Prezados leitores:
Publicamos mais uma tradução de artigo relevante da imprensa internacional feita pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora Telma Regina Matheus. Apreciem!
Republicanos do Senado cedem à propaganda dos Dems sobre as filmagens do J6
Os Republicanos do Senado condenaram a reportagem de Tucker Carlson da Fox News, na terça-feira, com base em argumentos dos Democratas.
Fonte: The Fedealist
Título original: Senate Republicans Cave To Dem Propaganda About J6 Tapes
Link para o artigo original: aqui!
Publicado em 7 de março de 2023
Autor: Tristan Justice*
Os Republicanos do Senado condenaram a reportagem bombástica de Tucker Carlson da Fox News, na terça-feira, depois que o apresentador do programa em horário nobre da TV exibiu novas imagens do edifício do Capitólio americano em 6 de janeiro de 2021.
Na edição de segunda-feira à noite do “Tucker Carlson Tonight”, a Fox News divulgou vídeos do tumulto no Capitólio há dois anos, o que solapou as principais narrativas dos Democratas. Os legisladores da esquerda, no Capitólio, passaram dois anos explorando as poucas horas de distúrbios políticos para difamar os Republicanos como extremistas violentos, incluindo julgamentos televisivos produzidos por um ex-executivo de TV.
Após analisar mais de 40.000 horas de filmagens liberadas para eles pelo porta-voz da Câmara, o Republicano Kevin McCarthy, Carlson exibiu três segmentos de vídeos que ilustram a campanha fraudulenta promovida pela Comissão de Inquérito dos Democratas sobre o 6 de janeiro. O primeiro revelou que Jacob Chansley, conhecido como o “Xamã do Q-Anon” – que se tornou o rosto da “insurreição” no Capitólio –, recebeu tratamento VIP dos policiais e inclusive foi escoltado enquanto perambulava pelo complexo.
“Eles o ajudaram. Eles agiram como guias turísticos”, disse Carlson. “Contamos pelo menos nove policiais perto de Jacob Chansley, que estava desarmado. Nenhum policial tentou detê-lo”.
O segundo segmento do programa de Carlson mostrou o policial do Capitólio Brian Sicknick, “saudável e forte”, circulando pelo edifício do Capitólio após altercações com os manifestantes. Os charlatães da Comissão de Inquérito sobre o 6 de janeiro alegaram que essas altercações causaram a morte subsequente de Sicknick.
A morte de Sicknick, em 7 de janeiro, foi explorada pelos Democratas e seus aliados na mídia como consequência direta do tumulto no Capitólio. Primeiro, o New York Times afirmou que a morte de Sicknick fora resultado de um ferimento causado por um golpe violento com extintor de incêndio. Depois que o jornal publicou uma correção discreta, a CNN associou a morte de Sicknick a um produto químico do tipo spray de pimenta ou spray de urso, usado pelos revoltosos.
Um relatório do departamento do médico legista de Washington, publicado um mês depois, concluiu que Sicknick morreu de causas naturais. Mesmo assim, os deputados da Comissão de Inquérito usaram a morte de Sicknick para rotular a atrocidade do Capitólio como um distúrbio “mortal”, embora as únicas vítimas fatais no Capitólio, naquele dia, fossem de manifestantes.
O terceiro segmento de Carlson revelou que Ray Epps, um suposto informante federal que incentivou os manifestantes a invadirem o Capitólio, tanto na véspera como no dia do tumulto, aparentemente mentiu para os investigadores federais sobre seu paradeiro em 6 de janeiro.
De acordo com Carlson, os marcadores eletrônicos nas filmagens revelam que os deputados da porta-voz da Câmara Nancy Pelosi, na Comissão sobre o 6 de janeiro, examinaram as mesmas filmagens para produzir suas audiências televisivas que dramatizaram o tumulto. Os investigadores do painel, entretanto, recusaram-se a divulgar as filmagens para o público e adicionaram seu próprio áudio aos vídeos exibidos nas audiências televisivas em horário nobre, as quais exageraram os eventos.
Apesar das revelações de má conduta grosseira por parte dos investigadores da Câmara, a fim de induzir o público a erro antes das eleições intermediárias de 2022 [midterms], vários Republicanos do Senado reagiram ofensivamente contra Carlson, e não contra as mentiras dos Democratas. Falando aos repórteres no Capitólio, o líder Republicano da minoria no Senado, Mitch McConnell, do Kentucky – que sabotou as esperanças do Partido Republicano de conquistar maioria no Senado, no último outono – atacou verbalmente Carlson.
“Com relação à divulgação da Fox News ontem à noite, compactuo integralmente com a opinião do chefe da Polícia do Capitólio sobre o que aconteceu no dia 6 de janeiro”, disse McConnell.
Horas antes, o chefe da Polícia do Capitólio, Tom Manger, enviara um memorando ao seu departamento dizendo que a reportagem de Carlson estava “repleta de conclusões ofensivas e enganosas”.
Mais dois senadores Republicanos foram à CNN, entre todas as redes de TV, para reclamar da decisão de Carlson de transmitir as filmagens do dia 6 de janeiro. O senador Thom Tillis, da Carolina do Norte, chamou a reportagem de Carlson de “um monte de m-rda”.
“Não acho que isso seja útil, mas acho importante ressaltar que isso aconteceu nos dois extremos do espectro político, e ambos estão errados”, disse Tillis.
O senador pela Dakota do Norte, Kevin Cramer, também criticou a reportagem da Fox News.
“Acho que quebrar janelas e portas de vidro para entrar no Capitólio dos Estados Unidos, contrariando as ordens da polícia, é um crime”, disse Cramer.
Carlson, porém, que também veiculou cenas violentas ocorridas na invasão do Capitólio, em sua reportagem especial de segunda-feira, nunca disse o contrário.
O senador Republicano de Utah, Mitt Romney, o único Republicano do Senado a votar duas vezes pela condenação via impeachment do Presidente Donald Trump, comparou Carlson a Alex Jones, e qualificou a decisão de McCarthy (de compartilhar os vídeos) de “perigosa e nojenta”.
O senador Republicano Mike Rounds, da Dakota do Sul, também se juntou ao coro do Partido Republicano para desmerecer Carlson.
“Eu estava lá, em 6 de janeiro. Eu vi o que aconteceu. Eu vi as consequências. Houve violência no 6 de janeiro”, disse Rounds aos repórteres, segundo a NBC News.
O senador Republicano da Carolina do Sul, Lindsey Graham, disse que não estava interessado em “camuflar o 6 de janeiro”.
*Tristan Justice é correspondente do Federalist e autor da Social Justice Redux, uma newsletter sobre cultura, saúde e bem-estar. Também já escreveu para o Washington Examiner e para o Daily Signal. Seu trabalho já foi publicado no Real Clear Politics e na Fox News. Tristan é graduado pela George Washington University em ciências políticas e jornalismo.
Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 13/03/2023. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus
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