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A mais recente bomba dos ‘Arquivos do Twitter’: Esqueça o shadow-banning – O Twitter tinha listas negras inteiras e nós temos os nomes

Prezados leitores:

Seguimos com o nosso compromisso de trazer até vocês, todos os sábados, artigos sobre temas relevantes publicados pela imprensa internacional e traduzidos pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora profissional Telma Regina Matheus. Apreciem!

 

A mais recente bomba dos ‘Arquivos do Twitter’: Esqueça o shadow-banning – O Twitter tinha listas negras inteiras e nós temos os nomes

 

 

Fique ligado e atualize regularmente esta página! Traremos novidades sobre esta história à medida que a segunda versão dos “Arquivos do Twitter” for atualizada.

 

Fonte: The Western Journal

Título original:  Latest ‘Twitter Files’ Bomb: Forget Shadow-Banning – Twitter Had Entire Blacklists and We Have Names

Link para o artigo original: aqui!

Publicado em 9 de dezembro de 2022

 

Autor: Michael Austin*

 

A segunda parte dos “Arquivos do Twitter”, revelando “listas negras secretas” do Twitter, foi liberada na noite de quinta-feira.

Não muito tempo depois de assumir o Twitter, o empresário bilionário Elon Musk se comprometeu a divulgar documentos mostrando como, sob a administração anterior da empresa, o Twitter se engajou na supressão da liberdade de expressão. Estes documentos são referidos como os “Arquivos do Twitter”.

Os arquivos foram compartilhados com dois jornalistas independentes, Matt Taibbi e Bari Weiss. A primeira versão foi divulgada por Taibbi via Twitter, no dia 2 de dezembro, e abordou detalhes sobre a ocultação, pelo Twitter, do escândalo envolvendo o laptop de Hunter Biden.

Nos primeiros tuítes de “OS ARQUIVOS DO TWITTER – PARTE DOIS”, Weiss revelou que equipes inteiras de funcionários do Twitter elaboraram suas próprias listas negras, com o intuito de suprimir e “minimizar”* o alcance de certas contas. [*N.T.: ação conhecida como “shadow ban”.]

Há quem pense que o shadow-banning é a prática de suprimir um usuário aqui, outro ali, por qualquer número de razões. Mas o que o Twitter estava fazendo era muito pior. Esta não era uma operação de curta duração.

Há listas – listas negras – de grupos inteiros de pessoas que o Twitter simplesmente decidiu destruir. E a repórter progressista Weiss, ex-NYT, diz que a política dirigia pelo menos parte da operação.

Um dos usuários colocado nas listas negras foi o Dr. Jay Bhattacharya, professor de Standford.

De acordo com Weiss, Bhattacharya argumentou que os lockdowns da COVID eram altamente prejudiciais às crianças pequenas, um argumento que, mais tarde, se revelou 100% correto.

Por causa disso, o professor foi incluído em uma “Lista Negra de Tendências”, que suprimiu o alcance de seus tuítes. Isto essencialmente retirou Bhattacharya do debate.

Ademais, Weiss revelou que o apresentador do programa de entrevistas, o conservador Dan Bongino, foi colocado em uma “Lista Negra de Buscas”, e o ativista conservador Charlie Kirk foi adicionado a uma lista negra denominada “Não amplificar”.

Uma foto publicada por Weiss mostra o sistema de relatórios internos do Twitter. Os funcionários tinham inúmeros rótulos de censura que podiam impor a cada conta. A conta de Bhattacharya ganhou os rótulos “Recente Ataque Abusivo” e “Lista Negra de Tendências”.

A conta de Bongino recebeu os rótulos de “Perspectiva NSFW”*, “Placar de Ataques”, “Nível Alto de Notificações” e “Lista Negra de Buscas”. [*N.T.: a sigla NSFW significa ‘not safe for work’ ou ‘não seguro para o trabalho’.]

Tudo isso contradiz as declarações anteriores dos principais executivos do Twitter, que negaram a existência de tais listas negras, tais como a de shadow-banning.

Segundo Weiss, a prática de shadow-banning (redução da visibilidade do usuário sem que ele saiba) era conhecida, internamente no Twitter, como “Filtragem de Visibilidade”.

“Pense na filtragem de visibilidade como uma forma que tínhamos de suprimir o que as pessoas veem em diferentes níveis. É uma ferramenta muito poderosa”, afirmou um ex-funcionário para Weiss e Taibbi.

