Considerada um ponto fora da curva, a Suécia, país governado por um partido de esquerda, acreditem, superou a pandemia de coronavírus da forma que todos os países do mundo deveriam ter feito: sem ferir direitos individuais, destruir empregos ou sem abusar da saúde psicológica da população, ou seja, sem seguir a ridícula quarentena ineficiente no mundo inteiro. Que o país fez o que deveria ter sido feito já não é novidade nem mesmo para os militantes da esquerda, que se negam a reconhecer tal fato, por isso, vamos analisar como a Suécia geriu a pandemia e quais foram seus efeitos.
Antes de tudo, é necessário ter em mente que a infecção por coronavírus é um fenômeno econômico. Não, economia não tem a ver com só dinheiro necessariamente, tem a ver com alocação de recursos (por isso utilizamos a no dinheiro, mas podemos aplicá-la em quaisquer outros recursos, como um vírus que infecta a população). A infecção por covid-19 é uma medida econômica de complexidade organizada, o que significa, neste caso, que a infecção não depende somente do coronavírus, mas também dos indivíduos que serão infectados. Esses indivíduos têm diferenças que impedem o cálculo da infecção do vírus de forma perfeita, pois, além do vírus, a infecção depende de outros fatores que variam de pessoa para pessoa, como: comorbidades (doenças que podem agravar o covid-19), sistema respiratório, hábitos alimentares, metabolismo corporal, idade, pratica de atividades físicas, quantidade de vitamina D no organismo e, principalmente, sistema imunológico, sendo este o maior responsável por tornar a infecção pelo vírus uma medida de complexidade organizada, dado que esse sistema varia de pessoa para pessoa e não segue um padrão, tanto que há idosos que pegaram o covid-19 e sobreviveram e há crianças que pegaram o vírus e morreram. Além disso, o sistema imunológico segue, como qualquer órgão ou sistema do corpo humano, a teoria evolutiva lamarquista: se um órgão ou sistema não é utilizado, ele tende ao atrofiamento. Isso significa que quanto mais se expormos aos vírus e bactérias, melhor o sistema imunológico tende a funcionar. Claro que há limites também, pois tal sistema não é infalível, logo, não significa que tenhamos que dispensar hábitos de higiene ou se expor ao ebola, mas o que eu quero dizer é que é melhor as pessoas mais saudáveis se exporem ao coronavírus e desenvolverem anticorpos para combate-lo do que ficarem presas em casa, pois, uma vez expostas, o sistema imunológico tende a trabalhar para eliminar mais rápido um vírus cuja letalidade é muito baixa, mas que tem causado caos político, econômico e social por onde passa. O mesmo não vai acontecer com as pessoas presas em casa, que, além de estarem mais sujeitas a doenças como depressão, obesidade e ansiedade, também estão atrofiando o sistema imunológico, impedindo o de combater tanto a covid-19 quanto outras doenças às quais ele já está acostumado, como gripes, pneumonia e tuberculose, que apesar de já sabermos as curas e os tratamentos, ceifam milhões de vidas por ano.
Além disso, os gráficos da Suécia mostram que a pandemia teve lá uma situação parecida com a de outros países, porém, com as diferenças de que a Suécia hoje tem pessoas com anticorpos do coronavírus, o que permite a seguir em frente, e empregos mantidos, o que influencia na qualidade de vida também. Observe o gráfico abaixo, que mostra a relação de mortes da Suécia nos últimos dois meses:
Veja que o número de casos (em azul), bem como o número de mortes (em laranja), vêm diminuindo a cada dia. Veja também que, embora haja dias em que há picos de casos, as mortes são pouquíssimas. Agora, veja o gráfico de mesmo período, porém da Bélgica, país que fez quarentena:
Note que o número de casos, bem como o número de mortes, tem subido conforme as medidas de quarentena vão sendo relaxadas. Isso significa que a quarentena deu certo? De forma alguma, isso confirma a tese de que se a população fica em casa, de quarentena, seu sistema imunológico é destruído e fica incapaz de lidar com um vírus de baixa letalidade. Logo, ou se libera a população para adquirir os anticorpos e se imunizar, ou adia-se esse processo para o futuro, porém, quanto mais para o futuro a retomada à normalidade for adiada, mais pessoas terão seus sistemas imunológicos destruídos e consequentemente mais pessoas irão morrer.
Com isso, sim, se as atividades forem retomadas, pessoas vão morrer. E se as atividades não forem retomadas, as pessoas também vão morrer, só que mais pessoas e de forma mais lenta. Além disso, uma vez que se demore para retomar as atividades econômicas cotidianas, empresas vão indo à falência, pois acaba o consumo. Com menos empregos, pessoas ficam mais pobres, com menos recursos para cuidar de si mesmas nos serviços de saúde privado, que de longe são melhores que os públicos, as pessoas tendem a adoecer menos e com isso inicia-se um processo de descivilização na sociedade inteira.
