Como em todo esporte amador, o futebol americano no Brasil precisa do apoio de quem o admira, além do investimento necessário. Embora esse público esteja acostumado apenas com as cenas que existem em todos os jogos da NFL (National Football League), a história não seria tão boa se os fãs das principais ligas da América do Norte não estivessem assistindo, pelo menos, aos mesmos times da cidade.
Em 2020, segundo o Ibope Repucom, 27 milhões de pessoas se declararam torcedores de algum time da NFL, entre os 32 existentes. Mas por que toda essa paixão não é replicada para os times federados da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA) e seus 18 mil atletas em treinamento? A resposta é simples: os times precisam oferecer mais daquilo que os fãs querem, ou seja, uma qualidade para admirar. É uma relação mútua em que ambos os lados cometem muitos erros.
Os fãs da NFL estão acostumados a transmissões interativas, com mais de 12 câmeras (até 20) por jogo. No futebol americano praticado em solo tupiniquim, em muitos casos, vemos uma única câmera – às vezes um celular com Internet – transmitindo todos os jogos, inclusive alguns jogos transmitidos pela Confederação Brasileira de Futebol Americano e por causa dessa falta de dinamismo, é difícil para pessoas com qualificações muito altas praticarem um esporte que ainda está em sua infância no país, embora seja praticado há mais de 10 anos.
Para melhorar a qualidade da linha de transmissão, é necessário investimento e não apenas para streaming de jogos. Isso ocorre porque o futebol americano é um esporte caro. Imagine agora aumentar os custos de transmissão? Aliás, é importante lembrar a importância que algumas equipes têm dado a esse aspecto, principalmente para dar início ao renascimento de marcas, como Galo Futebol Americano e T-Rex.
No entanto, a transmissão não é a única forma de os torcedores acompanharem o time de futebol da cidade. Você pode assistir a jogos de times – uma experiência única também – em ligas muito disputadas como SPFL, MGFL, entre outras, por muito pouco (em média 10 a 20 reais o ingresso). Na verdade, é um evento para toda a família, mesmo que eles não saibam muito sobre esportes. De fato, há um interesse crescente em oferecer vantagens adicionais no jogo, como atrações diferentes durante o tempo dos torcedores nas arquibancadas, jogos do intervalo, comida e cestas de presentes.
Várias grandes empresas começaram a identificar os esforços dos grupos FABR e os potenciais benefícios que existem neste mercado. A Hinova Corporation firmou parceria com o Corinthians Steamrollers e Galo Futebol Americano. A Universidade UniCesumar, com a Mooca Destroyers e o Brasil FA, promove o desenvolvimento do esporte no país, a TIM com o Crocodile Coritiba e SICREDI com Cuiabá Arsenal. Isso sem falar no Grupo Sada, BH Supermercado, MRV, entre outras organizações que aprenderam a entender o público que está vinculado a cada equipe.
Mas as marcas de investimento precisam de retorno. E com isso, 27 milhões de fãs (ou uma parcela maior desse público) podem ajudar se envolvendo, seguindo, priorizando produtos de patrocinadores de times, encontrando maneiras de recomendar times de toda a cidade para amigos que amam esportes ou que querem saber mais. Sempre pode ajudar o esporte a se desenvolver. Por outro lado, os grupos podem ir além das postagens nas redes sociais, promover conferências, facilitar a interação entre público e patrocinadores, proporcionar experiências exclusivas, acessar dados de uma forma que não seja uma intervenção do LGPD, o monopólio da loteria. Para investigar os hábitos do público com marcas.
Como eu disse, os esforços de ambos os lados podem ser melhores. Recentemente, o governo de São Paulo e a Federação Paulista de Futebol dos Estados Unidos anunciaram a construção de um complexo de estádios dedicado a este esporte. E isto pode abrir ainda mais portas para o crescimento do esporte em todo o Brasil, estimulando maiores investimentos e atraindo a atenção de cada vez mais fãs. A conclusão do complexo está prevista para 2022 e espero que este esporte tão fascinante cresça no Brasil.
Lucas Barboza, para Vida Destra, 30/09/2021 Sigam-me no Twitter! Vamos conversar sobre o meu artigo! @BarbozaLucaas
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Em relação a qualidade da transmissão , em muitos jogos as transmissões são de responsabilidade da equipe mandate do jogo aqui no Pará temos uma canal no Youtube que faz as transmissões que e a turnover norte Brasil