Escolher candidatos a prefeito e vereador no Brasil nunca foi lá uma tarefa muito fácil de se fazer, dado que, pelo baixo nível de federalismo, os Municípios têm pouco poder comparado com a União e isso limita muito a atuação de nossos representantes locais. No entanto, a base para deputados federais, governadores e senadores é formada nos Municípios, através das eleições de prefeitos e vereadores. Veja que o prefeito de São Paulo, por exemplo, é um cargo de muito prestígio e ele, no futuro, acaba exercendo um cargo maior, como de deputado federal, governador do Estado ou até Senador. Por este motivo, votar em alguns partidos é algo nocivo ao interesse nacional e também à agenda conservadora. Na última oportunidade aqui no Vida Destra, falamos sobre os motivos os quais não devemos votar em 2020 no PSDB, partido socialista que até então era visto como oposição ao PT, mesmo fingindo ser oposição no teatro das tesouras. Hoje falaremos de um partido tão ruim quanto, que é o DEM, abreviação de Democratas, cuja legenda é 25. Não se esqueça de deixar seu comentário para nos dar um retorno sobre o que você achou deste texto e compartilhá-lo com seus amigos no Twitter, Facebook ou até mesmo whatsapp, pois trata-se de um assunto criticamente importante para o momento que estamos vivendo.

De 2019 a 2020, o Brasil poderia ter atingido níveis extraordinários de crescimento econômico e social com novas reformas e políticas apresentadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, a exemplo do 13º do bolsa família e do fim definitivo do imposto sindical, através das Medidas Provisórias (MPs), medidas que o Poder Executivo envia ao Congresso com força de lei para que ele as aprove no prazo máximo de 120 dias, mas, caso não aprove, tais medidas perdem a validade e deixam de ter efeito de lei. Foi exatamente isso que Rodrigo Maia cansou de fazer em 2019 e 2020: deixou caducar diversas MPs, às quais o eleitor leigo pode achar que é uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, mas, no fundo, trata-se de uma derrota para o Brasil, pois as pessoas mais pobres eram as mais beneficiadas por esses textos. A exemplo, temos a MP 898/2019, que criava o décimo terceiro pagamento do benefício bolsa família, que pode ser visto por muitos como algo negativo, no entanto, há lugares do Brasil, como o interior do norte e nordeste, que o pouco dinheiro do bolsa família é tudo para determinadas famílias. Além disso, apesar de o bolsa família ter sido criado no governo de um socialista (Fernando Henrique Cardoso), essa ideia surge de um economista neoliberal, abominado pela esquerda, na Universidade de Chicago, que foi, inclusive, professor do Ministro da Economia Paulo Guedes. Sim, estamos falando de Milton Friedman, que no livro “Livre para Escolher: um depoimento pessoal”, o qual mostra as benesses do capitalismo, fala de um benefício que seria uma espécie de “imposto de renda negativo”, o qual a pessoa receberia (e não pagaria) do governo por ser pobre demais. Friedman vai além: ele diz que esse benefício não deveria ser cortado caso a pessoa arrumasse um emprego, mas apenas reduzido, pois, desta forma, incentivava o sujeito a arrumar um emprego para ganhar mais e não depender exclusivamente do benefício estatal. A consequência de Rodrigo Maia ter deixado caducar essa medida provisória não poderia ter sido outra: pessoas que dependiam do benefício passaram a ficar mais pobres, o que escancara a pobreza e desigualdade, problemas que tanto envergonham o Brasil no cenário internacional.

Outra MP que Maia deixou caducar foi a 914, que alterava o rito de escolha do reitor das universidades federais, as quais sabemos que sustentam a infraestrutura do pensamento da esquerda socialista, já que essas instituições, nos cursos de humanas, funcionam como centros de lavagem cerebral e doutrinação gramscista. Com isso, Maia minou o pouco poder que tínhamos de fazer mudança nessas instituições, o que vai contra a democracia, pois, se o povo brasileiro escolheu um presidente conservador de direita, então essa é a ideologia que deveria ser difundida pelo país, pois reflete os valores do povo. Se temos um povo e presidente de direita, mas todo o establishment dominado pela esquerda, então não temos democracia, temos o monopólio da esquerda contra os valores da população.

Maia também deixou caducar a MP que acabava definitivamente com o imposto sindical no Brasil, que é a MP 873. No caso, o imposto sindical acabou com a reforma trabalhista do ex-presidente Michel Temer em 2017, no entanto, sindicatos acharam uma brecha na lei que permitia a cobrança desse imposto novamente. O presidente Bolsonaro corrigiu esse ponto com a MP, mas Rodrigo Maia sequer a pautou, deixando a perder a validade. Assim, se sindicatos ineficientes te cobrarem impostos coercitivamente para sustentar algo que você não concorda, saiba que teve alguém que tentou impedir, que foi o presidente Jair Bolsonaro, mas saiba também que o único culpado desse imposto ainda ser cobrado é Rodrigo Maia.

E, claro, não podemos nos esquecer da MP 984, a “MP do futebol”, que, na prática, acabava com o monopólio da Globo na transmissão de alguns jogos, dando exclusividade aos clubes. O problema aí é que não existe motivos para que a Globo tenha o monopólio da transmissão desse evento, até porque ela é um centro difusor de mentiras e manter o monopólio dela em uma atividade como o futebol, que é extremamente lucrativa, contribui para a imbecilização da sociedade, ainda que esta esteja acordando e assistindo a Globo cada vez menos.

