Que o socialismo não funciona, toda pessoa pensante, inclusive seus defensores, sabem, porém, há uma grande parte da esquerda interessada na implementação desse sistema financeiro no país, mesmo ele tendo causado as maiores desgraças e caos social nos países cuja sua tentativa de implementação foi testada, a exemplo de Cuba, URSS, Venezuela, etc. Mas, se todos sabem que ele não funciona, por que há essa insistência enorme de setores da esquerda em sua implementação?
O socialismo acaba com o sistema de preços. Os preços, ao contrário do que muitos pensam, é mais do que um mero número, é a informação que reflete o nível de necessidade demandada daquele produto por quem o compra, não sendo livremente arbitrado pelo “empresário malvadão”, pois se fosse assim, pizzas seriam vendidas por 500 reais, mas como sabemos, não são e por que não são? Porque se fossem, ninguém as compraria, dado que o dinheiro é escasso e a pizza de longe é um bem de consumo primário. No mais, se alguma pizzaria vendesse pizza por esse valor, seria massacrada pela concorrência, que veria a oportunidade de ganhar os clientes da outra, vendendo pizza semelhante, melhor ou pior, por um preço muito inferior a 500 reais e ai é que está a importância do mercado: a concorrência. Como não dá para ficar sem um sistema de preços, o governo tenta criar um articial, com o objetivo de burlar as leis naturais da economia, como oferta e demanda, porém, isso gera escassez de produtos porque, um pecuarista, por exemplo, que vendia uma cabeça de gado por 100 reais vê o preço alterado pelo governo para 50 reais, a fim de que mais frigoríficos possam ter mais cabeças de gado para que, consequentemente, todos na sociedade comam carne. No entanto, quando se troca o preço natural da cabeça de gado de 100 reais, que estava incluso produção, manutenção, ração e o lucro do pecuarista pelo de 50 reais, o pecuarista não vê vantagem em produzir, pois ele continua tendo que arcar com todos os custos de produção, manutenção e ração, mas terá seu lucro ou diminuído ou passará a ter prejuízo. O governo, ao ver isso, tenta controlar o preço da ração. Se antes custava 10 reais o kg, ele decreta, sob ameaça da força e violência, que a ração passa a custar 5. O que o produtor de ração faz? Para de produzir, pois teve o mesmo problema do pecuarista. O governo tenta, então, controlar os preços dos produtores das matérias primas da ração e como os produtores vão parar de produzir porque não têm mais lucro, ele estatiza as propriedades privadas. Nunca houve um caso no mundo, inclusive na URSS, em que todas as propriedades privadas estivessem estatizadas, isto é, comunismo de fato, porque se forem, não há mercado e sem mercado, os produtos não têm preços e acabamos de ver o que acontece ao tentar manipular o preço dos produtos na base da força e da imposição. Logo, há a escassez de todos os produtos na sociedade, porque o controle dos preços levou os produtores que entendiam a oferta e demanda a parar de produzir e porque o governo, ao estatizar tudo, acabou com o mercado e com o sistema de preços, consequentemente. Por este motivo o comunismo é impossível. O socialismo é possível, mas apenas enquanto dura o dinheiro dos outros.
Há também a teoria de que o socialismo visa promover a igualdade na sociedade, eliminando as classes sociais e coletivizando os meios de produção, contudo, ai caímos em outro problema: o socialismo visa colocar todos em pé de igualdade. Igualdade, segundo o dicionário Aurélio, significa correspondência perfeita entre as partes de um todo, isto é, se alguém trabalha 8 horas por dia, todos têm que trabalhar 8 horas por dia. Se uma pessoa trabalha e estuda, todas têm que trabalhar e estudar, senão não são iguais. Então, numa empresa coletiva de um país supostamente socialista perfeito, como na teoria, vamos supor que haja os cargos de gerente, técnico e faxineiro. O gerente, obviamente, foi para a faculdade para obter os tais conhecimentos da área. O técnico, fez um curso técnico na área para atuar. O faxineiro não fez nem curso técnico nem faculdade, pois sua função não exige nem um nem outro. Agora, há um problema: ambos ganham o mesmo salário. Então a pergunta paradoxal é: no socialismo, se eu posso ser faxineiro e ganhar como gerente, por que raios eu iria perder horas de lazer com meus amigos e familiares estudando sendo que eu não vou ganhar nada com isso, além de eu assumir um cargo que vai me trazer mais stress e dor de cabeça? O trabalho do gerente é mais complexo que o do faxineiro, pois ele está sujeito a pressões de clientes externos, do diretor, tem que saber a melhor forma de organizar o processo de produção a fim de poupar recursos e maximizar a produção da empresa, tem que fazer o controle dos operários, dos técnicos, etc. Esse argumento é justificado por socialistas (principalmente por professores de cursos de humanas que correram fazer seus doutorados para ganhar seus 10 mil e usufruir do capitalismo malvadão) pelo fato de que “não há trabalho mais importante e menos importante”, mas na prática, não é isso que acontece, conforme demonstrado, gerando, assim, um paradoxo. Aprofundando mais ainda, há uma explicação dentro do universo comunista para esse paradoxo: quando Marx propôs suas teorias mirabolantes e sem sentido, ao contrário do que esperava, ele foi totalmente ignorado pelos trabalhadores. Esses não queriam saber de revolução, queriam saber de trabalhar e ganhar seu dinheiro para usufruir das benesses do capitalismo. Mais tarde, Antonio Gramsci, segundo maior pensador comunista atrás apenas de Marx, ao fazer estudos sobre hegemonia cultural, descobriu que os trabalhadores não queriam saber da revolução porque estavam há séculos submetidos a uma “cultura burguesa ocidental”, a qual era sustentada por três pilares: direito romano, filosofia grega e moral judaico cristã. Os comunistas, e quando digo comunistas nessa frase me refiro aos grandes intelectuais e pensadores, não aos universitários militontos, entenderam perfeitamente o recado de Gramsci e todos os dias através da mídia e de escolas instruem crianças e adolescentes a propagarem ideias que destroem a nossa cultura, fazendo com que a autoridade do partido que conduz a revolução cultural comunista seja “onipresente e invisível, como um decreto divino”, nas palavras de Gramsci. Então quando você vê, por exemplo, um esquerdista relativizando o direito, como no caso de que “não há provas contra o Lula, impeachment é golpe, etc”, relativizando a moral, como “o candidato X roubou, mas graças a ele eu fiz faculdade de graça” ou relativizando a lógica, fruto da filosofia grega de Aristóteles, saiba que ele está contribuindo para a destruição das nossas bases culturais, com o objetivo de fazer com que sua ideologia assassina um dia seja possível.
Considerando as relações biológicas que existem no reino animal, não há nada mais moral no mundo do que um homem viver do seu próprio , que nada mais é do que converter sua energia e seu exercício intelectual em bens ao interagir com os recursos da natureza. A partir do momento em que um homem vive do trabalho do outro, há escravidão, isto é, o homem que não trabalhou está parasitando outro, que se propôs a sacrificar horas de ócio e lazer em prol de melhores condições, o que cria um antro de injustiça e desigualdade. Este é o sistema que os intelectuais socialistas defendem, mas não se deixe enganar: se por um lado eles querem o proletariado “igual”, o ditador do partido socialista, membros do governo e parte dos intelectuais viveriam nos maiores luxos que existem, vide Nicolás Maduro, por exemplo, que come nos restaurantes mais caros enquanto sua população vive na miséria. Pois é, curiosamente, não há nada mais capitalista do que um líder socialista.