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Mulheres que desistiram da transição de gênero têm uma mensagem para as garotas em dificuldades: mutilar o próprio corpo é doença, e não cura

Prezados leitores:

Publicamos mais uma tradução de artigo da imprensa internacional feita pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora Telma Matheus. Apreciem!

 

Mulheres que desistiram da transição de gênero têm uma mensagem para as garotas em dificuldades: mutilar o próprio corpo é doença, e não cura

 

“Estou realmente preocupada com as pessoas que estão sendo persuadidas a pensar que a transição de gênero é a resposta para problemas que podem ser mais bem resolvidos de outra maneira”, disse uma jovem que desistiu de sua transição sexual.

 

Fonte: The Federalist

Título original:  These Detransitioners Have A Message For Distressed Girls: Mangling Your Body Is A Sickness, Not A Cure

Link para a matéria original: aqui!

Publicado em 28 de setembro de 2022

 

Autora: Jordan Boyd

 

The Detransition Diaries: Saving Our Sisters”* é um relato de advertência que expõe não só a forma como a ideologia transgênero se espalha pela mídia social e em consultórios médicos, escolas e sessões terapêuticas, mas também como a mesma ideologia usa a luta por identidade de mulheres  jovens e vulneráveis contra elas próprias.

*Em tradução livre: Os diários dos desistentes da transição: salvando nossas irmãs.

O filme realizado pelo Centro de Bioética e Cultura documenta os depoimentos de três mulheres – Helena, Cat e Grace – que se submeteram a várias formas de prescrições e procedimentos do assim intitulado [tratamento de] “afirmação de gênero”. Tudo apenas para descobrirem que os enganosamente chamados “tratamentos”, comercializados com a promessa de fazê-las se sentirem melhor com seus corpos, causavam mais mal do que bem.

As mulheres retratadas não se esquivam de mencionar os procedimentos e danos irreversíveis que esse movimento mutilador causou em seus corpos e almas, mas também não deixam que os espectadores se sintam perdidos e desesperançados em um mundo que trabalha incansavelmente para normalizar a destruição de corpos saudáveis.

Contágio social

O documentário começa com as mulheres explicando como souberam da ideologia transgênero e por que isso as atraiu.

“Não acho que alguém me descreveria como uma pessoa em não conformidade com [meu] gênero, ou masculinizada, ou qualquer coisa do tipo”, admitiu Helena.

Embora Helena tenha dito que nunca teria sido considerada em “não conformidade com [seu] gênero”, nem mesmo uma garota masculinizada, depois de horas navegando pelo Tumblr, o contágio social da ideologia transgênero se arraigou em sua mente, e ela começou a alimentar seus problemas de saúde mental.

“Quando estava com 13 anos, comecei a me sentir realmente deprimida. Comecei a me automutilar. Comecei a desenvolver distúrbios alimentares. Esse tipo de isolamento me levou ao Tumblr, porque eu passava muito tempo online”, contou Helena. “Fui apresentada a um sistema de crenças que tinha muito a ver com gênero, mas foi mais do que isso… ‘Se você não se encaixa, isso é sinal de que você é trans. Se você não gosta do seu corpo, isso é sinal de que você é trans. E se você fizer a transição, todos esses problemas serão resolvidos’.”

De modo similar a Helena, o interesse de Cat na “transição” foi despertado quando ela estava com 13 anos, depois de visitar um website que se vangloriava por conter tudo o que era trans, o que a levou a decidir que sofria de disforia de gênero.

Grace testemunhou que “durante toda a vida, me preocupei e me senti desconfortável com meu corpo”, o que acabou se revelando “um tipo muito normal de problema entre mulheres jovens”. Não é incomum que crianças e jovens como Grace se sintam desconfortáveis com seus corpos, na fase de crescimento, mas a vasta maioria delas supera suas dificuldades relacionadas ao sexo, se não houver interferências. Por exemplo, um estudo canadense, publicado no ano passado e que abrangeu rapazes com distúrbios de identidade de gênero, mostrou que, com o tempo, 88% dos participantes “desistiram” ou abandonaram o desejo de se identificar como sendo do sexo oposto.

Grace, porém, não ficou livre de interferências. Após anos se sentindo “perdida”, suicida e deprimida, ela se jogou na oportunidade de alterar seu corpo. Grace também atribuiu sua decisão de ingerir testosterona e se submeter, aos 23 anos, a uma dupla mastectomia, procedimentos dos quais se arrepende, segundo ela mesma diz, aos “influenciadores trans” online.

“Eu olhava para os influenciadores trans que tinham os corpos que queriam e lia todos aqueles depoimentos felizes, e sentia também a histeria da comunidade trans online que estava, efetivamente, surtando porque Donald Trump era presidente, e eles diziam… ‘Oh, vão tornar a transição ilegal’. O sentimento opressivo era de que havia pouco tempo”, disse Grace.

Como mulheres jovens e vulneráveis não considerariam a ideia de “transição”, visto que era comercializada como o fim derradeiro de sua angústia mental? Especialmente porque a divulgação abrangia todas as mídias sociais, e “médicos” propagandeando castração e mutilação obtinham infinitas reportagens positivas.

