O assunto que dominou os debates ao longo da semana foi a recente aquisição da rede social Twitter pelo empresário Elon Musk. Alegando não ser uma aquisição visando ganhos financeiros mas buscando garantir a Liberdade de Expressão naquela que, nas palavras de Musk, é a praça pública onde os debates ocorrem nos dias de hoje, a transação causou alvoroço em toda a mídia e entre os próprios usuários do Twitter.
A despeito das intenções de Musk serem verdadeiras ou não, a simples mudança de mãos já causou um grande abalo nas estruturas montadas para promover o cerceamento de determinados grupos. Todos sabemos que o Twitter apoiava abertamente as pautas esquerdistas e globalistas, garantindo liberdade de expressão a todos aqueles que defendessem tais pautas, enquanto atuava para cercear e até mesmo banir aqueles que discordassem destas pautas, mesmo que tal discordância ocorresse através do simples debate de ideias.
O Twitter, assim como outras redes sociais, se tornou campo fértil para o pensamento globalista, e campo de batalha para os pensamentos de direita e conservador. Discordar das pautas protegidas pelas redes sociais se tornou algo perigoso, pois as redes permitem que cancelamentos e perseguições sejam feitas, muitas vezes não se limitando ao campo virtual, prejudicando pessoas e empresas na vida real.
Embora as redes sociais pertençam a empresas privadas, ao prestarem um serviço de utilidade pública deixam de ter o direito de interferir na forma como as pessoas as utilizam, principalmente porque a livre manifestação de ideias e do pensamento é protegida pela Constituição Federal. Nenhuma regra de uso de rede social pode se sobrepor ao que determina nossa lei maior. E a própria legislação brasileira dá os instrumentos legais para se punir quaisquer excessos cometidos pelos usuários. Tais excessos devem ser analisados pela Justiça, não cabendo às empresas assumirem o papel de juízes.
Agora todos temos a esperança que o debate público de ideias seja feito de forma equilibrada, ao menos no Twitter. Não defendemos a supressão da esquerda do debate público, o que sempre defendemos é que o debate fosse feito de forma justa, com ambos os lados tendo as mesmas oportunidades de argumentar e defender os seus pontos de vista. Nós confiamos na qualidade dos nossos argumentos e ideias.
Agora é aguardar para vermos como as coisas irão transcorrer com o “novo” Twitter. Mas independente de qualquer coisa, manteremos a nossa postura vigilante quanto ao respeito à Liberdade de Expressão e aos demais direitos garantidos pela nossa Constituição, e continuaremos a denunciar e combater toda e qualquer postura de censura ou autoritarismo, venha ela de onde vier, seja promovida por quem quer que seja.
“O preço da Liberdade é a eterna vigilância” – Thomas Jefferson.
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