Em 1986, segundo ano da chamada redemocratização, o presidente era José Sarney, eleito indiretamente em 1985 quando o Plebe Rude, uma banda brasileira de punk rock formada em Brasília em meados de 1981, época do regime militar, lançava a música “Proteção”.
“Será verdade, será que não
(Nada do que posso falar)
E tudo isso pra sua proteção
(Nada do que posso falar)”
Independente de ser de esquerda ou não, eram anos dos rebeldes sem causa, o negócio era protestar.
Porém, lembrei desta música após os recentes eventos protagonizados pelo nosso supremo, e em especial, o relacionado a vacina da Covid-19.
Não é de hoje, a olho nu e em plena luz do dia, sem sequer esconderem, que o supremo vem sendo usado pela oposição para fustigar e desgastar o executivo federal. Fato inclusive dito em várias ocasiões pelo ministro Marco Aurélio de Mello.
Acima de qualquer ativismo político que possa ter, o supremo tem em sua composição ministros com estranhos entendimentos da constituição e de sua própria existência. E em meio meias verdades e meias mentiras, vão proferindo seus votos como se estivessem em um filme de horror, ou de pura apologia ditatorial.
Exemplos perfeitos de rebeldes sem causas, ou de causa própria no seu iluminismo particular.
Meias verdade e meias mentiras:
Segundo o relator do processo, Ricardo Lewandowski, é “flagrantemente inconstitucional a vacinação forçada das pessoas, sem o seu expresso consentimento, mas deve ser obrigatória, e compulsória.”
Ou seja, o famoso “de livre e espontânea pressão”.
Você poderá até ser preso se estiver sentado no banco da praça, se não tiver sido vacinado!
Como se não bastasse, eis o voto do iluminado ministro, que acha que sua vida, é uma grande peregrinação na missão sagrada de salvar a humanidade dela mesma:
“É legítimo impor o caráter compulsório de vacinas que tenham registro em órgão de vigilância sanitária e em relação à qual exista consenso médico científico. Diversos fundamentos justificam a medida, entre os quais:
- a) o Estado pode, em situações excepcionais, proteger as pessoas mesmo contra a sua vontade (dignidade como valor comunitário);
- b) a vacinação é importante para a proteção de toda a sociedade, não sendo legítimas escolhas individuais que afetem gravemente direitos de terceiros.” (Ministro Barroso – Grifos meus)
“Oposição reprimida, radicais calados
Toda a angústia do povo é silenciada
Tudo pra manter a boa imagem do Estado
Sou a minoria mas pelo menos falo o que quero apesar da…”
Para esse supremo, nós o povo, somos a oposição radical que deve estar calada e obedecer cegamente suas divindades, e eles, que são o próprio “estado de direito” sabem o que é melhor para nós
Creio que não irá demorar muito até que o povo comece a se levantar. E já começou, vide a cidade de Armação de Búzios. Que saia de sua passividade, e vá à luta pelo roubo de seus direitos mais básicos.
“Até quando o Brasil vai poder suportar?
Código penal não deixa o povo rebelar
A autarquia é baseada em armas não dá
E tudo isso é para a sua segurança
(Para a sua segurança)”
Adilson Veiga, para Vida Destra, 22/12/2020
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No excelente art. de @AJveiga 2 s/a proteção do Estado c/vacinas, também vou de música dos Titãs: Comida
Bebida é água
comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
Obrigado!
Excelente artigo. Estão cada vez mais roubando poderes e legislando.
Exatamente isso, meu amigo, além de aos poucos, nos empurrando suas vontades!