Há uma enorme quantidade de evidências científicas sugerindo que crianças, especialmente as meninas, são pesadamente influenciadas por esse vergonhoso comércio trans e pela popularidade da ideologia entre os amigos. É por isso que os procedimentos de “transição” entre as adolescentes americanas simplesmente quadruplicou entre 2016 e 2017.

O mundo online da ideologia trans é tão pervasivo que, quando Grace começou a questionar se a amputação dos seios seria uma decisão sábia, ela se permitiu acreditar que estava experimentando uma “transfobia internalizada”.

Como explicou Helena, era fácil ser arrastada para o mundo da “ideologia de justiça social” com apenas alguns cliques:

Nessa ideologia de justiça social, há uma espécie de hierarquia de quem é mais oprimido versus quem é mais privilegiado. Quanto mais bem posicionado você está na escala da opressão, mais sua opinião é ouvida. Eu estava nesse lugar onde havia encontrado a única comunidade de garotas que mais se pareciam comigo, em termos de personalidade. Eu podia me relacionar com elas, mas estava tão enredada nesse tipo de sistema de crenças que, na verdade, me sentia muito culpada por ser uma garota cis, heterossexual, branca. Você começa a sentir um tipo de pressão para pedir desculpas o tempo todo. “OK, bem, como não ser mais essa pessoa privilegiada?” E uma coisa realmente fácil de fazer é mudar seus pronomes.

A mudança de pronome, é claro, era só o começo. Por fim, Helena, Cat e Grace começaram a usar testosterona.

Além da tela

Quando Helena não conseguiu a aprovação que queria de seus pais, em relação à sua confusão de gênero, ela buscou ajuda com a orientadora e com a psicóloga da escola, e ambas estavam mais do que dispostas a empurrar a adolescente para a “transição”, às escondidas dos pais.

“Ironicamente, uma das coisas que efetivamente corroborou minha ideia de ser trans foi que, antes de ser trans, nenhum dos adultos da minha vida, na escola ou em qualquer outro lugar, se importava tanto comigo. Eles não viam realmente que eu estava com dificuldades. Mas quando disse que era trans, então, todos se dispuseram a me ajudar a ser trans”, disse ela.

Por fim, Helena acabou encontrando uma clínica médica que, por solicitação dela, prescreveu a dosagem máxima de testosterona já na primeira consulta.

Infelizmente, não é incomum que funcionários de escolas públicas encorajem e ajudem as crianças que querem rejeitar seu sexo inato. Isso está bem documentado na conta do Twitter, Libs of TikTok. Porém, as escolas não são os únicos cúmplices dessa loucura da transexualidade.

Aos 18 anos de idade, Cat usou a Planned Parenthood, que recentemente manifestou interesse em viciar as crianças com hormônios, a fim de obter as drogas que a fariam parecer e sentir-se mais masculina.

“Após uma conversa de apenas 30 minutos, por telefone, a médica receitou a testosterona”, disse Cat. “Ficou bastante explícito que ela não analisou meu prontuário, senão teria visto algumas coisas que, no mínimo, seriam preocupantes, porque, como eu tinha um histórico de tentativas de suicídio, eu já havia sido internada [em clínica de recuperação] e submetida a um tratamento de desordem alimentar em regime de internação. O resultado dessa conversa foi: ‘Aqui estão as suas drogas’.”

Abigail Shrier, autora do livro “Irreversible Damage: the Transgender Craze Seducing Our Daughters”*, observou que “a América se tornou essencialmente um armário de remédios destrancado para os que buscam medicamentos para [transição de] gênero, alguns com 15 anos de idade”. E isso é muitíssimo problemático.

*Em tradução livre: Dano irreversível: a loucura transgênero que seduz nossas filhas.

No início, mulheres jovens pensaram ter encontrado o que elas acreditavam ser uma melhoria para sua confusão relacionada ao sexo e outros problemas.

“Isso meio que parecia um dos melhores antidepressivos que eu já havia tomado na vida”, recordou Cat.

Finalmente, porém, Helena, Cat e Grace aprenderam que usar drogas desenvolvidas para inibir as funções naturais de seus corpos não implicava a cura que elas esperavam. Essas drogas, em última análise, as deixavam fisicamente doentes, nervosas e ainda mais deprimidas do que antes.

Mas, no caso de Helena, que consumia testosterona há 17 meses, os profissionais de saúde [que a atendiam] jamais consideraram seus sintomas como resultantes do hormônio masculino. Em vez disso, receitaram-lhe mais medicamentos, agora para combater o que a unidade psiquiátrica do hospital classificou como transtorno de personalidade limítrofe e psicose.

“A minha vida se transformou num total desastre”, afirmou Helena. “Eu estava completamente disfuncional. Não conseguia manter um emprego. Não ia à escola. Eu me sentia um monstro. Quando parei com a testosterona, todos os sintomas desapareceram e comecei a me sentir novamente como eu mesma.”

