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Opinião de um Palmeirense!

Opinião de um Palmeirense! 171: Santos x Palmeiras – Clássico da Saudade – Brasileirão 2023

Por Sander Souza

Twitter: @srsjoejp Instagram: @sander_r_s

 

Santos x Palmeiras – Clássico da Saudade – Brasileirão 2023

7 Rodada

 

Pré-Jogo

 

Quando surge, amigos alviverdes!

O Palmeiras vira novamente a chave e volta as atenções para o Campeonato Brasileiro. Iremos à Vila Belmiro, onde enfrentaremos o Santos no Clássico da Saudade válido pela sétima rodada da competição nacional.

Vindo da vitória por 3×0 sobre o Fortaleza na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil realizada na quarta-feira (17), e ocupando a vice-liderança com 14 pontos, o Palmeiras entra em campo determinado a manter a sua invencibilidade no Brasileiro e pontuar fora de casa visando o topo da tabela de classificação.

Histórico do Confronto

Só vitórias alviverdes desde a final da Libertadores de 2020

A atual série de oito vitórias consecutivas do Palmeiras sobre o Santos teve início no triunfo por 1 a 0 na final da Libertadores de 2020, em janeiro de 2021. Desde então, o Verdão bateu o rival pelo Paulista 2021 (3 a 2 no Allianz Parque), pelo Brasileiro 2021 (3 a 2 no Allianz Parque e 2 a 0 na Vila Belmiro), pelo Paulista 2022 (1 a 0 no Allianz Parque), pelo Brasileiro 2022 (1 a 0 na Vila Belmiro e 1 a 0 no Allianz Parque) e pelo Paulista 2023 (3 a 1 no Morumbi).

Antes disso, o Palmeiras empatou pelo Paulista 2020 (0 a 0 no Pacaembu), venceu no primeiro turno do Brasileiro 2020 (2 a 1 no Morumbi) e empatou no segundo turno (2 a 2 na Vila Belmiro). A última derrota ocorreu no segundo turno do Brasileiro 2019 (2 a 0 na Vila Belmiro).

Santos é o clube que mais perdeu e mais sofreu gols do Verdão

Rival desde 1915, quando venceu o Palmeiras em amistoso no antigo Velódromo Paulista, o Santos é o clube que mais foi derrotado pelo Verdão e o segundo que mais enfrentou, atrás do Corinthians, com 386 jogos. Também é o que mais sofreu gols.

> RETROSPECTO GERAL CONTRA O SANTOS: 347 jogos, 150 vitórias, 91 empates, 106 derrotas, 583 gols marcados e 483 gols sofridos.
– Primeira vitória: 24/09/1916 – Palestra Italia 4×2 Santos (gols de Severino, duas vezes, Bertolini e Bianco Gambini) – Chácara da Floresta (São Paulo-SP) – Campeonato Paulista;
– Último jogo: 04/02/2023 – Palmeiras 3×1 Santos (gols de Murilo, Rony e Giovani) – Morumbi (São Paulo-SP) – Campeonato Paulista;
– Maior série de vitórias: Palmeiras, nove vitórias (entre 22/05/1921 e 06/06/1926 e entre 14/07/1940 e 16/08/1942);
– Maior série invicta: Palmeiras, 16 jogos, sendo 14 vitórias e dois empates (entre 08/07/1917 e 05/12/1926);
– Maior série sem sofrer gols: Palmeiras, quatro jogos (entre 07/11/2021 e 18/09/2022);
– Maior goleada: 11/12/1932 – Palestra Italia 8×0 Santos – Ponte Grande (São Paulo-SP) – Campeonato Paulista;
– Jogador com mais jogos: Ademir da Guia (45);
– Jogador do atual elenco com mais jogos: Dudu (26);
– Jogador com mais gols: Heitor (15);
– Jogador do atual elenco com mais gols: Dudu e Raphael Veiga (4);
– Técnico que mais dirigiu o Palmeiras: Oswaldo Brandão (28);

> Retrospecto contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro: 79 jogos, 25 vitórias, 26 empates, 28 derrotas, 101 gols marcados e 105 gols sofridos.
– Último jogo: 18/09/2022 – Palmeiras 1×0 Santos (gol de Merentiel) – Allianz Parque (São Paulo-SP).

Preparação

Após o confronto com o Fortaleza no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil na quarta-feira (17), o elenco alviverde se reapresentou na manhã da quinta-feira (18) na Academia de Futebol para dar início à sua preparação para este clássico do futebol paulista.

Como é praxe nas reapresentações, os titulares na partida anterior fizeram atividades regenerativas na parte interna do Centro de Excelência. O restante disputou um coletivo em campo reduzido com a participação de diversos jovens do Sub-20 – o lateral-direito Marcos Rocha avançou na transição física e participou do trabalho com o grupo.

