Passadas as eleições, a apuração dos votos e a perplexidade com o vencedor nas urnas eletrônicas, é chegada a hora de refletirmos acerca dos resultados destas eleições.
Luís Inácio Lula da Silva venceu a disputa pela Presidência da Republica com 50,90% dos votos válidos, o que corresponde a 60.345.999 votos, enquanto o atual presidente Jair Messias Bolsonaro, que disputava a reeleição, obteve 58.206.354 votos, o que corresponde a 49,10% dos votos válidos, segundo dados obtidos no site do Tribunal Superior Eleitoral nesta manhã.
Bolsonaro é o primeiro presidente a perder uma disputa pela reeleição desde que este instituto foi admitido pela nossa legislação em 1997 durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ao analisarmos os dados disponíveis sobre os resultados destas eleições, percebemos que o presidente eleito está longe de ser uma unanimidade. Se somados os votos recebidos por Bolsonaro com os votos em branco (1.769.678 ou 1,43% do total de votos), nulos (3.930.765 ou 3,16% do total de votos) e as abstenções (32.200.568), notaremos que mais de 96 milhões de eleitores rejeitaram o candidato vencedor.
Por outro lado, também notamos que cerca de 37,9 milhões de eleitores rejeitaram ambos os candidatos.
No caso específico da rejeição do Presidente Jair Bolsonaro, os números deixam evidente que boa parte do eleitorado reprovou o atual mandatário mas não reprovou necessariamente o seu governo, já que a maioria esmagadora dos seus ex-ministros e apoiadores que se lançaram candidatos nestas eleições conseguiram se eleger ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e a governos estaduais. Estes resultados mostram que muitos eleitores, apesar de aprovarem as suas medidas e a sua administração no geral, desaprovaram o presidente. Isto pode ser entendido como uma desaprovação à pessoa do presidente Bolsonaro, ou seja, muitos eleitores levaram em consideração muito mais a postura e as palavras do presidente do que as medidas do seu governo.
A questão é que ao julgarem o presidente pelas suas ações pessoais, em detrimento das medidas da sua administração, estes eleitores acabaram por condenar também todo o legado do atual governo. A partir de 1º de janeiro de 2023, por exemplo, já não poderemos contar com Paulo Guedes, um dos melhores ministros da Economia do mundo, no comando da nossa economia. O homem responsável por conduzir nossas políticas econômicas, que permitiram que hoje o país desfrute de uma posição invejável no mundo, não mais servirá à nação. Assim como outros ministros que vêm executando políticas públicas benéficas mas que agora poderão ver o legado de quatro anos de trabalho ser descartado por novos ministros alinhados a pautas distintas das atuais. A exceção será o Banco Central, tornado independente durante o governo Bolsonaro, e que continuará a conduzir as políticas monetárias e de combate à inflação de forma independente.
A pergunta que fica é: será que valerá a pena descartarmos todo o legado da administração Bolsonaro apenas por conta das suas palavras e atitudes, por mais grosseiras e rudes que tenham sido? Será que não foi egoísmo fazer com que toda a nação pague por escolhas pessoais que refletiram apenas o desejo pessoal de reprovação e não considerou as consequências para os demais cidadãos? Certamente o tempo nos trará as respostas a estas indagações.
A Revista Vida Destra, que está prestes a completar 4 anos de existência, continuará realizando o seu trabalho pelo Brasil e continuará a ser a voz da direita, dos conservadores e dos cristãos, bem como de todos aqueles que defendem valores como as liberdades individuais, a vida, a livre iniciativa e a economia de mercado. Porém, em breve deixaremos de estar do lado da situação para nos tornarmos oposição e ainda é impossível prever como seremos tratados enquanto mídia independente de oposição.
Enquanto pudermos cumpriremos com a nossa missão de levar aos nossos leitores informações e análises de qualidade, baseadas em fatos e na verdade. Jamais apoiaremos ou difundiremos narrativas ou notícias falsas, seja por qual pretexto for.
Esperamos que o presidente eleito governe com sabedoria e respeito aos contrários. Infelizmente o retrospecto não nos permite ter mais que apenas esperança em relação ao futuro da nossa nação.
Que Deus abençoe o Brasil.
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