Prezados leitores:

Publicamos hoje mais uma tradução de artigo relevante da imprensa internacional feita pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora Telma Regina Matheus. Apreciem!

Tucker Carlson: A esquerda está determinada a destruir Elon Musk porque ele é uma “ameaça à sua existência”

“Os autoritários …. se você lhes der a chance de escolher, eles permitirão que você possua uma metralhadora .50 totalmente automática antes de permitir que você fale o que quiser.” – Tucker Carlson

Fonte: The Western Journal

Título original: Tucker Carlson: Left Is Hell-Bent on Destroying Elon Musk Because He’s an ‘Existential Threat’ to Them

Link para o artigo original: aqui

Publicado em 19 de outubro de 2022

Autor: Douglas Golden

A esquerda foi atrás de Elon Musk por causa do seu conservadorismo evidente. Foi atrás dele por causa de sua riqueza. Foi atrás dele inclusive por ser sul-africano.

Qual é o real motivo para atacarem o bilionário prestes a concluir a compra do Twitter?* Ele pretende permitir que os usuários exerçam sua liberdade de expressão, caso a transação em curso seja concluída – para começo de conversa, nenhum crime de pensamento, no ano de 2022, é tão hediondo para a esquerda como a ideia de que as pessoas comuns, e menos ainda os conservadores, possam dispor de uma plataforma para cometerem crimes de pensamento.

*N.E.: o artigo foi escrito antes da conclusão da aquisição do Twitter por Musk, ocorrida em 28 de outubro de 2022. 

Mas, sendo este o motivo oficial para a esquerda virar todas as suas armas contra Musk, isso simplesmente não funciona. Não com o público americano, pelo menos, e com nossa história partilhada de defesa da liberdade de expressão. Como enfatizou Tucker Carlson em seu monólogo no programa “Tucker Carlson Tonight”, da Fox News, [a liberdade de expressão] “é a mais básica e essencial de todas as liberdades, e é por isso que está consagrada na própria Primeira Emenda da Declaração dos Direitos dos Cidadãos dos Estados Unidos”.

“É fundamental não apenas para a liberdade, mas para toda a humanidade. Não é o [dedo] polegar oponível* que nos separa dos animais. São as palavras. Nós podemos falar. Este é o nosso poder – palavras. ‘No início era o Verbo’, diz São João na abertura do quarto Evangelho”, afirmou.

*Polegar oponível: dedo mais importante dos hominídeos. Posicionado em total oposição aos outros dedos, essa configuração física foi considerada uma importante aquisição evolutiva, pois tornou o homem capaz de manusear ferramentas de sobrevivência e defesa.

“A palavra. A palavra é a coisa mais importante que temos. Privem-nos de nossa capacidade de escolher nossas próprias palavras e não seremos mais completamente humanos. Seremos subordinados. Seremos escravos.”

É por isso que a esquerda tentou impedir Musk de comprar o Twitter, pois sua primeira meta foi suspender as onerosas restrições da plataforma ao discurso político conservador: “Isso é uma verdadeira ameaça existencial à hegemonia das pessoas atualmente no comando”, disse Carlson.

“Os autoritários sabem muito bem disso. E esse é o motivo de odiarem a liberdade de expressão. De fato, se você lhes der a chance de escolher, eles permitirão que você possua uma metralhadora .50 totalmente automática antes de permitir que você fale o que quiser”, argumentou Carlson. “Com a arma, você poderia matar pessoas, mas, com palavras, você pode desmascará-las”.

“Com palavras, você pode mudar o mundo. Na verdade, nunca houve uma mudança, uma mudança profunda no modo de vida e pensamento das pessoas, que não começasse com palavras. Não com poder, nem com violência, mas com palavras. É por isso que eles estão tão obsessivamente focados no que você pode dizer, nas palavras que você pode usar, porque eles compreendem o poder das palavras.”

Carlson observou também que Musk, “ainda outro dia, era um herói para eles – ele é o cara do carro elétrico, lembra-se?”

Porém, a partir do momento em que Musk apresentou sua proposta de compra do Twitter, em abril, todo o arsenal da esquerda foi direcionado para o fundador da Tesla e do SpaceX. Ele daria voz a uma horda de fanáticos da extrema-direita, disseram eles. Para este propósito, até o país de nascimento de Musk tornou-se tema de controvérsias – o que levou o New York Times a publicar uma extensa matéria, tentando explorar como “[o fato de] ter crescido como um branco durante o sistema racista do apartheid, na África do Sul, pode tê-lo moldado”.

Enquanto isso, a cinco horas de distância [de carro] de Gotham, no Distrito de Columbia, os escribas do Washington Post, tal como o colunista Max Boot, faziam horas extras para trombetear os perigos de diminuir a censura.

Boot, que pode sempre ser chamado, de forma confiável, a bancar o idiota em nome de qualquer fúria informe que esteja atualmente em fermentação no Atlantic Council, tuitou isto em abril: “Para que a democracia sobreviva, precisamos de mais moderação de conteúdo, não de menos”.