O jogador Marcos Rocha, da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

A preparação prosseguiu na sexta-feira (19) na Academia de Futebol. A comissão comandou trabalhos técnicos de cruzamentos e finalizações, treinos específicos de cada posição e o tradicional rachão.

Os atletas da SE Palmeiras, durante treinamento na Academia de Futebol, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon)

Escalação

O Professor Abel Ferreira cumprirá suspensão automática por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Com isso o Verdão irá a campo sob o comando do auxiliar técnico João Martins.

Há a expectativa que alguns dos nossos titulares, como o Dudu, sejam poupados visando o confronto com o Cerro Porteño pela Libertadores. Artur, que não pode jogar a Copa do Brasil pelo Palmeiras por já ter defendido o Red Bull Bragantino na competição nesta temporada, tem retorno certo para este confronto.

O lateral direito Marcos Rocha tem chance de ser escalado para esta partida, poupando Mayke para o próximo confronto.

Sendo assim, a escalação esperada para esta partida é a seguinte: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Dudu, Rony e Artur.

 

*Pré-Jogo concluído em 20/05/2023 às 15:00.

*Escalação confirmada em 20/05/2023 às 20:00.

 

O Palmeiras vai a campo com a seguinte escalação: Weverton fechando o nosso gol; Mayke na lateral direita e Piquerez na lateral esquerda; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga no meio de campo; Dudu, Rony e Artur na linha de ataque. O esquema tático inicial aparentemente será o 4-2-3-1.

Iremos a campo com força total, o que deve ser mais que suficiente para nos proporcionar uma vitória neste clássico, mantendo a nossa invencibilidade sobre o Peixe.

Creio que venceremos com um placar de 2×0 com gols de Rony e Veiga.

O Jogo

O Palmeiras iniciou a partida tentando se impor sobre o Peixe, como tem feito nas partidas recentes, mas dessa fez não conseguiu ser tão efetivo. Já aos 4 minutos Rony foi lançado no ataque, mas estava em posição irregular e a nossa primeira tentativa no ataque foi anulada pela arbitragem.

Dois minutos depois Artur ficou com a bola pela direita e tentou cruzar, mas a bola saiu direto pela linha de fundo.

Aos 11 minutos Artur foi acionado pela direita, mas o passe foi mal dado e a bola acabou com a zaga adversária, que saiu jogando com facilidade. O Verdão encontrou uma brecha no lado esquerdo do Santos e passou a tentar explorar esse ponto fraco.

Tivemos uma boa chance de abrir o placar numa jogada na qual Dudu deixou a bola para o Gabriel Menino, que finalizou com um chute forte e quase marcou!

Dois minutos depois Veiga recebeu cartão amarelo após falta em Dodi.

Aos 17 minutos, Artur foi lançado no ataque, Joaquim foi na disputa e levou a melhor. Pouco depois Rony recebeu e arriscou a finalização, mas o chute saiu mascado e não levou nenhum perigo ao gol de João Paulo.

Aos 23 minutos Gómez e Lucas Lima se chocaram dentro da área e receberam atendimento médico. Lucas Lima se recuperou rapidamente, mas o nosso xerife seguiu deitado no gramado por mais tempo e saiu de campo acompanhado pelo médico. O jogo foi reiniciado aos 26 minutos, com os jogadores de volta ao campo.

Já no minuto seguinte Dudu avançou com liberdade e finalizou com efeito, mas a bola explodiu em Joaquim e o Peixe recuperou a posse de bola.

Aos 29 minutos Deivid Washington puxou o contra-ataque e abriu para Lucas Lima, que chutou em cima da defesa do Verdão. Na sequência Gabriel Menino arriscou de fora da área e a bola passou perto da trave direita do gol de João Paulo.

Pouco depois Dudu se livrou da marcação de Rodrigo Fernández, mas foi derrubado e o Verdão ganhou uma falta de longa distância. Na cobrança com jogada ensaiada, a bola chegou em Artur pela direita, que cruzou na área, mas a defesa do Peixe conseguiu afastar de cabeça.

Aos 37 minutos Rony foi lançado dentro da área e tentou uma finalização de bicicleta, mas o assistente assinalou impedimento no lance.

Após cinco minutos de acréscimos terminou o primeiro tempo na Vila Belmiro. Placar parcial: Peixe 0x0 Porco.

Foi um primeiro tempo muito abaixo das expectativas. Embora tenha tido mais posse de bola (59% a 41%) o Verdão não conseguiu traduzir em construção de jogadas e as que chegaram a ser construídas tiveram a finalização bloqueada ou interceptada, ou ainda foram mal concluídas. Em outras palavras, o Verdão nem de longe mostrou a efetividade que vimos nas partidas recentes contra o Fortaleza e o Grêmio.

É incrível como praticamente todos os nossos principais jogadores estavam apagados em campo. Sinceramente, se fosse para ter este desempenho apagado, era melhor que o Verdão tivesse entrado em campo com um time alternativo.

