“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”

Salmos 33:12a

Hoje, dia 10 de abril, é a chamada Sexta-feira Santa. Dia importante para os cristãos em geral, e para os católicos em especial. É quando todos, católicos ou não,  relembramos o martírio, a crucificação e a morte de Cristo. Para nós, cristãos, existem três acontecimentos que devem sempre ser relembrados: o nascimento de Cristo, que foi o momento no qual o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cumprindo assim a profecia contida em Gênesis; a crucificação e a morte de Cristo, momento no qual levou sobre si os nossos pecados, tornando-se o Cordeiro sacrificial diante de Deus que permite nossa purificação e salvação; e a ressurreição de Cristo, momento no qual Deus, em sua infinita misericórdia, nos mostrou que Nele podemos confiar e que nossa salvação e vida eterna estão garantidas em Cristo.

Estes últimos dias tem sido muito difíceis para todos os homens, em especial para nós brasileiros. Estamos testemunhando, entre atônitos e revoltados, uma escalada de decisões arbitrárias e ilegais tomadas por nossos governantes, que nos exasperam e muitas vezes nos trazem desânimo, nos fazendo perder a esperança em nossas instituições e na justiça.

Por isso hoje, neste breve artigo, e neste dia no qual muitos estarão refletindo e orando, gostaria de deixar uma breve reflexão a todos os amigos e leitores, baseada na Palavra de Deus, que está registrada no Evangelho segundo Lucas, capítulo 18, versículos 1 a 8:

A parábola do Juiz Iníquo:

“1 Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.

2 Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens.

3 E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’.

4 Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens,

5 esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me importunar’ “.

6 E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto.

7 Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar?

8 Eu digo a vocês: Ele lhes fará justiça e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”

Meus amigos, esta parábola nos ensina que por mais morosa, por mais aparelhada, por mais corrupta, por mais injusta que seja a nossa justiça, não podemos desistir de usá-la para buscar restabelecer o que é certo e desfazer injustiças e ilegalidades, seja contra quem for! Não podemos perder a fé que no final, venceremos! Não podemos nos deixar abater e nem desanimar diante das atuais dificuldades. Venho escrevendo sobre a necessidade de resgatarmos os nossos valores pátrios, e um destes valores é a fé! Somos um país cristão, somos um país formado por pessoas que creem em Deus e que possuem crenças espirituais enraizadas, por mais que tentem apagar ou ridicularizar esta fé!

E neste momento de reflexões e orações, me permitam deixar mais uma nova passagem bíblica, que nos ensina a respeito da fé, e que encontra-se no livro de Tiago, capítulo 2, versículos 14 a 18:

“14 Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. 

15 Se um irmão ou irmã sofrer por falta de vestuário, ou por passar fome, 

16 e lhe disserem: “Procura viver pacificamente e vai-te aquecendo e comendo como puderes”, e não lhe derem aquilo de que precisa para viver, uma tal resposta fará algum bem? 

17 Assim também a fé, se não se traduzir em obras, é morta em si mesma.

18 Poderão até dizer: “Tu tens a fé, mas eu tenho as obras. Mostra-me então a tua fé sem as obras. Porque eu dou-te a prova da minha fé através das minhas boas obras!”

Em outras palavras, a Bíblia nos ensina que devemos orar e clamar a Deus, mas não devemos ficar parados esperando a graça divina! Devemos agir! No caso da justiça, devemos insistir até que sejamos ouvidos! No caso da política, devemos insistir na conscientização das pessoas e no trabalho árduo de substituição de pessoas até que todas as esferas de governo estejam desaparelhadas e voltem a funcionar como devem! Na economia, diante das dificuldades, devemos aproveitar todas as oportunidades e unir esforços e trabalho em torno de objetivos comuns! Temos que trabalhar e nos esforçar para reconstruirmos o nosso país! Não é fácil, mas ninguém disse que seria!

Enfim amigos, que nesta data possamos revigorar a nossa fé e as nossas forças, para continuarmos lutando por um país melhor e mais justo para todos! Deus os abençoe, meus amigos!

Sander Souza, para Vida Destra, 10/4/2.020.

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