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A extrema-direita, e seus emocionados seguidores.

Quero deixar bem claro que sou totalmente a favor da liberdade de expressão, pauta pela qual venho brigando há muito tempo, inclusive como já citei o exemplo dos EUA, onde o cidadão é livre até para proferir discurso de ódio — onde existência de grupos de perfil neonazista são práticas legais, amparadas no direito à livre expressão garantido pela Constituição — desde que, fique só no discurso, não se transformando em atos.

Essa semana que passou, foi marcada pelo pedido de extradição e prisão do jornalista Allan dos Santos, pelo Ministro do STF Alexandre de Moraes, e pela votação no Supremo da manutenção da prisão do deputado Daniel Silveira.

Os dois fatos levaram supostos apoiadores do Presidente Bolsonaro — a chamada extrema-direita e seus seguidores — a voltarem a ataca-lo no Twitter, chamando-o fraco e covarde.

Para começo de conversa — tirando os seguidores desse pessoal que não passam de emocionados sem rumo — não acredito que quem faz esse tipo de ataque, ou joga nas costas do Presidente a responsabilidade pela solução da situação, ou mesmo defenda intervenção, seja de direita e muito menos conservador.

A oposição e a extrema-imprensa, vivem acusando o Presidente de atos antidemocráticos, mas a verdade, é que o Presidente somente em um momento fez alusão que poderia haver uma intervenção, mesmo assim, ato contínuo, desfez tal entendimento, voltando a mostrar o que sempre mostrou: que jogará dentro das quatro linhas.

Essa extrema-direita — que age como esquerdistas e faz o serviço sujo para a oposição —  quer levar seus seguidores emocionados a se voltarem contra o Presidente, e para isso, usam falas ou postagens para criarem suas narrativas.

No dia 28/05/2020, o presidente postou um vídeo de uma live com o jurista Ives Gandra com a seguinte frase:  

Live com Ives Gandra: A politização no STF e a aplicação pontual da 142”

Vamos ser sinceros, a postagem nada mais foi, que uma provocação ao STF que iria julgar uma ADI (ação direta de inconstitucionalidade) do PDT questionando o papel das FFAA serem ou não o poder moderador, não sendo nenhuma alusão a um golpe como quiseram insinuar.

Em 14/04 deste ano, em conversa com apoiadores, o Presidente fez um desabafo sobre as medidas de lockdowns que estavam acabando com a economia, e que deixariam muitos em situação de miséria, quando disse a seguinte frase:

“O Brasil está no limite. O pessoal diz que eu tenho que tomar uma providência. Eu estou aguardando o povo dar uma sinalização, porque a fome, a miséria e o desemprego estão aí.”

Os mais extremistas logo pensaram em intervenção militar, tanto que nas manifestações de 1º de maio, a mensagem era: “EU AUTORIZO”, seguido da hashtag “#EuAutorizo”.

A verdade é que o Presidente não citou nada sobre intervenção, e sua fala poderia ser somente sobre medidas mais duras ou simplesmente apoio para enfrentar quem queria tais medidas.

Chegamos ao 7 de setembro, ponto onde o Presidente realmente subiu o tom, ao falar sobre as urnas e as prisões ilegais de apoiadores, e pode ter pensado em intervenção quando em discurso na cidade de São Paulo, disse:

“Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos Três Poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil.”

[…]

“Ou o chefe desse Poder enquadra o seu, ou esse Poder pode sofrer aquilo que não queremos, porque nós valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada Poder da República”

[…]

“Não queremos ruptura, não queremos brigar com Poder algum, mas não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade.”

Mas dois dias depois, em 9 de setembro, usando de bom senso — características de um perfeito conservador — escreveu uma carta à nação, revendo o pesado tom adotado, o que acabou causando revolta na extrema-direita, que por motivos obscuros — ou por pensarem que teriam uma boquinha no governo — querem, tal qual a esquerda, a ruína do governo.

O que muitos não conseguem entender é que Bolsonaro não é, e nunca foi golpista: é conservador, e apesar de querer o fim da esquerda, ama sua pátria e seu povo, e não quer ver o país mergulhado numa guerra civil.

Essa extrema-direita e seus seguidores, que clamam por uma intervenção militar, pensam que será como em 1964, uma tomada pacífica, mas esquecem que existem interesses muito maiores agora — com financiamento Globalista e da China — que não permitiriam sem luta armada, uma intervenção militar, assim como não permitem, com o uso de políticos e juízes, que Bolsonaro governe.

Esse extremismo, faz com que essa turma não consiga formular um raciocínio lógico, mas o pior disso tudo, é que arregimentam um monte de emocionados para suas causas de extrema-desinformação e extrema-difamação de um governo que luta para pôr o país na rota certa!

 

 

Adilson Veiga, para Vida Destra, 26/10/2021.
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