma de fazer com que as pessoas vejam os sistemas socialistas totalitários como algo positivo é através da propaganda, que vai fazer esse sistema parecer um mar de rosas onde todas as pessoas pobres e carentes têm aquilo que precisam para sobreviver graças ao governo socialista, mesmo que, na prática, esse sistema representa exatamente o oposto do que prega: ditadura, pobreza e distribuição da miséria de forma igual entre pobres e ricos. E é exatamente disso que se trata o documentário Democracia em Vertigem, dirigido por Petra Costa, neta de um dos fundadores da construtora da Andrade Gutierrez, empresa que estava envolvida na Lava Jato e que teve alguns de seus membros, com o ex-presidente Otávio Azevedo, presos.
O documentário de Petra é uma defesa do Partido dos Trabalhadores, o qual é apresentado no longa como um partido que defende e aprecia a democracia, mesmo elegendo uma presidente que militava por um movimento socialista antidemocrático no Regime de 64 e um outro presidente que mandou suspender o visto de um jornalista por ter sido por ele chamado de “bêbado”. Também conta outras mentiras, como a de que com o PT, o desemprego foi o menor da história do Brasil, o que é um ledo engano, visto que no Regime Militar chegou a bater índices de 2 a 3%.
O documentário, que tem no título “Democracia”, relativiza as manifestações que pediam o impeachment de Dilma Rousseff, governo o qual tinha reprovação de 70% da população e que foi demitida por um mecanismo constitucional após ter sido provado que cometeu crimes de responsabilidade. Em 2016, houve os maiores atos políticos da história do Brasil, superando o diretas já, feito no Regime Militar. Aliás, por falar em Regime Militar, o filme presta um desserviço ao leitor ao fazer um breve relato daquela época como uma tirania sobre tirania, em que parece que as pessoas eram perseguidas e mortas de forma arbitrária, ignorando completamente o fato que os militares reergueram o Brasil, tornando uma das economias mais produtivas do mundo, realizaram um programa de infraestrutura nunca visto antes na história e que também não mataram lá muitas pessoas como faz parecer: segundo as comissões “da verdade”, o Regime não matou nem 500 pessoas em 21 anos, diferente dos regimes assassinos Socialistas e que matavam isso em uma semana e pelos quais militavam a família de Petra e o próprio PT.
O Mensalão é abordado como se não fosse culpa do PT. Ela diz que “Lula toma posse e em pouco tempo estoura o mensalão. Seu partido é acusado de comprar votos”. Ou seja, para Petra, o partido apenas foi acusado, ele não subverteu o parlamento, órgão responsável por efetivar a democracia, para comprar votos de medidas do Executivo, algo que foi, de longe, o maior atentado contra a democracia que já existiu no Brasil, uma vez que a democracia existia, nessa época, apenas na teoria, diferente, por exemplo, do regime autoritário de Getúlio Vargas, que havia ditadura e todos sabiam e poderiam resistir a isso.
A prisão de Lula também não poderia ter ficado de fora: o episódio é tratado como um golpe dado por Sérgio Moro, que foi “treinado nos EUA” pelo fato de ter participado, em 2007, do programa “International Visitors Leadership Program”, do qual também participou, em 1992, Dilma Rousseff. O documentário diz que a condenação de Moro retirou Lula das eleições presidenciais porque “Lula liderava”, o que é uma mentira deslavada, pois Moro nem decretou a prisão de Lula quando o condenou, deixou que a segunda instância decidisse isso, que o fez quase um ano depois e ainda esperou Lula entrar com habeas corpus no STF para tentar impedir. Vale lembrar também que a prisão de Lula foi validada pelo STJ, ou seja, se se tratasse mesmo de uma perseguição, o processo teria sido anulado por algum juiz, como o próprio Moro, que já deixou de condenar réus na Lava Jato por falta de provas, ou por algum de nível superior, seja do TRF-4, seja do STJ. O filme esqueceu de mencionar a delação de Leo Pinheiro, que explica todo o caso do triplex do Lula, como foi negociado e porque houve corrupção e lavagem de dinheiro.
Vertigem tem o significado de uma forte “oscilação”. Pela quantidade de mentiras que Petra traz em seu filme, não se sabe exatamente o que ela quis dizer ao fundo, se a democracia entrou em uma vertigem porque foi de fato implementada, dado que os governos petitas a subverteram com o mensalão, ou que ela estava em vertigem no sentido de ser enfraquecida. Pelo caráter vitimista, a última alternativa é a mais provável, embora segundo a lógica a primeira seria mais coerente, visto que até um presidente conservador, que fala a língua do povo, foi eleito recentemente sem ter ido aos debates, tendo sofrido uma tentativa de homicídio, sem tempo de televisão e com a mídia inteira contra a sua eleição. O documentário referido foi indicado ao Oscar, que se vencer mostrará a total parcialidade com a esquerda por parte dessa premiação, a qual logo deixará de ser levada a sério, dado que ignoraram grandes produções brasileiras, como Cidade de Deus, que relatava a vida nas favelas do Rio, O Mecanismo, que relata a corrupção na Petrobrás, Real, o plano, que relata a criação da moeda nacional corrente e muitas outras.
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Vertigem, sentimos ao ver este absurdo. A esquerda bate sempre na mesma tecla. Graças a Deus, hoje em dia eles falam pra eles mesmos. Ninguém mais liga para essa raça. Bando de canalhas!