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Afinal, Política e Religião se misturam?

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Afinal, Política e Religião se misturam?

 

Por Natália Gomiero                                                                                          TikTok: @gomieroo e Instagram: @nati_gomiero

 

A cultura moderna se levantou a partir de movimentos que queriam se desprender da cultura medieval e tudo aquilo que estava ligado a ela.

Como, naquela época, tínhamos uma visão teocêntrica do mundo, era natural que a religião ocupasse um lugar de destaque não apenas na vida espiritual das pessoas, mas nos próprios valores e leis que os povos escolhiam para reger a vida em sociedade.

No entanto, parece que, essa insistência de promover essa ruptura de eras, conseguiu construir um modelo sem pé nem cabeça. E um dos maiores exemplos de impossibilidade lógica que a modernidade tenta nos impor é a ideia absurda de que Política e Religião não andam lado a lado. Ora e por que não?

Dizem os modernistas que não devemos deixar que nossos valores religiosos sejam impostos ao restante da sociedade, uma vez que somos livres para crer no que quisermos. A opção a isso seria que os adeptos da religião não tivessem o direito de manifestar a sua vontade baseado nos valores que têm. O que não seria nada democrático.

Imagine em um cenário em que um cristão, um muçulmano, um judeu, ou seja lá o que for, seja forçado a deixar as suas crenças e convicções de lado na hora de votar. Ele pode acreditar do fundo do seu coração que o aborto(por exemplo) é uma prática imoral, mas, na hora de eleger um candidato, ele precisa pensar como um racionalista que desconsidera a existência de Deus e o plano espiritual. Consegue ver onde isso vai dar?

É lógico que essa ideia não passa de uma jogada das ideologias humanistas e materialistas para fazer com que os seus adversários votem como eles, ao nos convencer de que escolher representantes condizentes com os valores da maioria do povo é algo imoral, e não o simples processo democrático acontecendo. Mas, quem iria cair numa armadilha tão infantil com essa?

Muita gente, infelizmente. Os ateus e agnósticos apenas se esquecem de dizer que o ateísmo também é uma crença (a crença de que Deus não existe) e que essa convicção, assim como a crença dos religiosos, determina todo um sistema de valores do próprio indivíduo. No entanto, sobre esse sistema de valores baseado no ateísmo ninguém reclama, ninguém fala nada, como se ele fosse o único aceitável. É assim que a esquerda vem conseguindo silenciar milhões de pessoas, impondo a sua ideologia anticristã e antiocidental a um país majoritariamente cristão.

Quer uma prova disso? Eleja um político que seja adepto do candomblé e veja como que a esquerda vai celebrar o feito. O problema deles, portanto, não é que são contra as religiões, mas somente contra as religiões judaico-cristãs, que coincidentemente, são aquelas que fundaram a nossa civilização. Ou seja, para eles, não é que as religiões não devem se misturar com política, é que a nossa religião não deve, uma vez que o objetivo final das ideologias revolucionárias é destruir os pilares do Ocidente e eles sabem muito bem que o primeiro pilar civilizatório, dentre todos é a religião.

A ideia de separação entre Estado e Igreja surgiu pela primeira vez em 1644, como explica Daniel Dreisbach em seu livro Thomas Jefferson and the Wall of Separation Between Church and State, quando Roger Willians escreveu um folheto aos fiéis de sua igreja falando sobre a necessidade de levantar um muro entre o Estado e a Igreja, a fim de proteger as igrejas da influência estatal.

Já em 1800, essa expansão foi resgatada e se notabilizou quando Thomas Jefferson foi eleito presidente dos Estados Unidos, e usou o conceito para tranquilizar as igrejas dos EUA de que o seu governo não iria interferir em suas atividades.

Isso porque Thomas Jefferson era um ateu e durante a campanha o receio dele se voltar contra os cristãos havia crescido muito, criando a necessidade dele dar uma certa garantia quanto a isso depois de eleito.

Esses dois episódios históricos têm em comum o fato de que, em ambos os casos, o tal “muro” simbólico tinha o propósito de proteger a Igreja da influência estatal e não o Estado da influência religiosa. Até porque seria uma insanidade muito grande, e os homens de antigamente (não corrompidos pela decadente cultura moderna) facilmente perceberiam o erro.

Essa afirmação se justifica pela já mencionada impossibilidade de colocar em prática um modelo como esse, a não ser por meio de duas soluções:

1-) impedir por lei os adeptos religiosos de votarem e se manifestarem publicamente; ou

2)- banir as igrejas do país, como fazem as nações comunistas. Duas hipóteses inviáveis em qualquer país democrático.

Porém, é somente nessas duas hipóteses que seria possível, de fato, separar uma coisa da outra e não deixar que elas se misturem, porque todos nós, Independente se somos crentes ou descrentes, raciocinamos e votamos a partir de um conjunto de ideias que nos compõem e que, por isso mesmo, é impossível de dissociar nós mesmos.

Até nos tempos do Antigo Testamento, Deus levantou rei atrás de rei para que eles pudessem governar Israel segundo as suas leis e vontades. Mesmo sabendo disso, ainda tem cristão que deixa essa semente do indiferentismo ser plantada na sua cabeça justamente para fazê-lo se envergonhar da ideia de agir conforme a sua fé. Quanta ingenuidade! Isso é uma fraqueza de sua personalidade, vocês não percebem que nos fazer baixar a guarda é justamente o que os Revolucionários mais querem e precisam a fim de obter a vitória final sobre o Cristianismo?

O Papa João Paulo II na Christifideles laici, assim disse:

Os fiéis leigos não podem de maneira nenhuma abdicar de participar na política, ou seja, na multíplice e variada ação econômica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover de forma a organizar institucional o bem comum“.

Hoje vemos pessoas ainda entrando na onda de pessoas que ficam brincando de serem “intelectuais”, metidos a iluministas, pois quanto mais eles conseguirem silenciar os cristãos, mais a agenda anticristã se fortalecerá, ao ponto de Jesus ser banido totalmente da vida pública e, com Ele, todos os valores e lições que fundaram a civilização ocidental deixará de existir.

Vão querer substituir os valores cristãos para impor os valores deles na goela abaixo da sociedade, sem dó nem piedade, como infelizmente já acontece há muito tempo.

 

 

Ser Conservador para o Vida Destra, 21/06/2021.                                                  Visitem o nosso site: serconservador.com.br                                                           Sigam-nos no Twitter: @conservador_ser

 

Crédito da Imagem: Luiz Jacoby @LuizJacoby

 

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