Vamos comparar as mentiras da mídia sobre o relatório Durham com o que o relatório realmente afirmou
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Vamos comparar as mentiras da mídia sobre o relatório Durham com o que o relatório realmente afirmou
A questão não é se John Durham está ocultando algo. Ele aponta que houve as mesmas oportunidades de investigar a campanha de Clinton em 2016, mas elas foram tratadas de forma mais discreta.
Fonte: The Federalist.
Título original: Let’s Compare Media’s Lies About The Durham Report With What The Report Actually Said
Link para a matéria original: aqui.
Publicado em 16 de maio de 2023.
Autor: Eddie Scarry*
Como acontece com todas as grandes revelações que provam que elas são os demônios traiçoeiros e antidemocráticos que são, as mídias corporativas imediatamente começaram a trabalhar para derrubar as conclusões estarrecedoras do relatório do Conselheiro Especial John Durham sobre a conduta do FBI na investigação de Donald Trump e da Rússia, em 2016.
Anos de trabalho foram consumidos nessa coisa, e a mídia acredita que todas as suas descobertas hediondas podem ser deixadas de lado, com alguns resumos noticiosos menosprezando-as como questões menores e inexpressivas de erro e “deficiências.”
Não foi o que Durham descobriu. O que ele descobriu foi um viés explícito dentro da agência policial mais poderosa do mundo contra um candidato presidencial democraticamente escolhido.
O relatório, divulgado nesta segunda-feira, tem mais de 300 páginas, muitas das quais incluem informações reunidas por Republicanos no Congresso e jornalistas de direita. Mas tudo o que você precisa saber está no resumo de Durham, que, com o maior tato possível, descreve a investigação do FBI de 2016, sobre Trump, como [uma investigação] não só sem fundamento, mas fomentada por preconceitos políticos, desonestidade e um altíssimo grau de animosidade pessoal.
A mídia não divulgou honestamente esses fatos do relatório porque, obviamente, a mídia foi cúmplice da fraude absoluta desde o início. Eles odiavam Trump mais do que os altos funcionários do FBI, e ficaram mais do que felizes em atiçar as chamas que aterrorizaram a nação por anos e paralisaram irreparavelmente todo o mandato de Trump.
Com isso em mente, aqui está como a grande mídia descreveu as descobertas de Durham versus o que Durham realmente afirmou.
New York Times: “O relatório de 306 páginas de Durham revelou poucas informações novas e relevantes sobre o inquérito, conhecido como Crossfire Hurricane, e não conseguiu produzir revelações bombásticas ao acusar o FBI de má conduta politicamente motivada, que o ex-presidente Donald J. Trump e seus aliados sugeriram que Durham descobriria.”
O jornal sugere que não havia provas ou mesmo evidências significativas no relatório de Durham de que o FBI perseguiu Trump por qualquer motivo fora da função padrão e isenta da agência. Falso.
O que o relatório realmente afirmou: “Nossa investigação … revelou que funcionários de alto escalão do FBI mostraram uma grave falta de rigor analítico em relação às informações que receberam, especialmente … de pessoas e entidades com filiação política. … Em particular, houve uma confiança significativa em pistas investigativas fornecidas ou financiadas (direta ou indiretamente) por oponentes políticos de Trump. O Departamento não examinou adequadamente nem questionou esse material e as motivações de quem o forneceu…”.
Em outras palavras, o FBI aceitou de bom grado as alegações de rivais políticos de Trump, tratando-os como se fossem dados objetivos e não como o que realmente eram: material residual de uma campanha política.
Associated Press: “O relatório, o ápice de uma investigação de quatro anos sobre a possível má conduta de autoridades governamentais americanas, continha críticas fulminantes ao FBI, mas poucas revelações significativas”.
Esse comentário dá a impressão de que o relatório de Durham consistiu em uma reprimenda simbólica, sem consequências. Falso.
Eis aqui o que afirma realmente o relatório: “Os agentes do FBI … reconheceram — tanto à época quanto em retrospecto — que eles não acreditavam genuinamente haver causa provável de que [a campanha de Trump] estivesse conscientemente envolvida em atividades clandestinas de inteligência em favor de uma potência estrangeira, ou que estivesse intencionalmente ajudando outra pessoa em tais atividades”.
Em essência, os agentes do FBI envolvidos na investigação não foram sinceros em seus esforços para descobrir uma conexão sinistra entre a campanha de Trump e a Rússia, pois eles sabiam que, provavelmente, isso não existia e não acreditavam haver qualquer razão para tentar descobri-la.
USA Today: “O Conselheiro Especial John Durham critica a investigação do FBI sobre Trump-Rússia, mas não recomenda nenhuma mudança em larga escala”.
Houve erros, mas de quem entre nós?!
Não foi o que Durham disse. O que ele disse foi que o FBI abandonou sua missão ao perseguir uma agenda política e que, se a agência tivesse simplesmente seguido suas próprias regras, um dos maiores escândalos políticos da história jamais teria acontecido.
Está no relatório de Durham: “Há uma necessidade contínua de que o FBI e o Departamento [de Justiça] reconheçam a falta de rigor analítico, aparente viés de confirmação e uma disposição excessiva de confiar em informações de indivíduos ligados a oponentes políticos, o que levou os investigadores a não considerarem adequadamente hipóteses alternativas e a agirem sem objetividade ou restrição apropriada na busca de alegações de conluio ou conspiração entre uma campanha política dos Estados Unidos e uma potência estrangeira. Apesar de reconhecer que, em retrospectiva, muito [do caso] fica mais claro, muito também parece ter ficado claro à época”.
A questão não é se John Durham está ocultando algo. Ele aponta em seu relatório que houve as mesmas oportunidades de investigar a campanha de Hillary Clinton em 2016, mas elas foram tratadas de forma mais discreta, fosse alertando a equipe da candidata de que ela talvez estivesse sob a mira de potencial influência estrangeira, fosse simplesmente descartando o caso por completo. (E aí, como fica?!)
Mais uma vez, eis o que está no relatório de Durham: “A velocidade e a maneira como o FBI iniciou e conduziu as investigações do Crossfire Hurricane durante o período da eleição presidencial, com base em informações de inteligência inexatas, não analisadas e não corroboradas, também refletiram um distanciamento notável da forma como o FBI abordou assuntos anteriores, envolvendo possíveis tentativas de planos de interferência estrangeira nas eleições, então visando a campanha de Clinton”.
Em resumo, houve um duplo padrão – um padrão político. Uma democracia não pode corroborar esse tipo de escândalo perpetuado por suas altas autoridades policiais. Mas a mídia desistiu disso há muito tempo.
*Eddie Scarry é colunista do Federalist em Washington e autor de “Liberal Misery: How the Hateful Left Sucks Joy Out of Everything and Everyone”.
Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 20/05/2023. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus
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