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ESCOLHAS. Sempre elas.

Um Gafanhoto perguntou a seu Mestre como fazer boas escolhas, O Mestre responde: adquirindo experiências. Intrigado, o Gafanhoto pergunta: como adquirir experiências? O Mestre, por sua vez, responde; fazendo más escolhas! (Lucca Favano)

O chavão de que somos o produto de nossas escolhas é, no momento, a mais acertada afirmação, porém…

Escolher um político para liderar ou administrar o futuro de pessoas parece ser uma tarefa extremamente difícil, entretanto, não é o que vemos na prática. Somos condicionados por ideologias, marketing, carismas e outras características que nos aproximam de candidatos que tomarão decisões sobre nossos destinos. Qual seria a melhor maneira de votar? Já que somos dotados de pensamento livre e também de arbítrio para agir sobre tudo, não haveria de ser diferente na ação de escolher o candidato pelo voto, se coletivo, pessoal, e até mesmo pelo comportamento de falsa isenção, quando o cidadão diz que tanto faz, pois o futuro será o mesmo.

Para que, de fato, eu venha a melhorar, me dê razões, não escolhas, do contrário, continuarei errando por acreditar que estou absolutamente certo. (Julio Ramos da Cruz)

No meu humilde pensar sobre a melhor escolha, seria no comportamento passado do candidato e sobre suas proposições para o futuro. Parece ser uma visão até simplista, porque não envolve ideologia ou política propriamente, mas nos coloca em um patamar de honestidade com a nossa consciência, e isso basta. Complicar com outros fatores, como partidarismo e estratégias para ganhar a eleição, é de uma mediocridade sem fim, que lembra as discussões futebolísticas.

Estamos diante das eleições majoritárias e o nome bem diz que as maiores decisões estarão nas mãos dos escolhidos direta ou indiretamente; sim, menos de 30% dos congressistas foram eleitos diretamente pelo voto e o restante por lógica partidária, na real, uma excrescência.

Convencer com base sólida! Eis o momento para que o conservadorismo ganhe eleitores conscientes sobre o futuro da nação brasileira. Conservar tudo que traga saúde, bem-estar social, progresso e, consequentemente, qualidade de vida. Para que isso aconteça, é necessário conversar com amigos, parentes,  conhecidos e até mesmo desconhecidos e desafetos políticos, com polidez e respeito.

O conservador sabe que o Estado é um mal necessário. O grande desafio é limitar o Estado às suas funções essenciais e impedir aqueles que estão no poder de abusarem dele ou se perpetuar lá. (Roberto Motta)

O debate sobre a educação é crucial. Precisamos falar, escrever, divulgar e outros verbos a conjugar sobre educação. O verdadeiro termômetro sobre a evolução de um país é o seu sistema educacional. Por muitos anos a educação conservadora foi relegada ao passado e, por que não?, démodé. Certa vez, o ministro Jarbas Passarinho afirmou, ao ser indagado sobre concurso para professores, que se não tivermos ótimos salários, não atrairemos talentos. Quando vemos que muitos jovens não querem a profissão, isso nos dá a certeza de que o salário é baixo e, por continuidade, não temos excelência em quantidade. Lembro de uma frase propalada nos cursos do SEBRAE: quando um ganha, todos ganham!

Espero que os candidatos tragam à baila a questão educacional como prioridade nas suas proposições políticas, para que nossas escolhas sejam acertadas.

Conheci pessoas que relataram que nunca acertaram nas suas escolhas públicas, mas que ficaram contentes com posturas de alguns políticos, assim como indignadas com outros.

Por último, deixo uma passagem sobre a cultura japonesa, em que a figura do homem japonês é classificada como machista, porém, poucos sabem que esse macho entrega todo o seu salário à sua esposa. Por quê? Dizem eles que a mente da mulher é virtuosa para negócios! Nessa cultura, a escolha é voltada primeiramente à condição de ser boa para o país; depois, para a província e, logo, para a cidade; depois, para o bairro e, consequentemente, para a rua; finalmente, para a família e, por último, para o indivíduo. Aqui na terra brasilis, é simplesmente ao contrário. Portanto, precisamos mudar esse comportamento o mais rapidamente possível!

Escolher é separar o bom para que o mal não prevaleça!

 

 

Welton Reis, para Vida Destra, 18/04/2022.
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