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Por que a educação obrigatória precisa acabar

Educação. Essa palavra tem sido alvo de debate e polêmica nos últimos anos. Seja por que os intelectuais de esquerda conseguiram, uma vez que conquistaram a hegemonia cultural, ditar desde a década de 90 o que deve ou não ser ensinado, seja pelo fato de os métodos serem sempre alvo de questionamento, dado que a educação brasileira sempre tem desempenho pífio nos testes internacionais como o PISA, o qual o Brasil se encontra no 65º posição dos 70 países participantes. A mensagem que os resultados como o PISA passam é a seguinte: a educação brasileira está muito mal e para ter chegado nesse nível, não foi por causa de um problema ou de outro, mas sim da falência completa do atual modelo, que inclui método de ensino, formação de professores, estrutura curricular, desorganização escolar, libertinagem em massa nas escolas, etc. A questão se torna ainda mais complexa quando vem o questionamento “o que deve ser feito?” e o pior é que nessa hora aparecem diversos “especialistas” em educação para dar soluções mirabolantes, sejam aqueles que nunca leram um livro ou estudaram o tema durante a vida toda, sejam os “intelectuais” que estão ditando a política educacional há 30 anos, política essa que devastou a educação e a cultura brasileira, jogando as na lata do lixo. A solução, no entanto, está onde as pessoas menos imaginam: fora do estado. O estado usa o instituto da educação obrigatória para e apenas para emburrecer os professores (afinal é ele quem dita a política de formação de licenciaturas, tanto em universidades públicas quanto em privadas) e os alunos, porque, desta forma, ele consegue penetrar no aparato cultural e ensinar às pessoas que o governo vigente, seja de direita, seja de esquerda, tem a solução para os problemas e que os meios que ele toma são os corretos e morais, ainda que sejam os meios mais truculentos e imorais existentes. A exemplo disso, tivemos 30 anos de doutrinação esquerdista nas salas de aula, que levaram a alunos desrespeitarem os professores, não aprenderem nada e os professores se conformarem ou até não se esforçarem para melhorar, dado que, no ensino público, onde está a maioria dos mestres, o professor tem a estabilidade, então ele ensinando ou não, ele consegue manter o seu emprego e ganhar o seu dinheiro.

Antes de adentrarmos nos argumentos, é necessário entendermos as origens da educação obrigatória no mundo. O primeiro indício histórico está em Atenas, na Grécia Antiga, que depois foi convertida em educação livre ou não obrigatória Em Esparta, porém, as crianças eram apreendidas pelo estado quando completavam 7 anos, levadas para quartéis e ensinadas a obedecer e não questionar o estado, e se preciso, morrer por ele, dado que Esparta era uma potência militar. Passados alguns anos, já na Europa moderna ocidental, durante a Reforma Protestante, Martinho Lutero começou a pregar para os governadores da Alemanha a necessidade deles obrigarem os pais a mandarem seus filhos para escolas. Pode parecer muito bonitinho, mas por trás dessa benevolência de Lutero estava a necessidade dele em doutrinar as pessoas com base nas suas crenças, como a luta na “guerra contra o diabo e seus agentes”. Esses “agentes do diabo” para Lutero eram não só católicos, judeus e infiéis, mas também toda pessoa que não professava sua doutrina, e isso incluía as outras seitas protestantes. No fundo, não era a educação que importava para Lutero, mas sim a defesa da religião e a coerção contra aqueles que não a professavam, como afirma o historiador Lord Acton.

Lutero, porém, não era o único líder religioso que defendia educação obrigatória como mecanismo de obediência ao estado. João Calvino, quando se revoltou contra a igreja católica, foi pra Genebra, em 1536, e foi nomeado governador da cidade, cargo que ocupou até 1564. Como governador, ele abriu uma série de escolas e tornou a frequência nelas obrigatória, mas por qual motivo? Benevolência e preocupação com pobres? Não, objetivo semelhante ao de Lutero: a promoção do calvinismo e a obediência ao poder absoluto e teocrático que ele havia estabelecido, dado que a própria doutrina calvinista afirmava que o apoio ao calvinismo é o objetivo e finalidade do estado.

