O debate em torno do voto impresso ganhou vários ingredientes novos nas últimas semanas, principalmente após o presidente Jair Bolsonaro ter trazido a público provas contundentes de que o sistema eleitoral foi vítima de uma invasão, em pleno ano eleitoral, escancarando a fragilidade da segurança do processo eleitoral brasileiro, apesar dos esforços do ministro Luís Roberto Barroso, em tentar convencer a opinião pública que o sistema atual é confiável.
Devemos estar atentos à sessão que ocorrerá logo mais na Câmara dos Deputados, pois o presidente da Casa, deputado Arthur Lira, incluiu a PEC 135/19 na pauta de votações de hoje. Portanto, poderá ser um dia decisivo no que diz respeito à questão do voto impresso, e porque não dizer, um dia decisivo para a nossa democracia.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição, a tramitação é mais complexa do que a de projetos de lei, exigindo o voto de, no mínimo, 3/5 dos deputados, ou 308 votos, para ser aprovada, e a votação deve ocorrer em dois turnos, o mesmo ocorrendo no Senado, sendo exigidos os votos de no mínimo 49 senadores.
O povo foi às ruas, manifestou a sua vontade, continua fazendo a sua parte, cobrando os parlamentares, e agora espera que a sua vontade seja respeitada e manifestada na votação no plenário da Câmara. Não votar a favor desta proposta, não é apenas desrespeitar a vontade popular manifesta, mas é se posicionar ao lado daqueles que ignoraram as violações sofridas pelo sistema eleitoral, se tornando cúmplices de um crime gravíssimo contra a nossa democracia, contra o nosso país.
Hoje os nossos deputados podem mostrar, de forma clara, de que lado estão, e como querem ser lembrados pela história. Nós, eleitores, certamente não nos esqueceremos daqueles que nos ignorarem.
Sander Souza (@srsjoejp) Editor Geral
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