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PRIVATIZAÇÕES, PORQUE SÃO TÃO IMPORTANTES?

As privatizações são boas ou são más? Isso dá uma grande discussão dependendo dos interlocutores envolvidos na conversa. Já para nós, conservadores, liberais; pelo menos para a maioria, não há dúvida de que privatizar é o único caminho para um país melhor. Em termos de costumes e cultura, outras medidas podem ser tomadas, mas, para a economia, não há outro remédio a não ser privatizar, privatizar e privatizar.

O grande leviatã, parafraseando o filosofo inglês Thomas Hobbes, é o maior criador de desigualdades, preconceitos e injustiças existentes. Não que eu creia que num mundo gerido por homens (imperfeitos) vá, em algum momento da história, existir justiça, aceitação natural do outro e igualdade. Já conheço bem do que somos feitos e aonde podemos chegar; tanto para o bem quanto para o mal. Esse pequeno artigo visa elencar algumas razões pelas quais as privatizações se fazem tão necessárias, sobretudo, nesse tão amado país. É claro que o assunto não se esgotará em trinta ou quarenta linhas, nem em cem ou duzentas; essa não é a pretensão do articulista que vos escreve essas poucas palavras.

Já falei sobre o tema no meu canal no Youtube — Você pode acessá-lo clicando aqui — e vou, dessa vez, trazê-lo de forma escrita.

Uma das mais recorrentes reclamações do povo brasileiro é a quantidade de impostos que o mesmo paga ao longo de cada ano: é IPI, IPVA, IPTU, IOF, IR… E ele, o povo, está coberto de razão em reclamar, já que não vê toda essa carga tributária se transformando em serviços de qualidade oferecidos pelo Estado. Um dado importante que deve ser acrescentado nesse momento do artigo é aquele que muitos já devem saber, mesmo que nunca tenham sido informados sobre ele: o brasileiro é o povo que tem o menor retorno dos impostos pagos. O Brasil ocupa a última colocação no ranking que conta com 30 países de todo o mundo. Você, leitor, pode conferir esses dados clicando aqui.

Agora, você deve estar se perguntando, para onde vai todo o dinheiro dos nossos impostos? O Brasil é um Estado gigantesco, o “Grande Leviatã” citado lá no segundo parágrafo. Um Estado se torna enorme quando tem muitas empresas públicas, além de classes privilegiadas e pouco produtivas, como, por exemplo, a política, que oneram o orçamento em bilhões anuais. Com muitas empresas e muitos funcionários públicos, o Estado se torna um monstro que precisa de cada vez mais de dinheiro para se alimentar, sendo assim, por muitas vezes gasta mais do que arrecada, aumentando, dessa forma, a dívida pública, que é quando toda a sociedade tem que bancar os gastos excessivos, uma vez que os impostos não são suficientes para cobri-los. Junte-se a tudo isso, a corrupção, ela leva embora bilhões dos nossos bolsos todos os anos.

Porque um Estado precisa ter tantas empresas, se a iniciativa privada, na maioria das vezes, consegue oferecer o mesmo serviço de forma mais barata e otimizada? Aí entra a corrupção e a política profissional. As empresas servem como moeda de troca por cargos e favores. O lucro, nesse caso, não é levado em consideração, pois o que lhes interessa mesmo é o capital político que elas representam.

Privatizar é desmontar todo esse esquema, é tirar das nossas costas o custo da incompetência pública, é abrir mão do monopólio estatal. É acabar com o toma lá dá cá usado por partidos em troca de apoio e cumplicidade, é permitir que um estado enxuto possa cuidar das tarefas para as quais a existência dele se justifica (nesse ponto eu me sinto tentado a me definir como libertário).

Ainda com relação às privatizações, penso que as mesmas devam ser radicais e sem a criação de agências reguladoras, pois essas funcionam como uma forma do Estado ainda manter sua influência dentro das empresas privatizadas. E, como já dizia o Milton Friedman, “Se colocarem o governo para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia.”

Portanto, caro leitor desse breve e despretensioso artigo, num país com um histórico tão grande de corrupção e má gestão do dinheiro público. Onde o Estado se protege de você que o sustenta, de forma que reclamar dos péssimos serviços prestados por ele é perda de tempo. Não há como cobrá-lo por aquilo que não nos entrega, mesmo que tenhamos pago para receber. Sendo assim, nada melhor do que deixar as empresas nas mãos da iniciativa privada e fecharmos um dos ralos por onde escapam nossos recursos financeiros.

Que as privatizações gerem, acima de tudo, concorrência, pois é isso que faz uma economia livre e forte. Quem não for competente vai falir e deixar o caminho aberto para que outros venham. Que vença quem oferece o melhor serviço, que fature mais, quem dá o melhor atendimento, que cresça mais, quem produz o melhor produto.

Eu fico por aqui. Até a próxima!

 

João Alves, para Vida Destra, 17/09/2020
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4 COMMENTS

  1. Estatais significam corrupção e aparelhamento político, o que dá no mesmo. Se deixássemos a iniciativa privada trabalhar e competir, há muito estaríamos no mesmo patamar dos EUA. Ou acima, pois não temos desertos, neve, tufões, furacões.

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Professor Casado com a Luciana Pai do João Miguel Apaixonado pela família natural, criação de Deus.