Descrito, principalmente pela mídia mainstream, como um monstro, chegou a conta da falta de produtividade do ensino superior brasileiro: Jair Bolsonaro, Presidente da República, junto com Abrahan Weintraub, Ministro da Educação, anunciaram que o MEC cortará 30% do orçamento de todas as Universidades Federais do Brasil por motivos que não faltam, como baixo desempenho das universidades no cenário mundial, o custo para manter tudo isso, falta de verbas para a educação básica e muita “balbúrdia”, ou, em outras palavras, “lacração”, como pichações, uso e comércio de drogas, depredação do patrimônio público, intolerância para com grupos políticos que não rezam a cartilha da hegemonia marxista no ambiente e tudo mais que a esquerda aprova e assina embaixo. De início, os canhotos já começaram a dar seus pitis, dizendo que Bolsonaro é contra a educação, que isso trará prejuízo para o país e tudo mais e aqui está uma das contradições da esquerda, que ou não leu a motivação dessa decisão ou leu e é desonesta mesmo: os recursos cortados serão usados na educação infantil, setor esse sucateado por governos estaduais e municipais e que são responsáveis por formar os jovens na rede pública que não conseguem competir com os da iniciativa privada justamente pela educação ser pífia, o que denota um fato permutativo, isto é, tirar de um departamento de um setor e colocar em outro departamento desse mesmo setor, e não um “corte”, como está sendo difundido pela “novalíngua” esquerdista. Para se ter uma ideia, o custo de um universitário de faculdade púbica é de aproximadamente 37 mil por ano (sendo que em algumas federais, como a UNIFESP, esse número chega a atingir monstruosos 81 mil, segundo dados de 2016), enquanto que um aluno de ensino médio custa, aproximadamente, R$ 2500,00 por ano. O problema é que no ensino médio a educação está falida, e, conforme dito acima, não capacita os estudantes para concorrer em vestibulares em pé de igualdade com os jovens do ensino particular, geralmente de classe média alta, criando um sistema de desigualdade que a esquerda tanto critica, mas que não move um dedo sequer para resolvê-lo da forma correta, sem recorrer a soluções que tapam o sol com a peneira, como cotas raciais (e agora para travestis também). Nota-se, em primeira análise, que a esquerda não quer resolver o problema da educação ou da desigualdade, mas sim manter seus privilégios sem que os outros sequer questione (e a prova de que não leram essa decisão do governo é a de que os cortes valerão apenas para novos cursos, quem já está nas universidades, não será prejudicado, ou seja, vai poder continuar desperdiçando o dinheiro de impostos que o trabalhador trabalha 5 meses para ganhar e sustentar essa bagunça).
Há sim a parte negativa nesse corte que é a falta de recursos para cursos que realmente produzem benefícios para a sociedade, gerando riqueza e utilidades, como os cursos de exatas e biológicas, porém, no sistema coletivo, uns pagam pelos erros dos outros, e geralmente é o melhor que paga pelo erro do pior, isto é, bons alunos vão pagar pelo baixo desempenho dos maus. É possível, no entanto, amenizar esse problema através de uma política que faça uma auditoria no uso dos recursos dessas universidades, isto é, verificar como está sendo gasto o dinheiro que o governo federal envia. Um exemplo são os super salários que vira e mexe são descobertos nesses órgãos. Para se ter uma ideia, em 2014, na USP (que não é um órgão federal, mas que está apenas sendo usado como exemplo), foi detectado que havia professores recebendo por volta de R$ 60.000,00 por mês, o que é vedado pela Constituição Federal, a qual estabelece que servidores de estados não podem ganhar mais que o governador, cujo salário é de, atualmente, R$ 22.000,00. No âmbito federal é parecido: nenhum servidor público pode ganhar mais que um ministro do STF, cujo salário, atualmente, é de R$ 39.000,00, e isso vale para os servidores de universidades. Para se ter ideia, UFBA e UFMG, federais da Bahia e Minas Gerais, respectivamente, gastam quase 80% de seus orçamentos, que estão na casa dos bilhões, com despesa de folha de pagamento, isto é, com servidores públicos. Esse problema, tem várias soluções: privatizar as universidades, pois, desta forma, tira das costas do estado e do pagador de impostos o ônus de sustenta-la com 5 meses de trabalho; cobrar mensalidade dos alunos ricos, política essa defendida por Bárbara Burns, diretora do Banco Mundial e que poderia alavancar e fortalecer as universidades, mas a esquerda é contra (por pura hipocrisia e birra, uma vez que são os primeiros a defenderem mais impostos para os mais ricos); aproximar as universidades do mercado, como é feito em países sérios, para preservar cursos de biológicas e exatas: com empresas investindo e patrocinando projetos dessas áreas nas universidades em troca de, por exemplo, isenção tributária pelo governo, diminui a dependência, pelo menos desses cursos, do estado, mas cria um ambiente de trabalho e empreendimento de esforços intelectuais contínuos (e, inclusive, pode servir de experiência para o aluno que sai da faculdade sem nunca ter trabalhado, uma vez que a empresa se beneficiaria de ter pessoas que já entendem de seus projetos em seus quadros funcionais), pois o mercado exigirá soluções que deem lucros, não tolerando militâncias políticas, “balbúrdia”, lacração e demais atos do tipo, os quais a esquerda ama. Mais uma prova de que a esquerda não defende a educação, mas sim seus privilégios de serem sustentados pelo dinheiro daqueles que trabalham duro.