Mais tarde, na Prússia, a dinastia Guilherme, criou um sistema de educação obrigatória cujo objetivo era ensinar respeito à pátria e que o rei era a cabeça da nação e estava sempre certo. Após a Prússia sofrer uma derrota vergonhosa para Napoleão, o rei Frederico Guilherme III fortaleceu a educação obrigatória como forma de cooptar membros para o Exército, além de tornar a conclusão da educação estatal doutrinadora um pré requisito para o exercício de profissões liberais e cargos públicos. Escolas privadas nessa época começaram a ser permitidas, mas deviam seguir estritamente o que o estado mandava ensinar. Em 1872, Guilherme I estabeleceu um decreto sobre educação que dizia: “Uma característica fundamental da educação alemã: educação para o estado, educação de estado, educação pelo estado. O estado é o fim Supremo”.

Agora que já mostrado que a educação obrigatória teve origem com o objetivo de emburrecer as pessoas sob a tutela do estado, está na hora de entender os porquês dá educação obrigatória ser imoral e prejudicial para o desenvolvimento do indivíduo e, consequentemente, precisa acabar. Antes é necessário entender também que não existe essa de “somos todos iguais em inteligência”. Essa foi uma falácia difundida para confortar aqueles que têm a inteligência menos desenvolvida, pois a natureza seleciona os dons e distribuí de forma desigual. Se todos fôssemos inteligentes da mesma forma, todos seríamos como Albert Einstein, um gênio da física. Aliás, é um tanto quanto interessante citar Einstein, porque o que ele tinha de inteligência no âmbito das ciências da natureza, como a matemática e a física, ele não tinha nas ciências humanas, como a política e a economia, dado que ele era socialista, num período em que já havia teses refutando o socialismo, como a do economista austríaco Bohn Bawerek.

O primeiro argumento pelo fim da educação obrigatória é o de que o estado, mesmo nas escolas particulares que, embora ele não tenha atuação direta, ele dita a política de ensino, não respeita as capacidades intelectuais das crianças, pois mistura todas elas, bons com maus alunos, os que têm aptidão para cálculo com os que têm aptidão para as linguagens, os que estão interessados em aprender algo para ser alguém com os que estão na escola porque os pais obrigaram. Esse tipo de organização prejudica o aluno com menos potencial intelectual, porque como há um professor para várias crianças, este aluno com o intelecto inferior será prejudicado por não conseguir acompanhar o ritmo da classe, mas você pode pensar: “mas na escola pública todos têm o intelecto inferior”. Isso não é um consenso, porque na escola pública a péssima qualidade do ensino não permite medir o nível do intelecto dos alunos com precisão, porém, supondo que fosse, haveria um ou outros que têm o intelecto mais desenvolvido, estando perdendo tempo de sua vida em algo desnecessário, pois já sabe tudo aquilo e poderia estar numa turma mais avançada, mas é obrigado a se submeter a um sistema falido e aceitar, sem questionar, um atraso na sua formação por culpa de uma instituição cujo objetivo inicial era desenvolver o intelecto desse aluno. A supressão do conhecimento dos menos inteligentes e a desvalorização do conhecimento dos mais inteligentes é uma das provas de que a educação forçada pelo estado, seja nas escolas públicas, seja nas escolas particulares, continua com o objetivo não de ensinar, desenvolver ou ensinar as crianças a pensarem, mas sim doutriná-las a não fazer tais questionamentos.

