As manifestações pacíficas do povo nas ruas são legítimas, bem-vindas, necessárias e precisam ter objetivo bem definido.
Após o início do governo de Jair Bolsonaro, ficou claro para muita gente que ele não estava mentindo na campanha eleitoral, que era realmente o fim do “toma lá, dá cá”, o fim da farra com o dinheiro público. Muitos não gostaram disso, é claro, mas nada abalou as convicções do presidente eleito. Então, nos esgotos do submundo do crime, vários insatisfeitos começaram o jogo sujo para tentar minar o apoio popular de Bolsonaro e, ao mesmo tempo, paralisar os trabalhos das forças-tarefas, como a Lavajato.
O povo percebeu toda a trama e não viu outra saída a não ser manifestar o seu apoio irrestrito ao presidente e à sua equipe, principalmente, ao ministro Sergio Moro.
Naquela ocasião, alguns que se diziam defensores do Brasil (balela, pois as máscaras logo caíram) criticaram as manifestações e pediram para que o povo não saísse às ruas. Mas por quê? Hoje sabemos o real motivo, mas naquele momento disseram que não fazia sentido manifestação de apoio e outras desculpas esfarrapadas. Não colou. Fomos às ruas e conseguimos fazer com que vários parlamentares que já estavam com as manguinhas de fora mudassem o tom.
A vitória dessas primeiras manifestações ficou explícita, portanto, não dava mais para emplacar a narrativa de que elas não são eficientes. Então, o que a turma do mal poderia fazer para neutralizar o povo e sua vontade? Enfraquecer as manifestações e calar as vozes dissonantes nas redes sociais.
Sobre as redes sociais, todos já sabemos o que está sendo feito pelos vilões, mas, sobre as manifestações, o ataque está mais discreto, mais velado. Tanto que as pessoas ficam em dúvida sobre o que pensar. Por isso, a solução é observar.
No último dia 9, pelo que foi divulgado, o motivo era fazer pressão para que os parlamentares revertessem a decisão do STF sobre a prisão após condenação em Segunda Instância. Muitos mostraram-se indignados com a decisão do Supremo e propuseram fazer pressão sobre o Congresso Nacional para aprovação da PEC 5/2019, que “determina que a decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos”. Beleza, mas por que esses mesmos indignados não se pronunciam agora para clamar ao povo que vá às ruas no próximo dia 17? Por que, nessa manifestação, líderes de movimentos fizeram coro pedindo investigação de membros do Ministério Público e do Judiciário? O que isso tem a ver com a PEC em questão?
Não é sensato achar que manifestações confusas e sem uma pauta bem clara possa surtir algum efeito prático. Não dá para saber se quem está ali está por um motivo ou outro. Cada celebridade da política quer aparecer mais que a outra e jogar um amontado de exigências que não dizem nada no mundo real, mas que projetam seus emissores a um patamar de bom moço, ou bom velho, dependendo do caso. E, em contrapartida, o que ganha a turma maléfica? Eles conseguem enfraquecer essa ferramenta popular tão importante para qualquer nação.
Cada um faz o quer e como quer, e não está sendo fácil separar os lobos em pele de cordeiro das pessoas realmente bem-intencionadas, então, analisando friamente, uma coisa podemos concluir: as manifestações convocadas para o dia 17, próximo domingo, tem uma única razão, o impeachment de Gilmar Mendes. Não há dúvida, não há enganação. Se as ruas estiverem lotadas de brasileiros, o mundo saberá que o Brasil não quer mais esse ministro na Suprema Corte.
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Correto e esclarecedor este artigo. Dia 17 estaremos nas ruas gritando a uma só voz: #foragilmarmendes
Valeu, Sara, essa onda cresceu e já está gigantesca. Será um espetáculo imperdível!