Não será em quatro anos, ou elegendo somente um presidente conservador num sistema que não é bem um presidencialismo — já que o presidente depende de um Congresso para governar — que resolveremos o que foi destruído em mais de cinquenta anos.
O parágrafo acima, é bem batido e conhecido de todos, mas vou mostrar, com exemplos de duas histórias verídicas, com que tipo de sistema brutal estamos lutando.
Tínhamos um cliente no escritório (empresa), com sede aqui na cidade do Rio de Janeiro composta por dois sócios, um de SP e outro do RJ. Eles se tornaram sócios por interesses em comum, e não porque se conheciam, ou eram amigos.
Acontece que o sócio do RJ — onde se localizava a empresa — passou a desviar recursos da empresa em proveito próprio, e devido a esses desvios, parou de fazer auditorias, ou levantamentos reais — maquiando as contas — pois se fizesse, o sócio de SP ficaria sabendo. Porém, os empregados que acompanhavam a situação, e sabiam que não haveria auditorias, passaram a fazer desvios em proveito próprio também.
Moral da história: a empresa faliu!
Essa história mostra o que aconteceu no país durante 33 anos — do fim do regime militar à eleição de Bolsonaro, em 2018 — onde os governos anteriores, metidos em corrupção, não faziam questão de fiscalizar ou fazer levantamento de nada, pois descobririam todas as suas sujeiras.
Assim como no exemplo dado acima, o que aconteceu foi que se deu margem para que quem estava nos escalões abaixo, passassem a roubar também!
Um bom exemplo disso, é do ex-diretor de Serviços da Petrobrás, Renato Duque, incumbido dos desvios para o PT, e que passou a levar o dele por conta própria também. Assim como aconteceu com vários ex-diretores de várias estatais, governadores e prefeitos, como o governador Sérgio Cabral, do estado do Rio de Janeiro, condenado por corrupção a mais de 390 anos de prisão, que contava com verbas federais — não existia teto dos gastos nem responsabilidade fiscal — para cobrir suas contas.
Outra história, é sobre outro cliente que exportava sucos de frutas, pego pela fiscalização de ICMS, e ao chegarmos na inspetoria para responder pela autuação, ficamos sabendo pelo fiscal que no referido município, existia um “clubinho” onde os participantes contribuiriam com um valor mensal para não serem importunados pela fiscalização.
Esses dois casos refletem bem contra o quê estamos lutando e como o sistema é brutal — que lutará para manter-se vivo, sendo por isso, necessário elegermos governadores e legisladores alinhados com o compromisso moral e ético de consertamos o país!
Adilson Veiga, para Vida Destra, 02/11/2021.
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