Dias desses postei no X (ex-twitter), de como ainda hoje, a Bíblia — em especial, o Novo Testamento — é atual, motivo pelo qual devemos sempre tê-la diante dos olhos.
Ao viver sua vida, Jesus deixou um testemunho que valerá até o fim dos tempos. Duvida? Experimente ler o Sermão da Montanha, Mt Cap. 5 ao 7, e veja se tem alguma passagem que não diga nada sobre o que te aflige hoje.
E, ao fazer a postagem, me lembrei de um dos maiores pecados cometidos atualmente: a omissão. Seja nas nossas vidas cotidianas, seja jurídica ou politicamente, a omissão, apesar de cômoda, pode trazer consequências graves.
Levando-se em consideração que não haja atos que passem despercebidos a todos, ou seja, que em algum lugar alguém sempre vê algo ou alguma coisa, como explicar então, que esse alguém veja maus tratos a crianças, a mulheres, e até mesmo contra animais, e simplesmente feche os olhos?
Como explicar que um ministro do supremo, sabendo das condições das pessoas de bem nas comunidades da cidade do Rio de Janeiro, feche os olhos, e decide que o estado não possa fazer seu serviço de segurança em tais comunidades, deixando o povo a merce de sua própria sorte? Ato, aliás, que proporcionou as quadrilhas ali existente aumentassem em muito seus territórios de domínio!
Como explicar, que magistrados fechem os olhos às denúncias reincidentes de roubos e furtos, porque são pequenos — como se crime tivesse tamanho —, deixando a polícia sem ação, pois não adianta prender, e o povo novamente largado à própria sorte?
Como explicar o chamado isentão, que fecham os olhos durante uma eleição que pode mudar todo o rumo de uma nação para um caminho do qual sabemos de cor, ser ruim?
Como explicar que autoridades federais, estaduais e municipais, ou até mesmo, grandes figuras da nação, se calem diante da escalada de autoritarismo que nos assombra?
Não tem explicação, não é plausível!
Um dos grandes ensinamentos bíblico sobre a omissão, está em Mc 15 e Mt 27.
Mesmo sabendo que os líderes religiosos tinham entregado Jesus por inveja, e como era Páscoa, época em que se tinha o costume de libertar um preso, Pilatos tentou libertar Jesus fazendo que o povo escolhesse entre Jesus e Barrabás. (Mc 15, 9-11)
Vendo Pilatos, que o povo escolheu Barrabás, perguntou ao povo o que queriam que fizesse com Jesus, ao que o povo respondeu ainda mais alto: “Seja crucificado!”
Vendo Pilatos, que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: “Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!”. (Mt 27,22-24)
Pilatos era o governador romano na Judeia e, entre as suas funções, encontrava-se a de julgar. Sabia que Jesus era inocente das acusações e estava ali somente por inveja. Então, por que lavar as mãos? Por que bancar o isento diante dos sacerdotes e do povo?
Mas a principal pergunta a ser respondida é:
Por que, ainda não aprendemos nada com isso?
Adilson Veiga, para Vida Destra, 22/08/2023.
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Temos três pilares culturais na sociedade, coitadismo, esperteza e corrupção. O nosso maior problema está no sistema judiciário. Não há temor às leis, leis inócuas em profusão e processos intermináveis, portanto a omissão é consequência direta da tríade. Excelente artigo, forte abraço!