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Conmebol: As finais em jogos únicos e os seus riscos

O São Paulo, ao chegar na final da Sul-Americana, e o Flamengo, ao chegar na final da Libertadores em 2022, salvaram a Conmebol e isso é algo que todos deveríamos ver.

O sonho da Conmebol sempre foi se igualar à UEFA em seus torneios continentais e com uma final única em uma sede já escolhida anos antes. Este sonho conmebolístico nunca deveria ter sido posto em pratica, pois acaba com a essência do futebol sul-americano e toda a festa nos estádios.

O São Paulo conseguiu chegar a uma final internacional depois de quase uma década e já no malfadado formato de final única em um país diferente. Já o Flamengo está em finais continentais com uma frequência maior.

E quem o São Paulo vai enfrentar? O Independiente Del Valle, do Equador, cujo título de maior expressão é a Sul-Americana de 2019, além de um vice-campeonato da Libertadores em 2016. Para um time equatoriano esses são grandes resultados, mas em nosso país poderemos equipara-lo a times do centro-oeste, como o Goiás ou o Atlético Goianiense. Não que eu esteja desmerecendo os times nacionais, e sim tentando demonstrar com quais equipes podemos compará-lo.

No Equador os maiores times são o Emelec, a LDU, de Quito, e o Barcelona, de Guayaquil, todos com grandes torcidas e relevância no futebol sul-americano. Porém, em jogo de partida única e longe de casa esses times perdem duas das suas principais vantagens: a altitude e sua torcida.

A realidade econômica dos países são diferentes e, consequentemente, para alguém sair do Equador e ir para a Argentina seria algo difícil, o que acarretaria em um estádio vazio. Imagine que nessa final estivesse o Independiente Del Valle e o Melgar do Peru, ora, iria ser um fiasco igual a final de 2021, quando jogou Athletico Paranaense e RB Bragantino. Fiasco em relação a torcida, porém o futebol poderia ser vistoso.

Já na Libertadores o cenário é um pouco melhor visto que na final estão dois times brasileiros. Porém, o jogo é em Guayaquil, no Equador. A situação financeira dos brasileiros acaba sendo melhor do que dos outros países mas os torcedores terão de viajar o continente inteiro para ver o time campeão. Isto tira o brilho da final, o que torna uma final bonita é a torcida comemorando em seu estádio!

Eu gostaria de ver o Athletico Paranaense sendo campeão em Curitiba e o São Paulo no Morumbi! Gostaria de ver o Flamengo lotando o Maracanã para ver o Luiz Felipe Scolari levantando seu último título antes da aposentadoria! Ia ser um belo espetáculo para o futebol sul-americano!

A Conmebol tem de acabar com essa palhaçada de jogo único na final, pois uma hora teremos uma final com times sem grande expressão em um país longe e que deixará os estádios vazios, ou então, na pior das hipóteses, uma final de times argentinos em solo brasileiro!

 

 

Lucas Barboza, para Vida Destra Esportes, 28/09/2022.                                                    Sigam-me no Twitter! Vamos conversar sobre o meu artigo! @BarbozaLucaas

 

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Paranaense, formado em logística e MBA em gestão de projetos, estudante de economia e história. Apaixonado pelos esportes em equipes e principalmente pelo São Paulo FC e Green Bay Packers.