”A vida se torna uma escolha quando entendemos que morrer é uma opção.” (Eric Fernandes)
A filósofa britânica Philippa Foot nos dá de presente um dilema de difícil solução. Será? Conhecido como o dilema do trem.
Sabemos que existe um manejo para desviar um trem de uma linha para outra através de uma alavanca. Pois bem, amarram 5 pessoas numa linha e alguém teria que desviar o trem movendo a alavanca para salvar essas pessoas, porém, na outra linha, tem uma só pessoa livre que morrerá se o trem for desviado.
Esse dilema é a base do utilitarismo, que é definido como causar ou fazer o bem-estar ao maior número de pessoas, mesmo que essa ação seja prejudicial a um pequeno número de outras. Porém, cai por terra se a única pessoa que estava na outra linha for a mãe ou parente do responsável pelo movimento da alavanca.
Vivemos no momento um dilema político? Temos duas propostas a serem analisadas e definidas para que nossos destinos sejam guiados por quem, de direito legítimo, for escolhido pela maioria através do voto obrigatório. Ops! Sim, ainda estamos na ditadura eleitoral sem nenhuma perspectiva de liberdade. No campo da economia, temos o capitalismo e o socialismo e suas variantes.
As ideologias se modificaram ao longo dos anos; hoje temos um socialismo progressista que tem criado controvérsias com sua engenharia social. De outro lado, o capitalismo liberal que, para alguns, se tornou globalista demais e alimenta injustiças econômicas devido à manipulação por um pequeno número de pessoas metamilionárias.
No Brasil, vivemos atualmente o dilema entre progressistas e conservadores, porém, o socialismo democrático tem no progressismo a sua maior bandeira, enquanto os capitalistas têm no conservadorismo a base para convencer. Queiram ou não, somos um país de base socialista com viés capitalista.
Nossos capitalistas, em sua maioria, são voluntários da cooperação para diminuir a pobreza e aumentar a qualidade da educação, enquanto nossos socialistas são viventes abastados, sem medo da ostentação, mas querem o estado como único ator para diminuir a pobreza e qualificar a educação. Os capitalistas querem menos impostos e menos poder ao estado, enquanto os socialistas são pródigos para criar impostos com eufemismos e assim dar mais poder ao estado.
Também temos o grupo intitulado de 3a via ou socialista light que também pode ser caracterizado como capitalista nerd. Um grupo que ressuscitou o sebastianismo ao entender que somente a honestidade política é suficiente, contudo, está difícil de encontrar um político com esse perfil. Com certeza, esse grupo não tem uma proposta política econômica, tão pouco comportamental. Hoje em dia, as ações coletivas são mais adequadas e assertivas do que as ações individuais para que a governança seja mais justa, por isso, uma aceitação numérica baixa pela terceira via.
Pelo descrito, o dilema será aplicado no segundo turno, embora muitos seguidores acreditem num só turno para o seu candidato. Será que ao votar estaremos salvando muitos brasileiros e deixando uma parcela sem qualidade na sobrevivência? De um lado, o progressismo tem na minoria invisível a sua retórica, que a grande mídia nos faz parecer que é a totalidade, produto do sensacionalismo que lhe é próprio. De outra parte, o conservadorismo mal explicado e praticado na visão do desafeto, porém, a única forte base para o bem-estar coletivo e familiar. Não vou conceituar um ou outro comportamento, mas irei puxar a alavanca para salvar o maior número de brasileiros do apartheid construído pelo gramscismo.
“Não é a verdade que vence, é a convicção.” (Machado de Assis)
Welton Reis, para Vida Destra, 08/08/2022.
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