A quem interessar possa, o velório será dia 1° de julho a comparecer online todos os afins, assim poderão realizar suas homenagens virtuais na segurança de seus lares evitando as perigosas aglomerações.

A dita senhora foi declarada morta em situação suspeita de suicídio. Ainda não se sabe o local exato de seu falecimento. Algumas testemunhas afirmam que o corpo foi encontrado nas imediações do bairro de Jacarepaguá na cidade do Rio de Janeiro, porém, há informações confusas que relatam encontrar o corpo de uma velha senhora guardando as mesmas características da finada na Alameda Barão de Limeira, 425, na cidade de São Paulo. Os fatos ficam ainda mais indefinidos quando denúncias anônimas descrevem o mesmo cadáver exposto em cidades como Nova York, Berlim, Buenos Aires, Madrid, Paris, dentre outros lugares de livre circulação da vítima/suspeita.

Fato é que a senhora em questão vinha sofrendo de problemas mentais e grande dificuldade em diferenciar a realidade da fantasia. Segundo Especialistas (ela adorava especialistas), a morta tomava remédios controlados oferecidos por governos e organizações não governamentais como a famosa Open Society. Os efeitos medicamentosos levavam a senhora a mitomania, alexitimia (ausência de sentimentos) e principalmente a Síndrome de Húbris (mais conhecido como síndrome da presunção).

Egressa de uma larga linhagem desde Gutemberg, a dita falecida, segundo relatos (ela adorava relatos) vinha se relacionando de forma suspeita com instituições de interesse calculado e tal aproximação começou a gerar, décadas atrás, os primeiros sinais da referida síndrome.

Para maior apreciação nesta triste nota de falecimento, explicaremos mais a miúde alguns detalhes dessa desastrosa patologia.

É de autoria dos médicos David Owen e Jonathan Davison, um estudo sobre a Síndrome de Húbris: “partilha elementos como o narcisismo e a psicopatia. Corresponde a um padrão de comportamento provocado pela exposição a um cargo de poder (…)”. Os dois pesquisadores reforçam que há vários sintomas envolvidos: “a perda de contato com a realidade, predisposição para ver o mundo como um lugar para a autoglorificação através do uso do poder (…) excesso de autoconfiança com desdém perante os conselhos ou críticas dos outros”.

Mesmo em vida, já de muito a sociedade sentia a ausência da velha senhora, porém, com o advento desta pandemia, ela iniciou um largo processo de alucinação levando à perda completa do discernimento. Segundo as pesquisas (ela adorava pesquisas) a finada perambulava pelas ruas fazendo-se valer da sua fama moribunda para buscar algo que alimentasse sua patologia. Infelizmente, o destino da velha senhora foi mais do que previsível. Apenas alguns especialistas, parentes e mentecaptos seguem acreditando em sua vitalícia continuidade na terra. Um tipo de “Elvis não morreu” para um seleto grupo de enclausurados patológicos.

Como já relatado, o velório da senhora Maria da Imprensa Verdade acontecerá online após a exibição do reality show “O Grande Irmão do Brasil”.

Deixamos aqui nosso pesar e sentimentos a família Democracia que perde Maria Imprensa para uma doença tão cruel.

Cordialmente,

Um movimento chamado: Pessoas.

Adriano Gilberti, para Vida Destra, 09/06/2021.                                                              Sigam-me no Twitter, vamos debater o meu artigo! @adrianogilberti

Crédito da Imagem: Luiz Jacoby @LuizJacoby

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