Além disso, Maia e Alcolumbre travaram esse ano uma cruzada para tentar serem reeleitos para o comando das duas Casas legislativas. O problema disso é que a reeleição de Maia e Alcolumbre para tais cargos perverte o republicanismo democrático, aliás, a própria eleição deles para o Legislativo e para presidente das Casas já perverte a, visto que ambos tiveram poucos votos. Maia obteve, em 2018, apenas 74.232 votos e foi puxado pelo quociente eleitoral. Alcolumbre segue na mesma linha: em 2014, ano em que fora eleito (o mandato de senadores tem 8 anos), teve apenas 1/3 dos votos do Amapá, totalizando 131.625, enquanto seus adversários tiveram 123.438 (Gilvam Borges), 48.136 (Promotor Moisés Rivaldo) e 38.919 (Dora Nascimento). Note que, no Amapá, houve mais pessoas que não queriam Davi Alcolumbre no Senado do que pessoas que queriam, porém, ele foi eleito mesmo assim. Um segundo turno poderia resolver esse impasse, mas isso está longe de acontecer. Com essa atitude de tentar a reeleição mesmo sem o aval do povo, que sequer queria Maia e Alcolumbre eleitos e deixou claro isso, nota-se que os dois membros do DEM estão pervertendo a democracia e a perversão da democracia, segundo Platão, transforma-a em demagogia e a perversão da República conduz à oligarquia, isto é, pessoas que não queríamos nos governando. Por isso, vemos tanto esses dois homens na mídia de esquerda, sendo paparicados como “oposição ao governo fascista de extrema direita do Bolsonaro” quando na verdade a única coisa que esses dois fazem é tentar concentrar poderes nunca de uma forma nunca vista antes com a perversão da democracia e República e deixar caducar as medidas provisórias do presidente que beneficiariam o país. Maia desistiu da reeleição, mas Alcolumbre ainda não e vai tentar obter tal autorização no STF devido a uma brecha encontrada na Constituição pelo fato de o mandato de Senadores durarem 8 anos.

Maia e Alcolumbre também estão travando a agenda econômica, principalmente no que concerne às privatizações. Rodrigo Maia, na Câmara, paralisou a agenda de privatizações enviada pelo ministro Paulo Guedes, que deixou o presidente da Câmara bravo após cobrar a venda da Eletrobrás, a qual Maia está atrasando. Além disso, ele e Alcolumbre tentaram impedir a privatização de 8 refinarias da Petrobrás, recorrendo ao STF que, por algum milagre, autorizou o presidente a vender tais refinarias sem autorização legislativa.

Ademais, Alcolumbre não mede esforços para proteger os senadores investigados no Senado: em julho, o gabinete do Senador José Serra, envolvido na operação Lava Jato, foi alvo de busca e apreensão. No entanto, Alcolumbre recorreu ao STF e Dias Toffoli anulou tais buscas, protegendo o tucano, que agora, junto com Alckmin, está sendo alvo da operação Lava Jato. Com isso, se Serra tinha em seu gabinete documentos que podiam acelerar as investigações e punir eventuais corruptos, eles não existem mais, foram destruídos e a polícia nunca terá acesso a eles graças a uma manobra de Alcolumbre.

Maia, ainda, está colaborando com João Doria na difusão da vacina chinesa feita às pressas. Em São Paulo, João Doria está tão alinhado com os chineses que parece que o governador não é ele, mas sim Xi Jinping, ditador da China. Doria está fazendo o mundo girar ao contrário para gastar bilhões do dinheiro suado do povo paulista para comprar uma vacina feita às pressas pelo país responsável pelo caos econômico e sanitário o qual estamos vivendo. E agora ele conta com um aliado para isso: Rodrigo Maia. O presidente da Câmara apareceu na última coletiva de imprensa do governador do São Paulo defendendo a aquisição das doses da vacina que sequer tem comprovação de eficácia ainda, o que é um desrespeito com o povo paulista, que sofreu a mais pesada quarentena do Brasil e responde pela maior quantidade de casos. O caso aqui é que a China deveria estar sendo punida pelas suas atitudes na pandemia e não sendo beneficiada com a venda de respiradores, máscaras e vacina sem comprovação de eficácia. No entanto, Rodrigo Maia se mostrou favorável à ditadura chinesa responsável por ceifar milhões de vidas ao redor do mundo e ainda lucrar com isso.

Em 2020, há partidos que estão mais alinhados com o presidente Jair Bolsonaro, como PTB, PROS, PRTB, PSD, Solidariedade, PP, PL, Republicanos, PSC, Patriota e Avante. Sabemos que nenhum deles é perfeito, pois alguns políticos do PL e Republicanos, por exemplo, votaram pelo aumento de impostos proposto por Doria em São Paulo. No entanto, sabemos também que esses partidos são menos piores que o DEM, PSDB, MDB, PT, PSOL, PDT, PC do B, PCB, PSTU, UP (partido recém-criado) e outros da esquerda. O caso aqui é que se votarmos no DEM, estamos aumentando o poder de Rodrigo Maia e de Davi Alcolumbre, e o pesadelo que o país vive com esses dois homens no poder, travando a agenda conservadora e o progresso do Brasil, não terá fim, pois sabe-se lá o que farão no futuro. As mudanças que o Brasil demanda para melhorar virão com o tempo e não sabemos ao certo quanto tempo vai demorar, mas uma coisa é certa: se o DEM estiver no poder, elas irão demorar, pois Maia e Alcolumbre já nos provaram isso. Por isso, nessas eleições NÃO VOTE NO DEM. NÃO VOTE 25.

Vinicius Mariano, para Vida Destra, 26/10/2020
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