“Nós controlamos bastante a visibilidade. E controlamos bastante a amplificação de seu conteúdo. E as pessoas normais não sabem com que amplitude fazemos isso”, disse outro funcionário aos jornalistas.

Posteriormente, outros funcionários confirmaram, para Weiss, esta afirmação.

O Twitter havia designado toda uma equipe para decidir se as contas deviam ou não ser submetidas à “Filtragem de Visibilidade”.

Essa equipe foi chamada de “Equipe de Responsividade Estratégica – Equipe de Escalada Global” – ou SRT-GET, relatou Weiss.

Diariamente, a equipe administrava aproximadamente 200 desses casos de “Filtragem de Visibilidade”.

Essas pessoas foram as responsáveis pelo banimento da conta “Libs of TikTok”.

“Foi aqui que foram tomadas as maiores e mais sensíveis decisões políticas. ‘Pense em uma conta grande de seguidor, polêmica’, disse-nos outro funcionário do Twitter. Para estas, ‘não havia tíquete nem nada’”, escreveu Weiss.

Ao ser suspensa, Chaya Raichik, a mulher responsável pela conta “Libs of TikTok”, foi informada de que havia violado a política de “conduta por discurso de ódio” do Twitter, de acordo com Weiss.

Acontece que um memorando interno compartilhado por Weiss revela que o Twitter estava ciente de que Raichik não violara tal política.

Escreveu Weiss: “O comitê justificou a suspensão [de Raichik], internamente, alegando que suas postagens incentivavam o assédio online a ‘hospitais e serviços médicos’, porque insinuavam que a ‘medicina de afirmação de gênero equivale ao abuso infantil ou ao aliciamento [de menores]”.

“Compare isto com o que aconteceu quando informações pessoais de Raichik foram publicadas em 21 de novembro de 2022. Uma foto de sua casa com o respectivo endereço foi postada em um tuíte que já ganhou mais de 10.000 likes.”

O tuíte que supostamente publicou informações pessoais de Raichik ainda está disponível no Twitter, relatou Weiss.

Aparentemente, aqueles funcionários muitas vezes flexibilizavam as regras, a fim de suprimir as contas que viam como problemáticas.

Mensagens internas mostram que tais funcionários exploravam como podiam usar certas “tecnicalidades” para restringir contas.

“Inúmeras vezes, a SI usou a tecnicalidade de fiscalização de spam como uma forma de resolver um problema criado pela Segurança, que não fora rigorosa na aplicação de suas políticas”, escreveu Roth em uma mensagem sobre negligência interna.

Roth racionalizou o uso de tais táticas argumentando que a ‘desinformação é perigosa’.

Portanto, a restrição de fala que os funcionários do Twitter subjetivamente determinavam ser ‘desinformação’ era vista como uma forma de proteger os usuários contra possíveis danos.

Weiss concluiu a segunda parte dos “Arquivos do Twitter” com a promessa de que há muito mais por vir em um futuro próximo.

“Estamos só começando nossa divulgação. Documentos não podem contar toda a história aqui. Muito obrigada a todos que, até o momento, falaram conosco”, escreveu Weiss.

Logo depois, Musk anunciou que o Twitter lançaria, em breve, uma atualização de software para permitir que os usuários conheçam qual é o grau de visibilidade de sua conta atual.

“O Twitter está trabalhando em uma atualização de software que mostrará o verdadeiro status da sua conta, de modo que você saberá com clareza se foi colocado em shadow-banning, o motivo para tanto e como pode apelar”, tuitou Musk.

 

*Michael Austin escreveu para diversos meios noticiosos de entretenimento antes de se juntar à equipe do Western Journal em 2020, como repórter efetivo. Hoje, ele gerencia as equipes de articulistas e repórteres, supervisionando a produção de conteúdo de artigos, notícias e reportagens originais.

 

 

Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 10/12/2022.                                  Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail  mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus

 

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Telma Regina Matheus Jornalista. Redatora, revisora, copydesk, ghost writer & tradutora. Sem falsa modéstia, conquistei grau de excelência no que faço. Meus valores e princípios são inegociáveis. Amplas, gerais e irrestritas têm que ser as nossas liberdades individuais, que incluem liberdade de expressão e fala. Todo relativismo é autoritarismo fantasiado de “boas intenções”. E de bem-intencionados, o inferno está cheio. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail: mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus