A pandemia de Covid-19 já acometeu cerca de 167 milhões de pessoas e ceifou mais de 3 milhões de vidas no mundo. Economias foram simplesmente destruídas e os efeitos posteriores à pandemia ainda serão sentidos por alguns anos. É um desastre global.
Mesmo assim, parece que não há a devida curiosidade em buscar investigar a origem do vírus que paralisa o mundo por mais de um ano. Por que não há uma campanha global em busca da verdade sobre essa pergunta? A quem interessa protelar a busca por respostas e, se for o caso, a responsabilização por todo esse descalabro mundial?
Nesse sentido, o jornal norte-americano Wall Street Journal publicou uma matéria que informa sobre um pedido de vários membros republicanos da Câmara e do Senado ao Dr. Francis Collins, diretor do National Institutes of Health (NIH). A ideia é esclarecer a seguinte pergunta: o coronavírus surgiu em um laboratório de Wuhan, na China, ou é de origem animal?
Os principais pontos levantados pela matéria são esses:
1) “Antes de a epidemia de coronavírus devastar o mundo, Anthony Fauci, imunologista e atual diretor dos Institutos Nacionais de Alergia e Doenças Infecciosas do governo Biden, financiava pesquisas com coronavírus no Instituto de Virologia de Wuhan. A ideia era estudar a capacidade de tais patógenos de atacar humanos.”
2) “O vírus que causou a pandemia é conhecido oficialmente como Sars-CoV-2, mas pode ser chamado de Sars2. Como muitas pessoas sabem, existem duas teorias principais sobre sua origem. Uma é que ele saltou naturalmente da vida selvagem para as pessoas. A outra é que o vírus estava sendo estudado em um laboratório, do qual escapou… parece-me que os proponentes da fuga do laboratório podem explicar todos os fatos disponíveis sobre o Sars2 consideravelmente mais facilmente do que aqueles que defendem a emergência natural. O sr. Wade descreve um importante pesquisador chinês cujo trabalho recebeu apoio do instituto do dr. Fauci por meio de um grupo dos EUA chamado EcoHealth Alliance. ”
3) “Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, liderado pela maior especialista da China em vírus de morcego, Shi Zheng-li, montaram expedições frequentes às cavernas infestadas de morcegos de Yunnan, no sul da China, e coletaram cerca de cem coronavírus diferentes de morcegos. Ainda não se pode afirmar se Shi gerou ou não o Sars2 em seu laboratório porque seus registros foram lacrados, mas parece que ela certamente estava no caminho certo para fazê-lo. ‘Está claro que o laboratório de Wuhan estava construindo sistematicamente novos coronavírus quiméricos e estava avaliando sua capacidade de infectar células humanas e camundongos que expressam ACE2 humano’, diz Richard H. Ebright, biólogo molecular da Rutgers University e o principal especialista em biossegurança.”
4) “Está documentado que os pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan estavam efetuando experimentos de ganho de função projetados para fazer os coronavírus infectarem células humanas e camundongos humanizados. Este é exatamente o tipo de experimento do qual um vírus semelhante ao Sars2 poderia ter surgido. Os pesquisadores não foram vacinados contra os vírus em estudo e estavam trabalhando nas condições mínimas de segurança de um laboratório BSL2. Portanto, a fuga de um vírus não seria nenhuma surpresa. Em toda a China, a pandemia estourou na porta do instituto Wuhan. O vírus já estava bem adaptado ao homem, como era de esperar para um vírus cultivado em camundongos humanizados.”
5) “Ninguém encontrou a população de morcegos que foi a fonte do Sars2, se é que ela já infectou morcegos. Nenhum hospedeiro intermediário se apresentou, apesar de uma busca intensiva pelas autoridades chinesas que incluiu o teste de 80.000 animais. Não há evidências de que o vírus dê vários saltos independentes de seu hospedeiro intermediário para as pessoas, como os vírus Sars1 e Mers fizeram.”
Além desses fatos, um relatório de inteligência americana diz que três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan tiveram que buscar tratamento em um hospital após ficarem doentes em novembro de 2019, um mês antes do primeiro caso oficialmente confirmado de Covid-19. Portanto, há um mundo de evidências que obrigam uma investigação profunda, séria e independente.
A China está indignada com a repercussão do caso. Mas ao invés de reclamar, deveria permitir amplo acesso às instalações do Instituto Wuhan, coisa que não fez até hoje. As suspeitas sobre a negligência ou omissão de Pequim em alertar o mundo sobre o que aconteceu, apenas aumenta essas suspeitas.
O fato é que a China deve muitas explicações ao mundo. E o mundo precisa se unir e cobrar de maneira peremptória essas explicações. As nações livres não podem se ajoelhar ante ameaças chinesas de retaliação, pois isso seria se curvar ante uma chantagem que tem como moeda de troca milhões de vidas.
A apuração desse caso pode e deve modificar completamente a maneira como o mundo se posiciona em relação ao regime chinês. Até porque não é a primeira vez que um vírus mortal originado na China cria um abalo na economia de vários países, como a gripe aviária e H1N1. A transparência nesses casos poderia ajudar a dissipar, inclusive, fundadas suspeitas de que esses surtos serviriam para beneficiar a China economicamente.
De resto, é importante saudar a coragem do jornalista James Freeman, sobretudo por enfrentar o patrulhamento covarde contra aqueles que ousam se manifestar questionando a origem do vírus. De fato, uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir. Mas quando ela aparece, é devastadora, e o bom jornalismo é um importante aliado nessa luta.
Ismael Almeida, para Vida Destra, 26/05/2021.
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Neste esclarecedor art. do Wuhan Gate p/parte de @ismael_df, temos q ter em mente que, inobstante o financiamento de Fauci, uma empresa chinesa não teve o controle do vírus, que teve um desastre mundial. A China enriqueceu com a situação c/produção de máscaras e a sua responsabilização internacional perante os outros países, fica no deus-dará?