Quem veio primeiro, o povo ou o Estado? A resposta, apesar de óbvia, nos leva a refletir sobre os acontecimentos que levaram o Estado a uma posição na qual parece ter sido ele o criador e ser ele o mantenedor de toda a sociedade.
Ao olharmos para o gigantismo estatal atual, e aqui não nos referimos apenas à questão da quantidade de estatais existentes mas também nos referimos às áreas da vida civil que passaram a sofrer a ingerência do Estado, ficamos com a impressão que a sociedade existe em função do Estado.
Isto está longe de ser verdade. Foi a sociedade quem concebeu o Estado, quem definiu as suas atribuições e poderes, e é a sociedade quem lhe concede a autoridade para agir. Portanto, num momento no qual o Estado está deixando de cumprir o seu papel primordial, que é o de fazer pela sociedade o que os indivíduos e demais entidades civis não podem fazer por si mesmos, cabe à própria sociedade a tarefa de trazer o Estado de volta aos seus limites e atribuições.
Hoje, o Estado se colocou na condição de tutor da sociedade, concedendo a si mesmo a autoridade de dizer às pessoas o que elas podem ou não fazer com as suas próprias vidas. Se isto não fosse absurdo suficiente, o Estado também quer dizer às pessoas o que é verdade ou mentira. Em ambos os casos, o Estado usurpou as liberdades individuais e retirou dos indivíduos o direito de escolha. Não há liberdade verdadeira se as pessoas não podem fazer escolhas segundo as suas vontades.
Apesar da presença cada vez mais intromissiva do Estado em nossas vidas, a sociedade vive um distanciamento em relação ao Estado. Isto se dá porque aqueles que compõem as instituições de Estado, se encontram num patamar muito acima do cidadão comum, o que faz com que a realidade vivida pelas pessoas seja diferente das pessoas que formam o estamento burocrático do Estado.
Assim, o resultado é um Estado alheio às reais necessidades dos cidadãos, adotando medidas contrárias aos anseios populares, tudo por conta de uma visão distorcida pelo distanciamento da realidade popular, e que está contaminada por narrativas criadas por grupos que lutam pelo poder.
O povo precisa retomar o seu papel, que é o de criador e mantenedor do Estado, e deve lutar para colocar o Estado de volta em seu lugar. O Estado não existe para satisfazer os interesses de grupos específicos, mas existe para satisfazer as necessidades de toda a sociedade. O Estado não existe para controlar as pessoas, ao contrário, são as pessoas que detêm o poder de controlar o Estado e determinar quais as suas atribuições e quais os seus limites. É o cidadão quem dá autoridade ao Estado. Sem a permissão dos cidadãos, o Estado nada pode fazer. Precisamos fazer com que esta afirmação deixe de ser apenas uma teoria e volte a ser colocada em prática.
O povo despertou. Agora, já desperto, precisa começar a compreender o seu papel e a exercer a sua autoridade, fazendo a sua parte para colocar cada coisa de volta ao seu devido lugar. Ferramentas e armas para isto, todos nós já temos à disposição.
Vamos agir!
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Num exemplo simplista, porém atual, falamos da tal BLITZ. É comum e aceitável as blitzs no trânsito para conferir documentos, será? O estado faz as barreiras para impor sua pressão ao inadimplente, mas o cidadão tem que entrar no sistema judiciário para tal. Quando foi alcunhanda a palavra blitz? Na Alemanha de Hitler para amedrontadar pela aviação os desafetos. O estado usa e abusa por intermédio de pseuditadores que na ganância de receber dinheiro oprime o cidadão. Hipócritas com mandatos e até togados usam o poder para saciar suas psicopatias. Thomas Roobes descreve mui bem para que serve o Leviatã!