Eu sempre gosto de deixar bem claro a todos que não sou um jornalista. Faço isso por dois motivos: primeiro, porque não quero criar falsas expectativas naqueles que leem os artigos que escrevo; e segundo, porque respeito muito aqueles que exercem a profissão. Claro que me refiro aos verdadeiros jornalistas, aqueles da velha guarda, que usam a caneta e o papel (ou o computador) como ferramentas a serviço da verdade, e não àqueles que dão mais importância às próprias opiniões do que aos fatos e à verdade.
Obviamente não condeno os jornalistas que escrevem opinando a respeito de fatos relevantes. A opinião, quando bem fundamentada, é importante para que o leitor possa formar o seu próprio julgamento sobre o fato descrito. Mas a opinião do jornalista nunca deve ter mais importância do que o fato narrado, pois quando isto ocorre a verdade deixa de ser a prioridade. Os jornalistas tem uma grande responsabilidade: eles são os nossos olhos e ouvidos nos mais distantes rincões do país e do mundo! É através deles que sabemos o que ocorre em lugares onde, por nós mesmos, não conseguiríamos obter estas informações. Sem eles, e sem as notícias que trazem até nós, teríamos dificuldade de compreender de forma plena a realidade e o mundo ao nosso redor.
Infelizmente, nem todos os atuais profissionais exercem o jornalismo da maneira como deveriam e alguns sequer tem noção da imensa responsabilidade que têm nas mãos. Muitos se deixaram deslumbrar pela visibilidade que a internet e as redes sociais deram a eles, e passaram a opinar a respeito dos fatos guiados não mais pela verdade, mas guiados pelos “likes“. E passaram a atribuir a si mesmos uma importância falsa, muito maior que a real, pois se consideram mais importantes que os fatos que deveriam noticiar. E pior, alguns chegaram ao ponto de se achar no direito de influenciar as opiniões dos leitores e desta forma, direcionar comportamentos. Mas nós, leitores, não somos tão ingênuos quanto eles pensam!
O que estou escrevendo não é novidade, é de conhecimento geral! Basta ver o descrédito pelo qual passa boa parte dos órgãos de imprensa para constatarmos isso. Nós, leitores, consideramos as opiniões dos senhores jornalistas, mas queremos mais que isto! Acima de tudo, quando lemos um jornal ou artigo jornalístico, queremos conhecer os fatos e saber a verdade! Seja ela qual for! Queremos a verdade, mesmo que seja desagradável, mesmo que ela venha para jogar por terra as nossas crenças pessoais, ou para nos fazer refletir e rever posicionamentos sobre vários assuntos. Não queremos ser bajulados ou ter os nossos egos massageados! Não queremos que nos digam como devemos pensar! Queremos informação verdadeira e conhecimento para formarmos a nossa própria opinião!
De nada adianta conhecermos uma opinião sobre determinado assunto se não soubermos acerca do assunto em si. Não queremos basear as nossas próprias opiniões apenas na opinião alheia. Queremos construir nossas crenças em bases sólidas, e neste caso nada é mais sólido que a verdade!
Mais que opiniões mal escritas (sim, muitos que se intitulam jornalistas são exímios assassinos da língua portuguesa), o que queremos é ter acesso à verdade, é ter acesso ao conhecimento que não temos como buscar por nossos próprios meios. Mesmo com o advento da internet e das redes sociais, o acesso às fontes primárias das notícias ainda é restrito a poucos. A informação, depois de apurada e transformada em matéria jornalística, é disponibilizada a todos. Mas até chegar a este ponto, são poucos ainda os que tem acesso às informações na fonte, e isso ocorre por vários motivos, como a distância que nos separa do local onde o fato ocorreu, por exemplo.
Por isso tudo, além do renascimento e da reconstrução da nossa política, da nossa educação, e da nossa economia, acredito que é necessário também considerarmos o renascimento e a reconstrução do jornalismo brasileiro. Informação pode salvar vidas, pode transformá-las, pode libertá-las e pode definir o destino de toda uma nação. Por isso, é necessário que os profissionais da informação retornem às origens, e voltem a adotar valores que já foram tão caros a esta nobre profissão, tais como ética, postura crítica e investigativa, e sede pela verdade! A vaidade, tão presente entre os profissionais atuais, não deveria ter lugar!
O Brasil ainda é um país preso a muitos grilhões. Mas o Brasil das mentiras ficou para trás! E, como diz o versículo bíblico adotado como slogan pelo presidente Jair Bolsonaro e que não me canso de repetir, “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, precisamos conhecer os fatos como eles são, como eles ocorrem, para nos tornar um país verdadeiramente livre. Mas nós, cidadãos comuns, não conseguiremos ter acesso a toda a verdade sozinhos! Precisamos de ajuda para isso, e existem profissionais cuja função primordial é auxiliar as pessoas a ter acesso à verdade que as tornará livres! Jornalistas, acordem! Deixem o ego de lado, trabalhem pela divulgação da verdade e o reconhecimento certamente virá! O Brasil precisa de vocês!!
Sander Souza, direto do Japão para Vida Destra, 31/01/2020
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Parabéns pelo ótimo artigo Sander!
Muito bom! O Brasil agradece a palavra bem escrita. Gratidão.