Semana passada ocorreu três fatos graves no futebol nacional: atos de violência contra os times do Paraná Clube, Bahia e Grêmio, sendo o mais violento a bomba caseira jogada no ônibus do Bahia. É certo que atos como esses são feitos pelas “torcidas” organizadas, ou melhor, por criminosos que se acham no direito de agredir outras pessoas por serem “torcedores fanáticos” de um clube.
Charles Miller, quando trouxe o futebol para o Brasil, jamais deve ter imaginado que o esporte mais popular do mundo causaria tantas brigas e agressões. Esses casos da semana passada não foram os primeiros, mas poderiam ser os últimos se as legislações e a federações tivessem pulso firma na hora de identificar os culpados e punir. Os clubes devem sim ser punidos financeiramente para pararem de financiar esses criminosos.
Por conta de atos assim que as famílias estão sumindo dos estádios, que criança não gostaria de acompanhar seu pai ao estádio do seu time de coração contra o maior rival? Eles não levam mais as crianças em clássicos porque provavelmente sabem que ocorrerão atos de violência. O esporte era para ser entretenimento para todos, mas se tornou uma “religião” para outros.
Quando o fanatismo toma conta do ser humano, principalmente em casos passionais, provavelmente terá agressões. O caso do Paraná Clube foi por causa do rebaixamento do clube para a 2° Divisão do Campeonato Paranaense; o caso do Bahia, até o momento em que escrevo este texto, ainda não está claro o motivo; e o do Grêmio muito provável que ocorreu por causa da rivalidade entre Grêmio e Internacional, já que o GRE-NAL iria ocorrer naquele dia.
Sabe quando essas coisas irão parar de acontecer? Quando os responsáveis e as ditas “torcidas organizadas” forem punidos severamente e proibidas de entrar nos estádios, eles afugentam as famílias dos estádios e fazem com que o ódio seja despejado nas arquibancadas. Exemplos não faltam e posso citar alguns que me recordo:
Torcida do Coritiba invade campo após rebaixamento do time para a Serie B em 2009; Kevin Spada morto por um tiro de sinalizador pela torcida do Corinthians em 2013; ameaças por parte de uma organizada do São Paulo se alguém no estádio citar o nome Trikas em 2022; encontros entre esses criminosos apenas para marcar briga, isso para citar no Brasil, o mundo convive com isso também, mas só posso opinar pelo que ocorre aqui por eu acompanhar mais.
Criminosos sem nenhum escrúpulo tratam esse assunto como os fanáticos religiosos tratam quem pensa diferente. São capazes de matar uma pessoa para “defender seu time” e isto faz com que pessoas que amam o esporte se afastem e até em certos dias de jogo não usem a camisa do time de coração.
Já basta de violência nos estádios causada por “torcidas organizadas”. Faixas e frases nunca resolveram essa questão, medidas sérias devem ser tomadas, começando por tornar crime a “torcida organizada” e proibindo seus membros de entrarem nos estádios, caso contrário casos assim continuarão a acontecer.
Lucas Barboza, para Vida Destra, 02/03/2022. Sigam-me no Twitter! Vamos conversar sobre o meu artigo! @BarbozaLucaas
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