É muito fácil a qualquer pessoa, ou a qualquer empresa, afirmar que é defensora da liberdade de expressão. Basta para isso escrever uma publicação em rede social ou escrever um belo editorial, cheio de belas palavras. Porém, a verdadeira defesa da liberdade de expressão não se dá desta maneira.
A defesa da liberdade de expressão se dá através de atitudes práticas, já que ao escrever uma postagem de rede social ou editorial, o autor está, na prática, defendendo apenas a sua própria liberdade de expressão, e apenas teoricamente a de todas as pessoas.
Liberdade de expressão não se limita à nossa liberdade de expressar o que pensamos, mas principalmente à liberdade do próximo de fazer o mesmo. De nada adianta afirmarmos que somos favoráveis a tal liberdade, se quando ouvimos uma opinião diversa da nossa, nós nos colocamos em uma posição combativa, tentando calar o outro ou bani-lo. Todos podemos divergir, mas toda opinião deve ser rebatida com argumentos, e nunca com censura ou qualquer tipo de limitação à expressão.
O que mais temos visto hoje no Brasil, são pessoas e entidades afirmando defender a liberdade de expressão, mas que são favoráveis à censura, e pior ainda, são favoráveis à criminalização de opiniões consideradas “uma ameaça à democracia”. Já temos pessoas presas sob tal argumento absurdo e falso.
Verdadeiros defensores da liberdade de expressão não cerceiam o debate de médicos e especialistas acerca do tratamento de doenças; não condenam as pessoas por expressarem as suas dúvidas acerca da segurança e eficácia de vacinas experimentais; não punem as pessoas por expressarem o desejo de terem um sistema eleitoral transparente e seguro; não impedem as pessoas de expressarem as suas insatisfações com políticos, governantes e outros membros do Estado, e nem consideram críticas a estes como sendo “ataques às instituições” e “ameaças à democracia”; não consideram manifestações populares, legítimas formas democráticas de expressão da vontade popular, como sendo “atos antidemocráticos”.
Aqueles que de fato amam a democracia e respeitam a liberdade de expressão, vão defender a liberdade de fala daqueles que dizem coisas que fazem o sangue ferver! Vão defender a liberdade de expressão daqueles que defendem pautas contrárias às suas. Vão defender que todos se manifestem sem censura. O único cerceamento aceitável é aquele que se refere à apologia a crimes previstos em lei.
Por mais que a velha imprensa esteja mergulhada em mentiras, não defendemos o fechamento ou censura a nenhum destes veículos de comunicação. Por mais que diariamente jornalistas escrevam matérias tendenciosas, mentirosas e manipuladoras, não queremos que sejam censurados ou silenciados. Acreditamos que os próprios telespectadores, ouvintes e leitores são perfeitamente capazes de escolher os melhores órgãos de mídia, quais possuem credibilidade e quais merecem ter a sua audiência. Os bons veículos permanecerão, os ruins acabarão, por conta de suas próprias escolhas. As pessoas não são ignorantes, como pensam muitos jornalistas. As pessoas percebem o duplo padrão presente, e a defesa parcial das liberdades, que servem para uns e não para todos.
Liberdade de expressão é para todos. Ou todos se expressam, ou não há liberdade. É simples assim.
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A verdadeira liberdade é por todos e para todos!