Depois de ter sido destruído por um incêndio em 2015, o Museu da Língua Portuguesa foi reconstruído e será reaberto ao público no próximo dia 31 de julho. O museu é um dos únicos do mundo totalmente dedicado à preservação de um idioma, e foi concebido para mostrar aos visitantes as diferentes nuances da nossa língua materna, como ela contribuiu historicamente para a formação e consolidação do nosso país, e as diferenças entre as diferentes maneiras de se falar e escrever o português, ao redor do mundo.

É natural acreditar que uma instituição dedicada a preservar um idioma, fosse a primeira a rechaçar quaisquer tentativas de destruição do idioma a ser preservado, mas infelizmente não é o que podemos observar em relação a este museu. Em uma publicação alusiva à reinauguração, feita nas redes sociais, a instituição usou a nefasta linguagem neutra, o que nos causou espanto e revolta.

Todo idioma é “vivo”, ou seja, não é imutável,  sofrendo alterações e adaptações naturais ao longo do tempo, incorporando novas palavras, e deixando de lado o uso de outras. Porém, a linguagem neutra, ao ser imposta à sociedade por movimentos de esquerda, está longe de ser um movimento natural de evolução do idioma. Ao contrário, a linguagem neutra tem o objetivo de atender interesses puramente ideológicos, destruindo a nossa língua pátria apenas para que seja alcançada uma suposta igualdade entre pessoas que são naturalmente diferentes. E estas diferenças naturais entre as pessoas, espelhadas pelo nosso idioma, nada tem de nocivas. Há séculos, a Língua Portuguesa tem sido usada como fator de união e expressão dos valores de vários povos, sem com isso diminuí-los de forma alguma. O próprio idioma se tornou um dos maiores tesouros daqueles que o dominam e o utilizam.

Aqueles que tiverem o desejo de incorporar a linguagem neutra em sua maneira de se expressar, tem a total liberdade para fazê-lo. Não queremos tirar a liberdade de escolha de ninguém. O que queremos é que nos respeitem, pois não temos o desejo de abrir mão do nosso idioma, e não permitiremos que essa linguagem ridícula e nefasta seja imposta a todos, desrespeitando o nosso desejo de continuar utilizando o idioma português tradicional.

Estamos cientes que a imposição dessa linguagem neutra tem o objetivo de destruir os elos que nos mantém unidos enquanto nação, enterrando um dos valores que nos constitui como país. Como conservadores, lutaremos até o fim para preservar o nosso idioma, e combateremos de forma firme aqueles que tentam nos impor mais esta pauta destrutiva.

Querem de todas as formas destruir a nossa sociedade como a conhecemos, iniciando com a destruição das relações entre homens e mulheres, passando pela destruição da instituição do casamento e da família; pela destruição da infância; pelo envenenamento das relações sociais, separando as pessoas em grupos, dando-lhes rótulos e pautando a maneira como devem se relacionar entre si; pela destruição da nossa fé e da nossa base cristã; e agora, através da substituição do nosso idioma pátrio por uma nova maneira de se comunicar. Tudo isso com o objetivo de destruir o nosso senso de nação e o nosso sentimento patriótico e de pertencimento.

É por este motivo que nós, da revista Vida Destra, assumimos publicamente o compromisso de combater a linguagem neutra e de preservar a beleza do nosso idioma, permitindo que a Língua Portuguesa continue o seu processo natural de evolução, sem a interferência de grupos ideológicos.

A revista Vida Destra, através dos artigos e conteúdos audiovisuais, continuará seguindo as regras clássicas do nosso belo idioma, de acordo com o recente Acordo Ortográfico, em vigor desde 2012. Quem quiser utilizar a linguagem neutra, que a utilize, não nos oporemos. Desde que não nos impeçam de continuar a utilizar as belas palavras do idioma de Camões, as quais continuaremos utilizando como guardiães, de forma que no futuro todos possam ter acesso à memória histórica da nossa Língua Portuguesa.

Todos somos brasileiros e todos falamos português!

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