Foi então que Helena desistiu da ideia de fazer as cirurgias, dizendo: “Fiquei tão disfuncional que não conseguia realmente ter as condições mentais necessárias para passar pelo processo de acionar os cirurgiões e negociar com a seguradora”.

Cat, uma cantora, tinha planos para intensificar ainda mais sua presença no mundo trans, com uma dupla mastectomia e mudança de nome legal, mas fez uma pausa quando percebeu “como as mudanças na minha voz tinham sido prejudiciais e como eu estava devastada por ter feito mudanças irreversíveis em mim mesma”.

Grace, que se submetera à dupla mastectomia, experimentou o arrependimento e a angústia de perceber que, por mais que alterasse seu corpo, “isto nunca terá fim”.

“Simplesmente percebi que não havia uma luz no fim do túnel, como eu esperava que houvesse. Também não me sinto realmente um homem. Sinto-me apenas como uma mulher que extirpou os seios”, admitiu Grace.

Foi quando ela começou a refletir sobre todos os danos irreversíveis a que sujeitara seu corpo, tudo porque haviam lhe dito que era necessário combater sua confusão quanto ao gênero.

“Estou preocupada que a testosterona tenha afetado minha fertilidade e com a possibilidade de ter ficado infértil, mas, de verdade, não sei”, disse Grace. “…Sinto remorso, mais do que qualquer outra coisa. À época, eu não pensava em ter filhos. Eu não achava que os queria, e isto é uma coisa que comecei a querer na metade dos meus 20 anos.”

Nem toda esperança está perdida

Havia muitas pessoas, organizações e recursos disponíveis para Helena, Cat e Grace quando elas consideraram fazer a transição, mas, para desfazê-la, quase não havia quem as apoiasse – assim, elas começaram a fazer sua própria pesquisa.

“Comecei a pesquisar muitos estudos, e o que descobri é que não há realmente muitas evidências de qualidade que apoiem a transição médica como o melhor tratamento”, disse Cat. “Comecei a ficar preocupada com a desinformação científica e médica que é veiculada na comunidade trans”.

Estas jovens mulheres encontraram uma forma de contornar a cortina de fumaça com a ajuda de porta-vozes da verdade, como Posie Parker, que ignorou a ameaça de censura das Big Techs e se dispôs a falar verdades duras e urgentes sobre sexo.

“Fui ao YouTube e simplesmente procurei ‘mulheres trans não são mulheres’, porque eu jamais ouvira [o que tinham a dizer] as pessoas críticas à ideologia de gênero ou TERFs*, pois haviam me contado que eram tão somente pessoas detestáveis”, explicou Cat.

*TERF: trans-exclusionary radical feminist, ou feminista radical trans-excludente. Termo criado em 2008 para designar feministas consideradas radicais, cujas perspectivas eram e são classificadas como transfóbicas, inclusive por outras feministas; tais como: mulheres trans não são mulheres, mulheres trans não têm o direito de frequentar espaços femininos (banheiros, por exemplo) etc. Posteriormente, a abrangência do termo se expandiu para incluir todas as pessoas com essas mesmas perspectivas, feministas ou não.

Helena encontrou consolação em conversas com outras pessoas que, como ela, haviam começado [o processo de transição] com a terapia hormonal e tinham considerado a possibilidade de cirurgias, até que se decepcionaram.

“Percebi que, OK, há muita gente passando por isso. Não é apenas um punhado de pessoas. São centenas e milhares de pessoas passando por isso. Então, quando comecei a encontrá-las, eu simplesmente comecei a conversar com elas”, disse Helena.

Essas conversas são o porquê de ser tão importante que jovens mulheres como Helena, Cat e Grace compartilhem suas histórias.

“Estou realmente preocupada com as pessoas que estão sendo persuadidas a pensar que a transição de gênero é a resposta para problemas que podem ser mais bem resolvidos de outra maneira”, afirmou Grace. “Tenho esperanças, mas acho que viveremos tempos realmente perigosos. …. O impacto será muito severo para todos os que renegarem a transição. … Mas nossas vozes já não podem ser caladas”.

Helena, Cat e Grace serão rotuladas como transfóbicas e odiosas por falarem o que pensam, mas a transparência de suas palavras oferece uma mensagem de alerta e esperança em relação aos cuidados reais necessários. Uma mensagem que pais, legisladores e pessoas de todo o mundo precisam ouvir: a mutilação de corpos saudáveis é doença, e não cura.

 

*Jordan Boyd é redatora no Federalist e coprodutora do programa The Federalist Radio Hour. Seu trabalho também é publicado no Daily Wire e na Fox News. Jordan graduou-se pela Baylor University em ciências políticas e jornalismo.

 

 

Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 05/10/2022.                                  Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail  mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus

 

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Telma Regina Matheus Jornalista. Redatora, revisora, copydesk, ghost writer & tradutora. Sem falsa modéstia, conquistei grau de excelência no que faço. Meus valores e princípios são inegociáveis. Amplas, gerais e irrestritas têm que ser as nossas liberdades individuais, que incluem liberdade de expressão e fala. Todo relativismo é autoritarismo fantasiado de “boas intenções”. E de bem-intencionados, o inferno está cheio. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail: mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus