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Destrinchando – Como ser um conservador – 20

Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!

 

Falhas

Todo sistema tem tanto virtudes quanto desvantagens, todos os sistemas estão sujeitos a falhas.

 

Se observarmos a situação atual da Europa, depois de mais de um século de prática do Estado de bem-estar social, que foi inventado por Bismarck, veremos que ela nos oferece muitas lições práticas de como o sistema de benefícios sociais podem ser ampliados para pessoas inaptas ao trabalho, desempregadas e até imigrantes.

Há lições como a assistência médica pode ser oferecida como recurso público,  “gratuito” ou como sistema de compensação de financiamento público.

 

Primeira falha

A primeira grande falha de um sistema é a geração de uma categoria de dependentes. O que ou quem seriam esses dependentes? São pessoas que passam a depender dos pagamentos de benefícios sociais, muitas vezes ao longo de várias gerações, sem qualquer perspectiva de mudar a forma de vida.

Como são pagamentos frequentes, qualquer tentativa de escapar disso através do empreendedorismo ou do trabalho, levará a uma perda na renda familiar. E uma vez que esse ciclo de recompensa é instituído na sociedade, algumas expectativas e hábitos são transmitidos às famílias beneficiadas. Hábitos como a geração de filhos fora do casamento, simulação de doenças ou uso excessivo de remédios além de outras, são passados de pais para filhos, criando uma classe de cidadãos que não gostam de trabalhar, que não vivem do próprio esforço e que não conhecem quem o já tenha feito.

Mesmo com impactos econômicos, o maior impacto disso é outro: impacto direto no sentimento de pertença social, provocando uma incompatibilidade entre os que vivem de uma forma responsável, pelo próprio esforço, e os demais que não vivem assim, afastando a minoria dependente da experiência plena da CIDADANIA.

Segunda falha

A segunda grande falha é a falta de limites orçamentários do sistema de benefícios sociais. Despesas como pensões e a “assistência médica gratuita”, ajudam a prolongar a qualidade de vida e aumentam os custos com saúde e previdência de forma contínua.

Como consequência disso, os governos estão contraindo anualmente cada vez mais empréstimos, hipotecando os ativos e riquezas das futuras gerações em benefício dos vivos.

A crescente dívida pública foi mantida em ordem até agora, baseada na confiança do governo quanto ao pagamento da mesma aos bancos e agentes econômicos. Mas casos recentes em Portugal e na Grécia, mostram que essa confiança na dívida pública governamental irá desaparecer, assim como o Estado de Bem-Estar Social, pelo menos no formato atual.

 

 

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Nunes, para Vida Destra, 20/05/2021
Vamos discutir o Tema. Sigam o perfil do Vida Destra no Twitter @vidadestra

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Empreendedor, colunista da seção Desnudando o Mercado!