Há, ainda, a questão do custo do ensino. Hoje, quem não tem filhos é obrigado a sustentar, via impostos, a educação de quem tem filho. O problema disso é que quem tem filho e quem não têm pagam por uma educação pífia, que não traz nenhum resultado positivo, muito pelo contrário, os resultados do PISA mostram o Brasil cada vez mais próximo dos últimos lugares (curiosamente, desde que Fernando Haddad assumiu o MEC decaímos muito no teste do PISA, tendo sua política educacional nos jogado da 52º posição, em 2006, para 65,em 2015). E dá para ir além: hoje quem não tem filhos ou os que têm e pararam de estudar são obrigados a sustentar, via impostos, todos os alunos de universidades federais, alunos esses que, como é sabido, não estão produzindo nada além de teses como “a psicologia por trás da pegação em banheiros públicos” ou “a solidão da bicha* preta”, além de picharem e depredarem a universidade pública e atrapalharem e ameaçarem aqueles que não compactuam com suas ideologias. Esses alunos custam em média R$ 1400,00 por mês e, além de não produzirem nada de útil, salvo algumas exceções, saem das universidades com mentalidade socialista e odiando aqueles que produzem e que, através de impostos, custearam sua educação sem pedir nada em troca. Nota-se, portanto, que sustentar a educação púbica brasileira e jogar dinheiro no lixo é a mesma coisa, aliás, é pior ainda, uma vez que os universitários saem das faculdades lobotomizados, como verdadeiros militontos a serviço de partidos de esquerda. O governo deveria, então, privatizar as universidades e parar de ditar a política de ensino nela, deixando isso a cargo da reitoria e criando bolsas para alunos que não têm condições de pagar as mensalidades, criando um programa semelhante ao ProUni.

Os primeiros a defenderem com unhas e dentes a educação obrigatória são os próprios professores. Não por que eles querem fazer das crianças futuros pensadores, mas sim por que eles querem fazer delas massas de manobras que acatem o que eles ensinam sem o devido questionamento, além de que eles perderiam seus empregos, porque não têm capacidade nenhuma de ensinar e para atestar isso basta dar uma olhada no nível da educação e no nível dos próprios professores há hoje e que irão se formar: temos, por exemplo, Leandro Banal e seus sofismas delirantes, mas nada melhor do que a comunista Carina Vitral, que está na USP há 11 anos num curso de pedagogia com duração de 5. Há, também, os professores que defendem ensino estatal obrigatório porque eles “ensinam raciocínio crítico” na sala de aula. Que diabos de raciocínio crítico é esse que as crianças aprendem e faz com que 46% delas não consigam tirar mais que 500 numa redação do Enem? Vale lembrar, ainda, que professor é mais um estado do que uma profissão, é aquele que ensina e ensinar é um dom, não é um pedaço de papel que atesta a sua capacidade de ensinar alguém, porque o diploma não pensa, não fala, não age, é um objeto inanimado.

O fim da educação obrigatória é o único caminho capaz de salvar a educação brasileira e quando se fala em fim de educação obrigatória, a impressão que dá é que haveria uma espécie de emburrecimento em massa, já que os pais poderiam querer não mandar seus filhos para as escolas. Muito errado, até porque o processo de emburrecimento em massa já começou com o estado promovendo o com o objetivo de manter um controle sobre o aparato intelectual, a fim de que não seja questionado. O Brasil é o melhor exemplo disso, onde as instituições culturais foram aparelhadas e a autoridade dos partidos de esquerda conquistou uma autoridade “onipresente e invisível de um imperativo categórico de um decreto divino”, ou, em outras palavras, uma hegemonia de um pensamento que tem cada vez mais levado o intelecto do Brasil para a lata do lixo com teses inúteis e falta de produção de conteúdo útil. A melhor forma de o governo contribuir com a educação é privatizando todas as escolas e dar às pessoas que não têm condições de pagar escolas particulares uma espécie de “bolsa família” para que arquem com os custos do serviço de educação, como Pinochet fez no Chile, o que levou o país a ter uma das melhores educações do mundo graças à concorrência entre as escolas, pois se elas não ensinam, os pais matriculam os filhos em outras e as que não ensinam vão à falência. Porém, enquanto isso não acontece, vamos tentar pelo menos aprovar o escola sem partido. Semana passada, um professor de esquerda mostrou o porquê da categoria toda temer esse projeto ao ser demitido do Colégio Poliedro, em São José dos Campos, SP, porque um aluno o filmou fazendo seu showzinho de esquerda durante a aula. Não deixe de conferir e ver que a educação brasileira ainda pode viver.

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