O maior argumento da esquerda para defender que não tenham cortes no orçamento da educação superior é o de que nas universidades públicas é produzido o tal “raciocínio crítico”. Raciocínio crítico para essa gente é o aluno sair de uma universidade completamente lobotomizado, com pensamentos de esquerda e anti capitalista (mas sustentada, nunca é tarde lembrar, por capitalistas), principalmente o marxista, pouco importando, por exemplo, se um engenheiro aprendeu os cálculos necessários para a sua profissão, uma vez que nesses meios já está sendo difundida a ideia de que a matemática é uma “ciência burguesa a serviço do capitalismo”, o que não pode ser levado a sério, primeiro porque a matemática não é nenhuma “ciência burguesa” mas sim uma linguagem a qual permite traduzir os fenômenos do mundo real, como o lançamento de um foguete, para a compreensão humana e segundo porque a matemática existe desde os primórdios do mundo, tendo aparecido milênios antes do capitalismo, o fato dela refutar as idiotices que a esquerda propaga aos 4 cantos do mundo não a faz uma ciência burguesa, mas sim uma ciência lógica e coerente no seu mais estrito sentido. Não é tarde lembrar também que esquerdistas querem universidades gratuitas, promovendo uma série de “raciocínio crítico” (nome bonitinho que deram ao marxismo cultural), mas não querem que sejam aprovadas as medidas que vão elevar as finanças dos cofres do estado para arcar com tais custos, como reforma da previdência, privatizações, cobrança de mensalidade de alunos ricos, etc.
A educação não deve ser vista como um direito, mas sim, sobretudo, como um serviço. Se a educação for vista como um “direito”, para efetivá-lo, como tantos outros “direitos” que existem, será necessário que o estado roube alguém através de impostos, logo, uma pessoa é escravizada, pois trabalha sem receber, uma vez que o dinheiro conseguido com esse trabalho será usado para pagar impostos, para que outra pessoa possa receber sem trabalhar e apenas estudar. O cenário torna se pior, ainda, quando é notado o abuso desse “direito” à educação, dado que há em universidades públicas pessoas que estão lá há 10 anos sem se formar, apenas fazendo proselitismo político partidário e militância, e quem paga a conta dessa farra toda não é o estado, porque esse nada produz, mas sim o trabalhador que ele, através da violência, rouba a partir de impostos.
Educação, do latim, ex ducere, significa “levar para fora”. Pela educação, a alma se liberta da prisão subjetiva e do egocentrismo cognitivo e se abre para a grandeza e para a complexidade do mundo real. Em um país onde as ditas melhores universidades produzem teses medíocres e irrelevantes com temas como “a erótica dos signos em aplicativos de pegação”, “Big Brother Brasil” e “Felipe Neto” e têm pouquíssimas citações de artigos científicos no mundo, pode se ter certeza de uma coisa: não há libertação de prisões subjetivas, muito menos de um egocentrismo, dado que tais teses estão fundadas em pilares que não contribuem para a melhoria ou reflexão de um problema social, o que evidencia que a educação foi não só destruída, mas sofreu uma revolução que a fez virar em 180 graus, de modo que ela signifique o extremo oposto do que significava antes, trazendo sérios prejuízos para aqueles os quais estão a ela submetidas e fazendo exatamente o contrário do que fazia.
Quando Margareth Thatcher começou a cortar a mamata da esquerda no Reino Unido, no começo da década de 80, houve todo esse tipo de gritaria também, inclusive alardes de que o país iria falir, que os pobres ficariam mais pobres, etc. O que vemos hoje é o Reino Unido mais forte e unido do que nunca, com as políticas de Thatcher de redução do estado, muito parecidas com as que Bolsonaro, Guedes e Wientraub têm tomado, tendo papel fundamental nesse processo. No mais, os EUA, o país que mais produz conhecimento intelectual no mundo, não investe um centavo em educação de nível superior e não tem nenhum programa como o ProUni, lá os alunos estudam, trabalham, financiam, mas pagam a faculdade e como sentem no bolso o peso, tiram as melhores notas, não é à toa que é lá que estão as melhores universidades do mundo. O conhecimento é importante, mas mais importante que ele é respeitar o dinheiro do trabalhador que o sustenta. Retirar, coercitivamente, o dinheiro de um trabalhador capitalista já é um crime, retirar o dinheiro de um trabalhador capitalista e dar para um bando de jovens socialistas fazerem farra é fomentar a libertinagem e, sobretudo, um crime contra a dignidade da pessoa humana, na verdade, é a definição de escravidão, que ao contrário do que as pessoas pensam, não acabou, apenas chegou a um nível de complexidade que permite a exploração do homem pelo homem, se aperfeiçoando de tal forma que, quando expomos sua existência, somos questionados sobre a nossa sanidade, ou, em alguns casos, chamados de fascistas.