O golpe militar que proclamou a República, no dia 15 de novembro de 1889, não golpeou apenas a Monarquia, mas também feriu de morte a Política, aquela de verdade, feita com ética e senso de dever, exercida por pessoas integras e cientes que foram escolhidas para servir à sociedade com seriedade e respeito ao bem público.
Desde aquele fatídico dia, nosso país e nossa política nunca mais foram os mesmos. O governo recém implantado logo se tornou uma ditadura, que perseguiu ferozmente os defensores do antigo regime, e passou a cercear as liberdades antes usufruídas por todos. De lá para cá, vivemos uma sucessão de governos formados por pessoas cujos únicos objetivos eram garantir a satisfação dos seus próprios interesses.
As leis, antes criadas para reger as relações entre as pessoas e entre estas e o Estado, passaram a ser manipuladas a fim de garantir impunidade àqueles que estavam se apropriando do Estado. O governo foi loteado entre a elite, e vários grupos passaram a disputar o poder entre si. Porém, o grupo mais importante e cujos interesses deveriam prevalecer sempre ficou de fora: o povo.
A Proclamação da República ocorreu à revelia da vontade da população. E tal ato não tinha o apoio unânime nem mesmo dos militares. Mas o golpe foi dado, o povo viu a sua aprovação da Monarquia ser desprezada e a sua vontade nunca mais foi totalmente respeitada por aqueles que passaram a ocupar o poder. Até hoje, os interesses do grupo majoritário continuam a ser sistematicamente ignorados.
Este feriado deve servir como momento para reflexão, para pensarmos o país que queremos e traçarmos estratégias e ações para construir esta tão desejada nação. Devemos usar as experiências fracassadas do passado como lições, para que os mesmos erros parem de ser repetidos.
O povo brasileiro merece muito mais do que vem recebendo. E não se trata de defender qualquer tipo de assistencialismo estatal, mas de defender a construção de um país próspero e justo, onde as pessoas tenham a oportunidade de crescer e se tornar aquilo que desejarem.
Mas enquanto vivermos sob os efeitos daquele 15 de novembro, dificilmente conseguiremos retomar o caminho do qual fomos abruptamente tirados. O país precisa voltar ao caminho do qual nunca deveria ter saído, e voltar trabalhar com ética e seriedade em defesa dos interesses da maioria, com a Política produzindo grandes homens, verdadeiros estadistas, capazes de conduzir o Brasil ao seu glorioso destino.
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Deodoro da Fonseca era monarquista e amigo de D. Pedro II. Não titubeou em trair o amigo, trair o regime que o conduziu ao mais alto posto da carreira militar para ser um DITADOR por dois anos e renunciar ao seu primo, Floriano Peixoto, endurecer ainda mais a ditadura recém implantada.
Será que aqueles que parasitam a nação, mudarão?