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Desorganização Mundial de Saúde

A OMS é a grande referência mundial quando o assunto é saúde, certo? Não mais. Pelo menos é o que revela sua atuação frente ao surto de ebola na África e à pandemia de gripe suína em 2009, tendo a pandemia de coronavírus confirmado que a Organização não passa de um órgão que virou um cabide de empregos para burocratas que nem medicina estudaram, como no caso do atual diretor geral, Tedros Adhanom, que é formado em biologia e tem pós graduação em “saúde comunitária”, o que não adiantou de nada, uma vez que ele é acusado de ocultar epidemias na Etiópia quando fora ministro da saúde daquele país. A atuação da OMS foi tão medíocre durante a pandemia de coronavírus que acreditar em teorias da conspiração não virou coisa de maluco, mas sim uma possibilidade, pois as medidas tomadas pelo órgão são inacreditáveis. Vamos traçar uma linha cronológica e analisar os atos dela para mostrar o quanto ineficiente esse órgão é e por que todos os países deveriam deixar de ouvi-lo.

No dia 31 de dezembro, médicos de Taiwan, após trabalharem com médicos chineses que detectaram, no início daquele mês, um novo vírus com 87% de similaridade com a SARS, avisaram a OMS que o coronavírus era altamente transmitido de humano para humano, mas a Organização ignorou os taiwaneses. A China só foi avisar o mundo que havia a transmissão de humano para humano no dia 9 de janeiro e a OMS só confirmou essa informação no dia 23 de janeiro, isto é, quase 1 mês depois do informado.

Nesse momento, o governo comunista chinês, que matou médicos e jornalistas que haviam espalhado a informação sobre o vírus de Wuhan, disse para o mundo que a situação era controlável.

Devido a isso, ainda no dia 23 de janeiro, a OMS reuniu seu conselho e decidiu não declarar a epidemia como emergência de saúde pública de interesse internacional porque não era “necessário”.

Na semana seguinte, dia 1 de fevereiro, a OMS disse que a comunidade internacional deveria entrar em emergência, mas, ainda assim, não declarou pandemia, era apenas um “sinal de alerta”, mesmo com o vírus que passava de humanos para humanos estando em circulação desde o dia 1 de dezembro, pelo menos, isto é, há pelo menos 2 meses

No dia 14 de fevereiro, a OMS insistiu que a situação estava controlada e garantiu que não havia “aumentos dramáticos de transmissão fora da China”. Mais uma vez: um vírus altamente contagioso estava circulando no mundo há pelo menos 2 meses.

No dia 24 de fevereiro, ela disse que o vírus estava controlado fora da China

No dia 4 de março, representantes da OMS vieram a público dizer que não estavam testemunhando a disseminação global fora de controle desse vírus e nem doenças graves e mortes em larga escala.

Durante esse tempo todo, de dezembro a março, a OMS insistiu que não deveriam ser impostas restrições ao comércio e às viagens, mas no dia 11 de março, decretou pandemia global, isto é, depois de pelo menos 101 dias em que o vírus, devido a sua infectabilidade, havia contaminado 118 mil pessoas e matado ao menos 4000.

Os absurdos não param por aí: no dia 7 de fevereiro de 2020, Taiwan começou a fabricar máscaras para combater o coronavírus. Em março, a OMS disse, em vídeo divulgado, que não seria necessário utilizar máscaras em locais públicos, que elas deveriam apenas ser utilizadas por profissionais que cuidam de pessoas com coronavírus. Pior: o vídeo também dizia que “não há evidências de que as máscaras protegem quem não está doente“. Qualquer criança poderia chegar à conclusão: se as máscaras não protegem quem não está doente, por que os médicos as utilizam para lidar com os infectados? A Organização, claro, voltou atrás em maio, recomendando o uso de máscaras.

O mesmo aconteceu com viagens à China: Trump as proibiu em 2 de fevereiro de 2020 e no dia 4, Tedros Adhanom, diretor geral da OMS, disse que “não via razão para tal interferência“. Talvez Tedros tenha falado isso porque é de sua especialidade passar pano para o que é errado: quando foi ministro da saúde da Etiópia, acobertou 3 epidemias de cólera. Além disso, uma vez ministro das relações exteriores daquele país, comprou uma briga enorme com a Humans Right Watching, que nem de longe é uma instituição de direita, após essa organização denunciar que o governo ditador da Etiópia abriu fogo contra manifestantes pacíficos no chamado “massacre de Ireecha”, que ocorreu numa festa cultural da Etiópia. Tedros, como ministro das relações exteriores, travou uma cruzada virtual contra Humans Right Watching dizendo que “nenhuma bala foi disparada“, mesmo com vídeos comprovando isso.