Rony esteve apagado mais uma vez, e jogadores como Veiga e Zé Rafael mostraram sinais de desgaste físico e cansaço.

Voltamos para a segunda etapa com o Naves entrando em substituição ao Gustavo Gómez, que foi levado ao hospital para exames devido ao choque com Lucas Lima.

Nossa primeira chegada no ataque na etapa final veio aos três minutos, com o Dudu cortando pro meio e arriscando a finalização, mas a bola passou por cima da meta.

O Verdão tentava ser ofensivo e aos cinco minutos Mayke tentou o cruzamento para o Rony, mas Joaquim conseguiu cortar parcialmente a jogada e a bola sobrou para o Veiga, que arriscou a finalização, mas Joaquim conseguiu travar novamente a jogada.

O Peixe também tentou criar jogadas e quando não conseguia arriscava de fora da área para surpreender Weverton, como ocorreu aos 7 minutos, com Deivid Washington recebendo de Lucas Barbosa e arriscando a finalização, com o paredão alviverde fazendo a defesa sem rebote.

Aos 16 minutos João Martins fez nova substituição, com o Endrick entrando em substituição ao Rony. Eu teria feito essa substituição já no intervalo, pois o Rony novamente esteve muito abaixo do seu normal. Pelo menos João Martins não demorou tanto quanto o Professor pra fazer as substituições.

Aos 24 minutos foram feitas novas substituições, com o Richard Ríos e o Luís Guilherme entrando em substituição ao Veiga e ao Artur. Foi uma tentativa de dar novo fôlego ao time, que vinha se mostrando apagado e com claros sinais de desgaste físico.

Pouco depois, aos 27 minutos, Dudu tentou jogada individual e invadiu a área santista, mas Joaquim conseguiu desarmar o nosso atacante.

Aos 32 minutos Luís Guilherme se lançou num contra-ataque e foi parado por Dodi com uma falta, que lhe rendeu um cartão amarelo. Na cobrança Gabriel Menino mandou a bola na área e a defesa do Peixe fez o corte por cima.

Embora as substituições tenham trazido um fôlego novo para o Verdão, o velho problema nas finalizações permaneceu, e a defesa do Peixe se mostrou eficiente em cortar e travar os nossos avanços no ataque.

Aos 38 minutos foi feita nova substituição, com o Breno Lopes entrando em substituição ao Dudu. Apesar das mudanças no time, a reação não veio como esperado e o Verdão seguiu falhando, principalmente nas finalizações.

Já nos acréscimos, aos 48 minutos, a nossa última tentativa de abrir o placar, com o Gabriel Menino arriscando de longe e a bola ficando com João Paulo.

Depois de cinco minutos de acréscimos terminou o Clássico da Saudade na Vila Belmiro. Placar final: Santos 0x0 Palmeiras.

Serei sincero com vocês: achei que foi um jogo tão feio que tive dificuldades pra escrever esta resenha. Tive que vencer o desânimo para conseguir escrever o relato dessa partida onde o Palmeiras nem de longe pareceu aquele que vimos nas partidas recentes. Nem mesmo no empate com o Red Bull Bragantino vimos um Verdão tão apático como nessa partida.

Preciso esclarecer que as minhas críticas são relativas a ESTA PARTIDA. Afinal esta resenha é dedicada a um jogo específico. Não estou tecendo críticas à trajetória do Verdão nem a situações passadas, além deste clássico.

Fiquei surpreso com a apatia geral do time, com muitos dos nossos principais titulares apresentando claros sinais de fadiga. Pergunto-me se a nossa comissão técnica, que monitora detalhes da vida dos atletas, como a qualidade do sono, só pra citar um exemplo, não conseguiu detectar esta fadiga, ou se preferiu acreditar na vontade apresentada pelos próprios atletas. O fato é que o desempenho deixou muito a desejar.

Outra situação que me intriga é o chá de banco que o Flaco López vem tomando. Não entendo o porquê de ele ficar afastado do gramado depois de fazer bons jogos e marcar gols, sem ter continuidade. Não entendo essa meritocracia que é aplicada ao nosso elenco.

Pelo que vi Gabriel Menino foi o único que levou algum perigo ao gol de João Paulo. Artur até tentou explorar a fragilidade do lado esquerdo do Santos, mas infelizmente não foi efetivo.

Creio que tivemos sorte por não levarmos nenhum gol.

Apesar de tudo isso, conquistamos um ponto, o que é bom se considerarmos um jogo fora de casa. Mantemos a segunda colocação na tabela, agora com 15 pontos, três atrás do líder Botafogo.

O nosso próximo compromisso será na quarta-feira (24) quando iremos a Assunção, capital do Paraguai, para enfrentar o Cerro Porteño em partida válida pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores.

Até lá e #AvantiPalestra!!

 

*Sander Souza é editor do Vida Destra Esportes.

 

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