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Desconstruindo a cultura – II

“O objetivo da educação totalitária nunca foi incutir convicções, mas destruir a capacidade de formar qualquer uma.” — Hannah Arendt

No meu último artigo, falei sobre a narrativa da “igualdade” usada pela esquerda-progressista para afirmar que o sistema de cotas promove a justiça social. Hoje falarei sobre a narrativa de a meritocracia ser “injustiça social” na forma de racismo, homofobia ou misoginia.

Para começo de conversa, teoricamente, por ser baseado no mérito — desempenho individual —, a meritocracia por si só já seria um agregador e não um segregacionista, pois premia o desempenho, independentemente de sexo, raça, credo, orientação sexual, riqueza ou posição social, ou seja, a meritocracia nesse tocante é cega, como deveria ser a justiça.

Além disso, a meritocracia estimula a competição e o aumento da eficiência.

Na minha concepção ― e acredito que na da maioria ―, ao chegarmos em um banco ou em uma repartição pública, o que queremos ou o que nos deixará satisfeitos será o nível e o resultado do atendimento, ou seja, o desempenho do atendente, e não suas escolhas pessoais e/ou características físicas.

É a escolha do desempenho e da eficiência que faz com que empresas cresçam e que o serviço público seja de boa qualidade, trazendo bem-estar aos que dele se utilizam, mostrando que, independentemente da escolha de cada um, a pessoa merece toda a consideração, promovendo a aceitação e a tolerância.

Como escrevi anteriormente, só deveriam existir cotas sociais — por condições econômicas —, assim mesmo, no tocante à educação.

Essa tal justiça social que a esquerda prega — mas que não promove — deveria se atentar, no máximo, aos serviços públicos como educação, saúde e segurança de boa qualidade para todos.

 

 

Adilson Veiga, para Vida Destra, 16/05/2023.
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1 COMMENTS

  1. Lembro do Prof. Darci Ribeiro quem disse, ora se os americanos conseguiram por que nós não haveríamos? A educação fundamental, primária e secundária é necessária e primordial e não a terciária como justiça social já que iguala todos o níveis econômicos e sociais. Aqui inverteram, daí o subterfúgio das cotas. A base educacional é tudo na vida e por isso o maior investimento!

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