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A ‘democracia’ dos não eleitos

Vivemos tempos sombrios. Essa é uma afirmação que foi tão banalizada pela esquerda – a fim de atacar um governo que detestam – que agora fica difícil mostrar que vivemos, de fato, tempos sombrios. E o mais curioso: vivemos esses tempos por causa da ação de outros agentes, e não do governo autoritário que alguns aguardam até hoje.

Ao longo da história da humanidade houve tiranias de todos os tipos. De monarcas, de imperadores, e mais recentemente até de líderes escolhidos pelo povo, mas que, depois de eleitos, mostram sua verdadeira face. Esses últimos são um tipo peculiar de tirano, pois ignoram a vontade popular e ameaçam suas liberdades, como vimos sobejamente acontecer durante a pandemia da Covid-19.

No entanto, cedo ou tarde, esses tiranos eleitos são apeados do poder. Por piores que sejam, eles têm prazo de validade mais ou menos definido. Mas o que tem tornado nossos ‘tempos sombrios’, na exata acepção do termo, são os tiranos não eleitos. Esses, exatamente por não serem escolhidos por ninguém, sentem-se cada vez mais à vontade para ocupar o vácuo de poder deixado pelos eleitos, pois não têm contas a prestar a ninguém, exceto às suas vaidades.

O Brasil experimenta o mais longo período de regime democrático, em que o povo tem escolhido seus representantes acreditando que eles realmente têm poder para colocar em prática a agenda política escolhida nas urnas. Infelizmente, isso é uma falácia, pois quem manda no país são os não eleitos!

Quando o STF aceita dar andamento a petições ridículas contra qualquer ato administrativo de competência do Executivo, dá um péssimo sinal para que juízes de primeira instância, promotores, conselheiros de tribunais, o fiscal da prefeitura, os barnabés de repartição de último escalão da administração pública estabeleçam sua própria interpretação das leis, subvertendo a lógica da democracia.

Por muito tempo, ficamos alheios a essa realidade. Mas agora, sabendo disso, qual deve ser o nosso modo de agir? Entendo que esses fatos geram desânimo, frustração e uma imensa vontade de deixar esse país seguir rumo à destruição. Mas entendo que isso deve ser usado como encorajamento para lutar com ainda mais afinco, pois agora conhecemos o problema por inteiro e sabemos onde devemos agir.

O nosso papel na escolha dos representantes no Congresso Nacional é, obviamente, o primeiro passo. Até mais importante do que eleger um Presidente. É preciso ter cada vez mais gente comprometida em mudar as leis que permitem que os não eleitos tenham tanto poder sobre a nação. Que promovam uma reforma profunda do Estado brasileiro, de maneira que esses indicados se limitem a cumprir as leis emanadas da vontade popular via Parlamento.

Por fim, devemos nos engajar de maneira mais efetiva para ocupar os espaços ocupados por esses não eleitos, hoje dominados majoritariamente pela esquerda. Pode parecer um paradoxo, mas conservadores nesses locais jamais atentariam contra as liberdades e garantias individuais e respeitariam a lei. Mas, além disso, devemos ocupar associações de bairros, de moradores, assumir cargos de professor, assistente social, conselhos tutelares, enfim, para que, a longo prazo, possamos nos ver livres da influência nefasta da esquerda nas instituições.

Em resumo, devemos eleger e ocupar, para não sermos governados por ocupantes não eleitos que tornam nossos tempos sombrios.

 

 

Ismael Almeida, para Vida Destra, 22/03/2022.
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Cientista Político, graduado pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). Autor de artigos sobre temas políticos nacionais com o enfoque da direita conservadora.