*Alea jacta est – do latim: “A sorte está lançada”
Se os pobres votam na esquerda, então convém aos políticos esquerdistas multiplicarem o número de pobres para se perpetuarem no poder. — Chico Anísio
Já escrevi sobre escolhas, porém, o afunilamento entre candidatos nos levam ao segundo turno, portanto, temos que decidir para que o excesso de politização seja contido e voltemos ao cotidiano.
Estamos diante de uma situação inédita devido à inversão de poder no congresso bicameral, onde 60% estão teoricamente alinhados ao Presidente. Bem diferente da eleição de 2018, que teve sérios embates entre o Executivo e o Legislativo pela pequena, mas aguerrida base de apoio.
Muitos perguntam: e agora, o que fazer? Converter votos é uma tarefa difícil, mas não impossível: passar de 44 para 51%, uma diferença em torno de 8 milhões de votos já descontados os 20% de abstenção que, no segundo turno, pode chegar a 30%. Portanto, o ponto chave é a conquista dessa parcela de 30 milhões de eleitores. O grande problema é como convencer, qual a estratégia a ser adotada? Acho que o Presidente já tem os pontos a serem esclarecidos, como os preços dos alimentos.
Sempre tive a convicção de que o petismo floresce onde a pobreza cresce, o verdadeiro voto de revolta por má gestão dos recursos. Ideologia? Como sempre, serve ao proselitismo político para mobilização e jamais para solução. Quando o partido Novo tem, na sua bandeira, a palavra resolução não é à toa, única e última ação para resolver os problemas do cidadão, eis o objetivo maior. Antes de 2018, passamos pela recessão, tendo como consequência o desemprego e, logo após, a pandemia trazendo problemas diversos. Contudo, foi a retórica da esquerda para enquadrar a gestão atual, problemas que ela mesmo criou, mas as narrativas bem postas inverteram o causador.
As alianças foram realizadas e cabe, em cada estado ou mesmo cidade onde está o leitor que não compareceu, demonstrar as projeções da economia e o que foi realizado para não haver o desabastecimento ou mesmo a escalada dos preços. Neste ponto, as palavras simples são de bom senso para a compreensão dos fatos. Promessas? Sim, candidato que não promete é igual ao solteiro sem atração. Prometer não é pecado, iludir sim. Um outro ponto forte é incentivar o comparecimento novamente porque, se houver ausência, do outro lado contamos com maior número de votos.
A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota. — Sun Tzu
Welton Reis, para Vida Destra, 10/10/2022.
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