Não a “moderação” para o conteúdo de Max Boot, veja você. Como enfatizou o ativista conservador Robby Starbuck, Boot tinha em mente outros meios informativos.

Também no [Washington] Post de abril, a ex-CEO do Reddit, Ellen K. Pao, escreveu que “Musk se autodenomina um ‘absolutista da livre expressão’, mas, como muitos dos defensores da ‘liberdade de expressão’, ele deliberadamente ignora que as empresas privadas são livres para estabelecer alguns limites em suas plataformas”.

E se essas empresas não exercem a liberdade de “estabelecer alguns limites” em suas plataformas, o governo faz bem de fazer isso por elas: “A indicação de Musk para a diretoria do Twitter mostra que precisamos de regulamentação das plataformas de mídia social para impedir que os ricos controlem os nossos canais de comunicação”.

Isto é irônico em vários sentidos, uma vez que Pao publicou esses comentários no Post, cujo proprietário é Jeff Bezos – um ricaço que, eu presumo, Pao não estava terrivelmente preocupada que pudesse “controlar os nossos canais de comunicação”. Por que será?

O falatório sobre Musk só aumenta à medida que sua proposta de compra do Twitter – que avançou aos trancos e barrancos – agora parece que se concretizará, disse Carlson.

“Esta noite, após seis meses assistindo a essa novela, que entrou e saiu do ciclo de notícias, tudo indica que não conseguiram impedir Elon Musk de comprar o Twitter”, disse ele. “Todos os indícios que temos, neste momento, são de que o negócio se concretizará”.

Ele [Carlson] observou que as ações [de mercado] dos funcionários do Twitter foram bloqueadas, indicando que “algum tipo de transação é iminente”.

“Diz uma fonte que isso mostra haver uma enorme probabilidade – algo em torno de 90% – de que, nas próximas duas semanas, Elon Musk será o proprietário do Twitter”, disse Carlson.

Então, agora, como observou Carlson, a esquerda está tentando difamar Musk como um partidário russo. Por que? Porque ele concedeu ao governo da Ucrânia acesso gratuito à sua rede de satélites Starlink – porém, há a possibilidade de que ele o revogue.

David Frum, do Atlantic – ex-redator dos discursos de George W. Bush, que Carlson descreveu com precisão como um homem para quem não há “qualquer nível a que não desça em defesa de seus comandantes” – quer que a administração Biden considere a possibilidade de confiscar a rede de satélites. “Os Estados Unidos já deveriam ter um plano para nacionalizar rapidamente a Starlink [a empresa de satélites], caso Musk suspenda as conexões da Ucrânia para prosseguir em sua agenda política”, escreveu Frum.

“Agenda política dele? Em outras palavras, se você não gosta das políticas dele, basta confiscar as coisas dele”, disse Carlson. “E, claro, no cerne da política [de Musk], tudo o que importa é seu chamado para que os americanos comuns possam dizer o que realmente pensam. Confisque as coisas dele – à força”.

Na CNN, entretanto, eles se divertiram com a teoria da conspiração de que a suspensão da Starlink na Ucrânia fôra, de alguma forma, planejada pela SpaceX ou por Musk; em parte, porque Musk “propôs um acordo de paz sugerindo que a Ucrânia cedesse a Crimeia à Rússia e realizasse referendos apoiados pela ONU para as regiões do leste da Ucrânia”.

Um bufão irresponsável que “parece acreditar que, nas redes sociais, vale tudo”. Um potencial fanático marinado na cultura da era do apartheid na África do Sul. Um lacaio do Kremlin. Para a esquerda, Elon Musk é todas estas coisas – pelo simples fato de que, em breve, poderá ser dono do Twitter e permitirá que você diga o que pensa. E o stablishment está surtando.

“O que estamos vendo é o desespero de um regime, não só de um regime político, mas de um regime cultural, de uma classe de pessoas que comandam o país e que sentem que estão perdendo poder – e elas estão em pânico”, disse Carlson.

“Você pode sentir isso na histeria dessas pessoas. O estilo intimidatório dos progressistas – daqueles que trabalham para aniquilar o espírito americano, a liberdade e a independência intelectual, a masculinidade; daqueles que gritaram com você na televisão, nos últimos cinco anos – todos eles se sentem assim: ‘Santo Deus, tudo está desmoronando. Se os proletas falarem, estaremos em grandes apuros. Preparem os helicópteros no telhado da embaixada. Temos que sair daqui’.”

Mais ou menos. As classes falantes estão fugindo das palavras das plebes. Supostamente, eram eles que decidiam quem podia dizer o quê. Agora, parece que Musk subverterá tudo isso, e o medo e a aversão são palpáveis.

Mas eles não podem dizer isso. Então, eles fazem toda essa difamação.

*Douglas Golden é um escritor que divide seu tempo entre os Estados Unidos e o sudeste asiático. Especialista em análises políticas e assuntos do mundo, escreve para o Conservative Tribune e para o Western Journal desde 2014.

Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 01/11/2022.                                  Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail  mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus

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