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Opinião

A Arte como Arma Ideológica

“A arte mostra-se presente na história da humanidade desde os tempos mais remotos. Sem dúvida, ela pode ser considerada como sendo uma necessidade de expressão do ser humano, surgindo como fruto da relação homem/mundo. Por meio da arte a humanidade expressa suas necessidades, crenças, desejos, sonhos. Todos têm uma história, que pode ser individual ou coletiva. As representações artísticas nos oferecem elementos que facilitam a compreensão da história dos povos em cada período.” (ARTE, UMA NECESSIDADE HUMANA – Rosane Kloh Biesdorf e Marli Ferreira Wandscheer)

Já cantavam os Titãs: “A gente não quer só co­mida, a gente quer co­mida, di­versão e arte”.

A arte, sempre foi uma necessidade humana, aliás, a humanidade, já se expressava artisticamente, mesmo antes de inventar a escrita propriamente dita.

Acontece, que no melhor estilo gramscista, a esquerda, politizou a arte como modo de fazer doutrinação.

Enquanto a elite conservadora, inclusive a brasileira, se dividia entre a erudição de suas salas, ao sabor de vinhos, conhaques e as bibliotecas, a esquerda dominou e popularizou a arte em todos os seguimentos.

No Brasil esse domínio das artes como instrumento de doutrinação começou ao final da década de 60, início da década de 70, na música popular brasileira (MPB) que, na época, era mesmo popular e com a inauguração da Rede Globo de televisão, e seus quadros profissionais (atores, diretores e humoristas), de filiados do PCdoB. 

E isso aconteceu, por imprudência de uma pátria resguardada pelas FFAA, que assumiu o poder justamente para nos proteger dessa esquerda.

A explosão demográfica brasileira, e o êxodo rural em busca de novas oportunidades nos grandes centros,  fez com que a miséria e o crime virassem uma realidade e, com isso, o surgimento de classes menos favorecidas em cidades, sem o mínimo de estrutura básica, ou amontoadas em comunidades à margem da sociedade. 

Só que é justamente essa classe, chamada povão,  quem dita os rumos políticos e econômicos do nosso país, ao ser doutrinada e manipulada pela esquerda.

Acontece, que a elite brasileira não levou educação de qualidade e cultura para o povão, que acabou por criar sua própria cultura e arte, por considerar a até então existente como sendo de elite.

Enquanto a elite conservadora do país torcia o nariz para essa suposta arte,  o que fez a esquerda? Mandou que seus influenciadores, buscassem essa suposta arte, a introduzindo, nos lares de quem até então torcia o nariz para ela.

Quantas vezes, não vimos nos noticiários, formadores de opinião subindo a comunidade, para dançar a noite toda nos bailes funks, com letras de apologia ao crime e palavras contra a polícia, ou palavrões e apologia a liberdade sexual?

Ou como as pichações, que passaram a se chamar grafite, e os pichadores da classe média, a se chamar de grafiteiros?

A leitura que faço é que quando a esquerda viu que não alcançaria as classes mais baixas da população com seus artistas e intelectuais, resolveu trazer a arte deles e jogar na classe média, empobrecendo ainda mais nossa cultura, assim como o Paulo Freire fez com a educação.

Hoje vemos Artista(?) como Anita, Jojo Todynho e influenciadores, como Felipe Neto, ditando moda, influenciando comportamento e politica, e famílias inteiras torcendo para personagens como Bibi Perigosa ao fim da novela!

Verdadeiro culto a ignorância!

A direita conservadora precisa, urgentemente, focar na arte, principalmente a popular, dando ênfase nos valores morais.

Porque com o país culturalmente nivelado por baixo, acaba-se com a classe pensante na raiz, criando-se idiotas úteis em maior quantidade, tornando muito mais fácil o domínio político.

 

 

Adilson Veiga, para Vida Destra, 15/12/2020
Vamos discutir o Tema! Sigam-me no Twitter @ajveiga2 e no Parler @AJVeiga

 

 

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14 COMMENTS

  1. Diretamente de Bagé-RS, @Ajveiga2 nos trás a discussão s/arte como discussão ideológica. Geraldo Vandré trouxe no Festival: Para não dizer que fale de flores, uma revolta do mov.estudandil. Hoje, a música é s/conteúdo. Ontem ouvi Beethoven no Brasil Paralelo. Magnífico! Agora tô por fora de Bibi Perigosa!

  2. Concordo. Eu não tiro uma vírgula. Não vejo TV, mas, quando vejo uma novela sendo reprisada e os jovens ovacionando, assistem aos capítulos que já viram, com tanta ênfase, meu coração fica despedaçado. Minha sobrinha, 23 anos, assiste como se fosse inédita. Lembro, que na época, um sobrinho, criança, falou que gostaria de ser um personagem da mesma, que se chamava Rubinho, procurei saber depois e descobri que o mesmo, era o traficante da novela. Às crias de Paulo Freire, na minha família, pensam que o céu e perto.

  3. Belo artigo. O Fechamento do artigo, valeu toda a leitura: ” A direita conservadora precisa, urgentemente, focar na arte, principalmente a popular, dando ênfase nos valores morais.

    Porque com o país culturalmente nivelado por baixo, acaba-se com a classe pensante na raiz, criando-se idiotas úteis em maior quantidade, tornando muito mais fácil o domínio político. “

  4. Ótimo artigo, Adilson Veiga, a esquerda foi bem perspicaz em identificar a fragilidade das classes mais humildes e usar o artifício da Arte como um meio de dominação, produzindo “artistas” com suas pautas ideológicas e formando gerações de alienados.

  5. Vc abordou a questão por um lado que eu nunca tinha pensado, Veiga. Eu sempre observei a ideologização das artes como um processo inciado em 1922 com a Semana de Arte Moderna e posterior cooptação de praticamente todos os modernistas e os que lhes sucederam. Creio haver nisso uma intencional indução pelo silogismo, qual seja: se grandes artistas são comunistas, isso deve ser bom.

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Pai de família, conservador e cozinheiro nas horas vagas.