A recente invasão da Ucrânia pela Rússia não é apenas mais uma guerra numa região do planeta onde conflitos não são uma novidade. A decisão do presidente russo Vladimir Putin é apenas parte de uma estratégia dividida em vários atos, e que foi meticulosamente pensada ao longo dos últimos anos.

Poucas pessoas acreditaram nas palavras de Putin, ditas poucos dias atrás, quando classificou os temores de invasão como uma “histeria do ocidente”. A invasão era esperada, tanto pelos ucranianos, como pelos demais países. Os ucranianos se prepararam, armando-se da maneira que puderam. Já os demais países, parecem terem se acostumado a enfrentar situações bélicas com retórica, sanções e notas de repúdio. Ninguém pode alegar que foi pego de surpresa.

Nenhum país independente e soberano pode ser invadido e agredido, muito menos com as justificativas e da maneira como está ocorrendo com a Ucrânia. São pilares fundamentais da diplomacia universal o respeito à soberania e à autodeterminação dos povos. Todo atentado contra a liberdade de um povo deve ser rechaçado de forma firme e contundente. Esta situação não pode ser minimizada ou relativizada.

Todas as nações livres do mundo devem se unir e enfrentar a invasão da Ucrânia, não se limitando a impor sanções contra a Rússia, mas também empregando todos os meios necessários, inclusive militares, para proteger a soberania ucraniana e a integridade do seu povo. No ponto no qual a situação se encontra, só a força poderá ser capaz de parar o conflito e trazer as partes envolvidas para a mesa de negociações. Todas as divergências existentes entre os dois países devem ser discutidas nos fóruns adequados.

O mundo não pode permitir que esta agressão prossiga sem punição severa, pois se medidas enérgicas não forem tomadas agora, testemunharemos novas violações à soberania de outros países no futuro próximo.

Precisamos de líderes de verdade, capazes de identificar riscos e ameaças aos nossos valores civilizacionais e tomar as medidas necessárias para combatê-los. Se os líderes ocidentais não forem capazes de identificar e eliminar os perigos reais (e esta invasão é um deles), no fim eles é que acabarão eliminados. De forma democrática pelas urnas, ou pelas mãos de tiranos.

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