As medidas suecas de enfrentamento ao coronavírus garantiram ao país que os empregos fossem preservados, a educação fosse mantida e a população imunizada. Pessoas morreram, sim, bem como morreram mais ainda em países onde se fez a quarentena. A Bélgica tem mais ou menos a mesma quantidade de casos de coronavírus que a Suécia (Bélgica tem 84.599 mil casos e o país escandinavo 83.958), porém, na Bélgica, houve quase o dobro de mortes por coronavírus (9.891) e esse número ainda não se estabilizou no país conforme mostra o gráfico. Já na Suécia, esse número é de 5.821 e o país está praticamente com a pandemia estabilizada e economia não afetada. Mas não ache que esse número se restringe à Bélgica. A Suécia também tem menos mortos por 1 milhão de habitantes que Itália, Reino Unido e Espanha, países que fizeram duras quarentenas.
Com a liberação do comércio, o povo passa a adquirir, aos poucos, é verdade, a imunização em massa, a qual o deputado Osmar Terra defendeu desde o início da pandemia e foi taxado, por isso, de “obscurantista”, que no linguajar da imprensa brasileira é todo mundo que discorde de qualquer teoria que o Deus Mídia acredite. Óbvio que após a liberação do comércio, algumas pessoas irão morrer, mas como demonstrado, esse número é pequeno, pois é só até haver a imunização em massa, porém, governos têm ido na contramão: assim que liberam o comércio e o número de óbitos têm um pico, eles voltam a restringi-lo. Com isso, a população demora para formar os anticorpos e da próxima vez que o governo for reabrir o comércio, haverá mais óbitos novamente e isso formará um círculo vicioso praticamente interminável. Alemanha, Reino Unido e até a Bélgica são a prova disso: esses países tiveram picos de mortes e casos lá por abril ou maio e hoje ainda têm casos e mortes crescendo. O mesmo não aconteceu na Suécia, que teve seu pico de casos e mortes também entre abril e maio, mas hoje segue para a estabilização, como demonstram os gráficos.
Pela forma como os governantes pró quarentena tem gerido a pandemia, dá a impressão de que o mundo vive a epidemia do vírus letal (também chinês) do filme Contágio, de Steven Soderbergh, em que um vírus letal se dissemina da China para o mundo todo numa velocidade recorde e começa a matar todos os infectados, promovendo um verdadeiro caos e escassez de alimentos no mundo todo. Neste caso a quarentena seria moral, pois teria o objetivo de proteger o direito natural da vida das pessoas, que estariam correndo um alto risco com um pequeno número de indivíduos infectados. No caso do coronavírus, que, mais uma vez, tem letalidade muito baixa, a quarentena beira a imoralidade e o autoritarismo. Assim que passar a pandemia, o cidadão sueco terá novamente seu emprego e seus direitos individuais respeitados. Já o cidadão do resto do ocidente, não terá nem os seus direitos individuais, que visam reduzir os poderes arbitrários do Estado, nem seus empregos.
Vinicius Mariano, para Vida Destra, 31/08/2020
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Seu comentário tb merece ser lido e compartilhado, dado q fundamenta complementa a verdadeira motivação do direcionamento desproporcional e autoritário dessa “pandemia”.
No excelente artigo de Vinicius Mariano temos de levar em conta que saúde e economia tem o mesmo peso. Agora digno de registrar que a Suécia foi um ponto da curva em pleno inverno europeu.
Parabéns pelo artigo. Assim como o amigo Sander, que comentou sobre a pandemia no Japão; você fala bem sobre como a Suécia lidou com a pandemia. Infelizmente aqui no Brasil é igual a casa da mãe Joana, com o STF usurpando os poderes, Congresso, prefeitos e governadores totalmente corruptos.
Parabéns Vinicius! Seu artigo é muito esclarecedor.
Parabéns pelo excelente artigo, meu amigo!
Aqui no Japão, também não enfrentamos quarentena ou lockdown!
Realmente não tem sentido trancar as pessoas em casa!
Artigo lido e compartilhado!
Excelente análise. Embasada em fatos, portanto, com bases científicas. Diferente dos que alegam o isolamento como cientificamente comprovado sem mostrar os estudos que levaram as respectivas conclusões.
Parabéns! Um dos artigos mais oportunos e esclarecedores sobre o tema.
Sua análise é bem embasada, coerente e didática. Será muito útil poder compartilhar argumentos q concordo e não saberia expressá-los com tal clareza!