Por Lucas Barboza @BarbozaLucaas
O ser humano tem como parte permanente o conflito. Possuímos desejos ilimitados, mas em um mundo com os recursos limitados. Tornando assim o conflito algo inevitável e perpétuo. Por mais que isso possa parecer ruim, não o é. A forma como os conflitos são resolvidos é que os leva a serem inevitáveis.
Os conflitos devem ser resolvidos de forma pacifica, essa é a resposta que as ideias de liberdade nos oferecem. A propriedade privada, os contratos, o dinheiro sólido, os mercados livres, a divisão do trabalho e a especialização são o caminho. Embora qualquer conflito nunca seja eliminado completamente, esse tipo de ideia reduz a gravidade e o numero exponencialmente.
As ideias autoritárias nos oferecem uma forma muito diferente de se resolver os conflitos, utilizando-se a força, pegando assim o que quiser. Ignore a propriedade privada, finja que os contratos não existem, beneficie seus amigos, “planejamento central” e a falsificação do banco central devem ser adotados. De forma oposta, essas ideias fazem com que o numero de conflitos e a gravidade destes aumente exponencialmente.
Tanto as ideias do liberalismo, quanto o autoritarismo, já tiveram séculos de domínios pelo mundo. Isso não significa que o mundo tenha sido libertário ou autoritário, mas que as ideias dominaram e isso resultou em anos de prosperidade para alguns países e anos de crises para outros. Acaba sendo um jogo novo para cada país.
Os resultados não podiam ser mais previsíveis quando a América ainda estava sendo colonizada. Enquanto a colonização ocorria e a liberdade dominava nas colônias, a América era conhecida como “Novo Mundo”, mas com o tempo ela se tornou cada vez mais parecida com a Europa, ou melhor, com o “Velho Mundo”.
A Europa era o Status quo da historia humana. O autoritarismo sempre foi a norma. O “Velho Mundo” certamente foi ameaçado pelas ideias do “Novo Mundo”. Viajar como quiserem? Possuir liberdades individuais? A maior classe média da historia humana? Possuir propriedades como as casas próprias? Ser capitão do seu próprio navio?
A resposta pra isso é não, não e não.
O dilema era: se as ideias do “Novo Mundo” dominarem, as ideias do “Velho Mundo” irão desaparecer. Então não foi um desenvolvimento para que as ideias do “Velho Mundo” evoluíssem, e sim um grande problema.
O “Velho Mundo” não poderia bater de frente com o “novo Mundo”, pois em um novo lugar suas liberdades são garantidas. A alma humana anseia liberdade, nada a anima mais que ela. Ninguém jamais irá entrar e levá-la embora, pessoas morrerão em massa se for preciso para proteger as liberdades.
Ao invés de lutarem até a morte, os que valorizam as liberdades devem ser convencidos que é melhor não tê-la e que devemos abandoná-la por vontade própria.
Então década após década o “Novo Mundo” acabou sendo modificado, as ideias vindas do “Velho Mundo” foram injetadas em um ambiente onde antes havia muitas liberdades individuais garantidas. Seriam introduzidos hábitos, instituições, leis e políticas do “Velho Mundo”; um, após o outro, após o outro. Com essa tática, o “Novo Mundo” que era animado por ideias libertarias, iria desaparecer naturalmente e o autoritarismo do “Velho Mundo” é tudo o que resta.
O Status quo humano logo voltaria. Hoje nós vemos o “Velho Mundo” diante de nossos olhos. Você será monitorado do berço ao tumulo, graças à internet e acessos a dados pessoais. Suas tradições? Acabaram. Seu discurso? Censurado. Suas religiões? Perseguidas. Viajar? Esqueça. Seu corpo? Arregaçar as mangas.
Agora todas essas ameaças estão avançando e são aceitas como se fossem inevitáveis. Pois bem, isso não está muito longe da verdade. A liberdade está sempre à distância de uma ideia. É por isso que a propaganda tem que ser tão intensa, e tem que atingir você de todos os ângulos. A liberdade está sempre apenas a uma ideia e a uma escolha de distância.
Não existe uma batalha de armas, nem geográfica, muito menos física, mas uma batalha de ideias. É tudo mental.
Mas deixarei algumas das melhores noticiais imagináveis sobre o tema:
Somos senhores de nossas próprias mentes. Independente do que aconteça, bom ou ruim, você tem a obrigação de assumir o controle do próprio destino. O momento que se escolhe algo e acredita plenamente que foi feito para viver livre, é um contrato que diz respeito apenas a você. Em sua consciência, a bandeira está plantada. E porque está em sua mente, sua bandeira não pode ser tocada por mais ninguém.
Acredite e fale — Acredite e fale. Fale sobre as ideias da liberdade aos outros, e eles poderão tomar a mesma decisão que você. Eles podem plantar suas próprias bandeiras mentais. É a escolha deles, da mesma forma que é a sua escolha.
Essa é a única maneira de as ideias do “Novo Mundo” prevalecerem.
Uma mente de cada vez.
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