Esse vai e vem da OMS de mudar de posições lembra uma parte do livro 1984, de George Orwell, que conta a história de um mundo que foi dominado por uma ditadura socialista que alienou todas as pessoas. Nesse mundo, o governo central de uma das superpotências dizia para a população que estavam em guerra contra a Eurásia. Depois de um tempo, o governo disse que nunca estiveram em guerra contra a Eurásia, essa era aliada, a guerra sempre fora contra a Lestásia. Pode parecer utópico e distante, mas é isso que ocorre em ditaduras socialistas, como a que Tedros era ministro, na Etiópia. Na Coreia do Norte acontece algo parecido: a população inteira não tem acesso à internet, todas as informações são filtradas pelo governo central e autoritário a essa hora talvez exercido por Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-Un, que faleceu. Com isso, o governo pode filtrar tudo o que a população sabe, podendo mudar a qualquer hora. Uma das poucas fontes de informações que os norte coreanos têm são os balões que ativistas da Coreia do Sul enviam com jornais à Coreia do Norte. Na China, outro exemplo, para impor uma medida de restrição de informações parecida, o governo chinês perseguiu e matou médicos, jornalistas e empresários que denunciaram a existência do vírus para o ocidente, mas graças à informação descentralizada propiciada pela internet, a informação de havia um vírus parecido com a SARS em Wuhan se disseminou e permitiu que governantes tomassem algumas medidas antecipadas, como Donald Trump, que proibiu as viagens para a China em fevereiro, e Jair Bolsonaro, que decretou estado de emergência no Brasil no mesmo mês, sendo criticado pela imprensa porque “não havia nenhum caso ainda”, como se fosse necessário que pessoas ficassem doentes para o Estado agir.

O problema de todos esses erros da OMS é que eles fomentam a chamada “ditadura da pseudociência”, o mais novo fenômeno que está ocorrendo no Brasil e no mundo, principalmente no meio intelectual. Se você não sabe o que é, explico: a OMS, por ser uma “autoridade” em saúde, tem uma certa presunção de veracidade em suas recomendações, ainda que elas sejam estapafúrdias, como a recomendação de não usar máscaras e não viajar para a China durante a pandemia. Tais recomendações erradas levam governadores a tomarem decisões erradas, como tem ocorrido com a quarentena no Brasil, que está devastando a economia e que vai gerar milhões de desempregados para não resolver absolutamente nada, visto que as mortes continuam aumentando drasticamente. Também, dada a suposta autoridade da OMS, meios de comunicação e intelectuais tendem a não questioná-la e os poucos que o fazem, são tachados de ridículos pela mídia tradicional e de “negacionistas da ciência”, invertendo completamente o significado da palavra ciência em si, que é o debate de hipóteses para se chegar a uma síntese a qual pode ser refutada no futuro por outra síntese que traga novas evidências. Se a ciência não tivesse essa dialética, estaríamos até hoje acreditando nas teorias da abiogênese, que diziam que a vida se originava de matéria inanimada.

A OMS se tornou nada mais nada menos que um grande cabide de empregos para burocratas, visto que, somente em 2017, gastou 200 milhões com viagens, valor superior ao que já gastou para conter doenças como a AIDS. Dado isso, países sérios devem fazer tal como Donald Trump fez e não só cortar as verbas da Organização como também deixar de fazer parte dela, pois estruturas centralizadas nunca deram certo em lugar nenhum do mundo, pelo contrário, a descentralização da administração pública sempre teve muito êxito, visto que um prefeito ou um governador conhecem melhor seu Município ou seu Estado melhor que um burocrata que fica sentado em Genebra, na Suíça, ainda mais se tratar-se de um burocrata como Tedros Adhanom, que além de não ser médico e ter se mostrado um grande incompetente na gestão da pandemia, também não mediu esforços para tecer elogios à China, que, como vimos nessa reportagem, é a grande responsável pelo que estamos vivendo hoje.

5 COMMENTS

  1. Parabéns por mais um excelente artigo, Vinícius!
    Acredito que a OMS deveria se ater a gerir pesquisas e estudos na área da saúde, não tendo qualquer papel na gestão de crises. Este papel de gerenciamento de crises deve ficar a cargo do governo de cada país, que saberá agir de acordo com suas necessidades locais!

  2. Vinícius parabéns! Sintetizando sua brilhante análise nessa pandemia a OMS está mais perdida que um pobre cego num tiroteio (com todo o nosso respeito e carinho pelos cegos).

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